"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

07 maio 2009

A RECUSA DE REPUDIAR O MUNDO




















Por John MacArthur Jr.

Já indicamos outro fator que contribui para o declínio de discernimento na igreja contemporânea. É a preocupação com a imagem e a influência. Ela surge da falsa idéia de que, a fim de ganharmos o mundo para Cristo, precisamos, primeiramente, conquistar o favor do mundo. Se conseguirmos que o mundo goste de nós, ele aceitará o nosso Salvador. Por muito tempo, essa tem sido a filosofia das igrejas sensíveis aos interessados. Esta é, também, uma das suposições motivadoras do movimento da Igreja Emergente.
Essa filosofia sugere que os cristãos devem tentar fazer com que os pecadores não-convertidos sintam-se confortáveis com a mensagem cristã. O objetivo é tornar a igreja em um lugar totalmente livre de ameaças, no qual os incrédulos, em vez de confrontar a incredulidade deles; fazer amizade com o mundo, em vez de separar-se dele. Tudo isso parece muito agradável, caloroso e amável às pessoas de sensibilidade pós-modernas, mas não é a estratégia de evangelismo que as Escrituras nos propõem. Na realidade, essa filosofia é totalmente incompatível com a sã doutrina. É uma forma de comprometimento com o mundo. Tiago o chamava de adultério espiritual (Tiago 4.4).
E observe os efeitos dessa estratégia. No movimento das igrejas sensíveis aos interessados, a pregação tem sido substituída por entretenimento. No movimento da Igreja Emergente, a própria verdade deu lugar ao ceticismo. Em ambos os movimentos, qualquer pregador que tentar assumir uma posição em favor da verdade, falar com clareza, tornando compreensível a mensagem bíblica, provavelmente será convidado a voltar ao seu assento. Esse tipo de pregador é um problema, um embaraço e um tropeço para os não-cristãos.
Se a verdade não pode ser proclamada sem temor na igreja, que lugar existe para a verdade? Como podemos edificar uma geração de cristãos perspicazes, se nos aterrorizamos com a idéia de que os não-cristãos talvez não gostem de ouvir a verdade pura e simples?
Desde quando tem sido legítimo para a igreja o procurar o amor do mundo? O apóstolo João não escreveu: "Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia" (1Jo 3.13)? E Jesus não disse: "O mundo... a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más" (Jo 7.7)? Os cristãos bíblicos sempre entenderam que devem repudiar o mundo. Eis as palavras de nosso Senhor:
"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isso, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou" (Jo 15.18--21).
Por acaso essa mensagem dá a entender que temos liberdade para usar uma estratégia evangelística que abranda a mensagem da cruz?
Acredito que o apóstolo Paulo não teria paciência com táticas desse tipo. Ele nunca procurava conquistar o mundo por meio de aceitabilidade intelectual, popularidade pessoal, imagem, status, reputação ou coisas desse tipo. Ele escreveu: "Temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos (1Co 4.13). A igreja contemporânea está correta ao tentar uma abordagem "mais sofisticada"? Ousamos abandonar o exemplo de homens piedosos do passado, os quais, todos, tiveram de lutar pela verdade?
E, podemos acrescentar, no momento em que qualquer igreja se propõe a fazer amizade com o mundo, essa igreja se coloca em inimizade contra Deus (Tg 4.4).
Em termos práticos, o movimento para acomodar a igreja ao mundo diminui a confiança dos cristãos na verdade revelada por Deus. Se não podemos confiar na pregação da Palavra de Deus para converter os perdidos e edificar a igreja, como podemos, de algum modo, confiar na Bíblia - até como um guia para nosso viver diário?
As pessoas estão sendo enganadas pelo exemplo de alguns de seus líderes eclesiásticos. Estão aceitando a ilusão de que a fidelidade à Palavra de Deus é opcional.
Além disso, à medida que a pregação bíblica continua a diminuir, a ignorância acerca das Escrituras aumenta. Esse fato agrava, ainda mais, todos os problemas que resultam do declínio do discernimento, e o ciclo de desgraças continua.
Extraído do excelente livro "A Guerra Pela Verdade" - Pg 235/238 - Editora Fiel - Adquira um exemplar AQUI .
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25 abril 2009

O AUTOR DO PECADO



Por Vincent Cheung


Há muitas passagens bíblicas dizendo que Deus causa todas as coisas, e a metafísica por detrás disso é explicada pela onipontência de Deus - a mesma onipotência criou tudo. Por outro lado, todas as passagens que as pessoas usam para negar que Deus é o autor do pecado ou para provar o compatibilismo, são apenas descrições de eventos e motivos, sem tratar com a causa metafísica daqueles eventos e motivos.
Ao invés de dar a resposta popular, que é fraca, evasiva, incoerente, e confusa, Deus sem embaraço algum diz: "Sim, eu faço todas as coisas. O que você vai fazer a respeito disso? Quem é você para sequer me questionar sobre isso?". Quando chegamos na metafísica, incluindo a relação de Deus com as decisões humanas, seja para o bem ou para o mal, é assim que a Bíblia responde.
Então, leiamos Romanos 9.19-21:

Mas algum de vocês me dirão: "Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem resiste à sua vontade?"
Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou:'Por que me fizeste assim?'"

O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso?
*

Novamente, isso tem algo a ver com metafísica (determinismo, liberdade, etc), visto que o contexto tem a ver com eleição e reprovação, e o criar do eleito e do não-eleito, assim como o oleiro faz o vaso a partir do barro.
Paulo não diz: "Oh, não, você não entende. Embora Deus determine todas as coisas, ele causa todas as coisas apenas te permitindo fazer decisões livremente segundo a sua própria natureza, que veio de Adão, cuja natureza misteriosamente de santa se tornou má, de forma que Deus não é o autor do pecado, e você é responsável pelas suas próprias decisões e ações".
Pelo contrário, Paulo diz que o controle de Deus tanto sobre os "vasos para honra" como sobre os "vasos para desonra" é como o controle do oleiro sobre uma massa de barro. E assim como a massa de barro não pode questionar o oleiro, a responsta de Paulo ao objetor não é, "Mas você se tornou mal por si mesmo" ou "Mas você pratica o mal segundo a sua própria natureza"; mas, pelo contrário, ele diz, "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim?"'. E Paulo não diz, "Mas Deus não é o autor do pecado", mas, pelo contrário, ele diz, "Deus tem o direito de fazer uma pessoa justa e outra pessoa má, de salvar uma e condenar outra. Certamente ninguém pode resistir Sua vontade! Mas quem é você para replicar?".
Essa é a atitude da Bíblia. Ela repreende o objetor e responde a objeção ao mesmo tempo. Mas a resposta não nega que Deus seja a causa direta do pecado; pelo contrário, ela ousadamente diz que Deus tem o direito de fazer tudo o que ele quer e que ele faz tudo o que ele quer. Ao invés de dar um passo para trás ou para o lado, ela dá um passo em direção ao objetor e dá-lhe uma bofetada na cara!
E essa é a resposta de Deus. Ela é forte, direta, simples, coerente e irrefutável. Ela é perfeita.
*Obs: O texto utilizado é o da NVI, por isso, transcrevo o texto da ACF o qual considero mais apropriado: "Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra" (Rm 9.18-21)
Do livro o "Autor do Pecado", Pg 7- 8.
Editora Monergismo. Compre o livro AQUI
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18 abril 2009

A SOBERANIA DE DEUS - E O MAL




Por William Fitch


A primeira pergunta que se deve encarar surge quando confrontamos o fato da soberania de Deus com o fato do mal. Se Deus é bom e se Deus é absolutamente soberano em poder, então por que existe o mal no mundo? Ele não poderia, com um só movimento de Sua mão, eliminar completamente o mal da Sua criação?
Para descobrir a posição bíblica sobre esta questão poderíamos ir a muitas partes diferentes da Bíblia. Não há nenhuma passagem, porém, que se compare com o tremendo capítulo de Isaías - o quarenta e cinco - em que ele trata da soberania de Deus com pensamentos e palavras jamais igualados. Ao mesmo tempo, ele enfrenta decisivamente a questão básica que agora está diante de nós: quem é responsável pelo mal no mundo? Há algum meio de livrar-nos dele? "Eu sou o Senhor, e não há outro", diz Deus através dos inspirados lábios do Seu profeta. Ele está se dirigindo a Ciro, o vitorioso rei por meio de quem o povo escolhido deverá ser libertado da escravidão babilônica; diz-lhe Deus: "Eu sou o Senhor, e não há outro: fora de mim não há Deus; eu te cingirei ainda que tu me não conheças" (Is 45.5). Deus repete isso, e o faz para dizer que esta é uma verdade que todos os homens devem ouvir. "Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro: eu sou o Senhor, e não há outro" (Is 45.6). O tema se desenvolve com maior firmeza ainda. "Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz: as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens" (Is 45.12). Este tema é repetido de várias maneiras, até que se chegue ao clímax do trecho todo com estas palavras: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" (Is 45.22). Deus governa e reina. Deus é soberano. Essa é a palavra dada ao profeta para que a proclame a todos os homens, em todos os lugares.
No centro dessas majestosas palavras do profeta há um versículo no qual o problema do mal é encarado à luz da soberania divina. Deus fala por meio do Seu servo e diz: "Eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor faço todas estas coisas" (Is 45.6-7). Nada poderia ser mais definido do que isso. Aí está uma palavra do Espírito Santo que enfrenta a questão diretamente e a responde da maneira mais completa que as nossas mentes podem compreender a mente e a vontade de Deus. "Crio as trevas... crio o mal". Com estas palavras Deus aceita a responsabilidade pela presença do mal em meio à Sua criação; e esta é uma revelação que não ousamos deixar de lado ligeiramente, nem ousamos tentar justificar.
Deus é soberano. Esse é o tema de Isaías. É o tema da Bíblia toda, mas aqui encontra a sua mais clara e mais nobre expressão. Há um só Deus e Ele está sobre todas as coisas... O Deus vivo é Deus soberano, soberano sobre todas as obras das Suas mãos, perfeitamente sábio e absolutamente livre. Se faltasse a Deus um iota de conhecimento, liberdade ou poder, Ele não seria Deus, nem poderia ser. Todavia, nada Lhe falta. "O Pai tem a vida em si mesmo" (João 5.26). É desse modo que o Senhor expressa esta verdade e, ao dizê-la assim, Ele ultrapassa os pensamentos do homem mortal. A vida de Deus não é dádiva de outrem. Ele próprio é a vida - um insondável oceano de vida, glória e bem-aventurança. Ninguém pode ditar-lhe ordens. Ninguém pode compeli-lO nem dete-lO. Ele não precisa de permissão de ninguém para agir ou falar. Ele é primeiro e o último, e além dEle não há deus...
"Eu crio as trevas... Eu crio o mal"...
Esta é a voz de Deus. É revelação divina.

Extraído do livro "Deus e o Mal" - Editora. Pes - Pg. 11-13 - Compre o livro AQUI
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12 abril 2009

DUALISMO















Por Dr. Heber Carlos de Campos

Há um pensamento vigente em vários círculos cristãos de que o diabo é quem está no camando do universo. Ele tem sido responsabilizado por todas as coisas ruins que têm acontecido no mundo. Em vez de as pessoas dizerem "bendito seja Deus", bem que elas poderiam dizer "bendito seja o diabo", porque ele tem sido o responsável por todas as coisas que elas vêem e com as quais não concordam. É verdade que ele é inimigo dos filhos de Deus, mas é verdade também que ele é parte do processo providencial de Deus, como um instrumento nas mãos de Deus. A sua ação cumpre os propósitos divinos para o universo. Todavia, somente quando estudamos devidamente a doutrina da providência é que eliminamos de nossa mente qualquer pensamento de que Satanás está no controle deste mundo.
Deus está no comando e aceita a responsabilidade de todas as coisas que acontecem neste seu universo, sejam boas ou más. Deus está envolvido em cada evento que acontece na história do mundo, mesmo nos mínimos detalhes. A isso chamamos de providência soberana de Deus.
Quando as pessoas não compreendem devidamente a doutrina da providência, elas cometem erros muito feios, que demonstram uma incompreensão da cosmovisão cristã. Responsabilizando Deus pelas coisas boas que acontecem e o diabo pelas coisas más, elas podem ser culpadas de uma heresia antiga chamada "dualismo". O que é isso? É a crença na existência de dois poderes em que o Deus, que é bom, está em luta contra o Diabo, que é mau. São dois poderes independentes e igualmente poderosos que lutam entre si titanicamente para ver quem obtém o controle do mundo.
Os cristãos que possuem essa cosmovisão ficam na esperança do deus bom ganhar, mas vivem pintando o fim da história como algo trágico e inevitável, não porque os decretos de Deus estão sendo cumpridos, mas porque o diabo é poderoso para resistir até o fim, e não será vencido até que muitos estragos tenham sido feitos na igreja e no mundo. Essa é uma heresia muito perniciosa e está ligada muito frequentemente ao movimento carismático, especialmente o de batalha espiritual.
A pergunta que se faz é a seguinte: Por que cristãos sinceros têm essa compreensão errônea de Deus? Por que atribuem o bem a Deus e o mal a Satanás? Talvez porque eles tentam proteger Deus ou evitar que ele seja considerado o autor do mal. Na compreensão deles, um Deus de amor não pode estar relacionado a coisas que são imperfeitas ou malignas. Crer num Deus de amor é muito mais fácil e palatável do que crer num Deus de soberania absoluta.
Eu li de uma enfermeira que trabalhava na sala de emergência de um hsopital que disse que, quando alguma pessoa de uma determinada igreja evangélica que havia se acidentado ou sido acometida de algum mal súbito aparecia na emergência, logo vinha correndo o pastor e dizia para a família ali presente: "Lembrem-se de que Deus não tem nada que ver com isso!". Talvez esse pobre pastor quisesse evitar que os membros atingidos pela desgraça desaparecessem de sua igreja. Aquele pastor certamente possuía uma visão muito distorcida da cosmovisão cristã que ensina que Deus está por detrás de todos os eventos, sejam bons ou maus. Alguém que tenta "proteger" Deus não o conhece de fato e não tem uma noção correta de sua obra providencial. Se Deus não é o responsável último por todas as coisas que nos acometem, estamos todos nas mãos de quem? Do diabo? Ou o fatalismo começa a invadir nossas igrejas também? Esse tipo de dualismo deve desaparecer da mente dos genuínos cristãos, pois ele é uma grande injustiça aos ensinos da Escritura sobre a providência de Deus.

Extraído do livro "O Ser de Deus e as suas obras - A Providência e a sua realização histórica" - Editora Cultura Cristã
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A LEI E O EVANGELHO

















Por Ernest Kevan

Como meio de ajudar a memória de seus ouvintes, os pregadores dos séculos XII e XIII ocasionalmente produziam uma versificação dos seus sermões. Essas versificações dificilmente poderiam ser chamadas de poesia mas seu ritmo e rima auxiliavam grandemente na retenção das verdades contidas nelas. Ralph Erskine produziu uma rima desse tipo na qual indicou as visões puritanas do papel da Lei na vida do crente. Aqui está uma parte de um soneto de 386 versos que ele intitulou Os Princípios do Crente a respeito da Lei e do Evangelho. A Seção III é chamada A Harmonia entre a Lei e o Evangelho.


A lei é um tutor muito em voga,
Para o evangelho -graça um pedagogo,
O Evangelho para a lei não menos
Do que seu fim pleno para a justiça.

Quando outrora a lei ardente de Deus
Afugentou-me para a estrada do evangelho;
Então de volta à santa lei
Um evangelho -graça mais amável irá atrair.

Quando pela lei à graça sou disciplinado;
A graça pela Lei irá me governar;
Por isso, se eu não obedeço à lei,
Não posso manter o caminho do evangelho,
Obedeço, então, à lei:
E ambos em suas vestimentas federais,
E como uma regra de santidade.

O que no evangelho-tesouro é cunhado,
O mesmo na lei é prescrito:
Tudo o que as informações do evangelho ensinam,
A autoridade da lei alcança.

Aqui unem-se as mãos da lei e do evangelho,
O que este me ensina aquele comanda:
As virtudes com que o evangelho se agrada
As mesmas a lei autoriza.

E assim a lei-mandamento sela
Tudo o que o evangelho-graça revela:
O evangelho também para o meu bem
Sela com sangue tudo o que a lei demanda.

A lei mais perfeita ainda permanece,
E cada obrigação plena contém:
O Evangelho sua perfeição fala,
E então fornece tudo o que ela busca.

A lei-ameaça e preceitos, vejo,
Com o evangelho-promessa concorda;
Para o evangelho são uma cerca.
E este para eles uma subsistência.

A Lei justificará todo aquele
Que com o evangelho-resgate concorda;
O Evangelho também aprova para sempre
Todo aquele que obedece à lei.

Um mestre rígido foi a lei,
Demandando o tijolo, negando a palha;
Mas quando com a língua do evangelho canta,
Ordena-me voar e dá-me asas.

Extraído o livro "A Lei Moral", Editora Os Puritanos - Adquira o livro clicando no link www.puritanos.com.br
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30 março 2009

SUGESTÕES PARA SE EVITAR O PECADO DO ADULTÉRIO



Por Arthur Pink

1) Cultivar um senso habitual da presença divina, percebendo que "os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons" (Pv 15.3).
2) Manter uma estrita vigilância sobre os sentidos; pois, com muita frequência, esses são as avenidas que ao invés de permitir a entrada de correntes agradáveis para refrescar, em geral deixam entrar barro e lama para poluir a alma. Faça um pacto com seus olhos (Jó 31.1). Feche os seus ouvidos contra qualquer conversa obscena. Não leia nada que contamine. Vigie os seus pensamentos, e trabalhe prontamente para expelir os que forem perversos.
3) Pratique a sobriedade e a a temperança (1Co 9.27). Aqueles que indulgem em glutonaria e bebedice geralmente descobrem que seus excessos levam à cobiça.
4) Exercite-se numa ocupação honesta e legal; está provado que a ociosidade é tão fatal a muitos como a intemperança a outros. Evite a companhia do perverso.
5) Dedique-se muito à oração fervorosa, implorando a Deus que limpe o seu coração (Sl 119.37).

Extraído do livro "Os Dez Mandamentos - Uma Exposição Bíblica" - Publicações Monergismo - www.monergismo.com - pg. 64
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21 março 2009

CONTROVÉRCIA

















Por J. Gresham Machen
Os homens afirmam que, em lugar de entrarmos em controvérsia na igreja, devemos orar a Deus suplicando um avivamento. Em vez de criar polêmicas, precisamos evangelizar. Bem, que tipo de avivamento você acha que teremos? Como podemos qualificar o evangelismo que se mostra indiferente a respeito do tipo de evangelho que está sendo pregado? Com certeza, isso não corresponde ao avivamento no sentido neotestamentário e ao evangelho que Paulo desejava proclamar, quando afirmou: "Ai de mim se não pregar o evangelho". Não, meus amigos, não pode haver verdadeiro evangelismo, quando tornamos a nossa causa comum à dos inimigos da cruz de Cristo. Almas dificilmente serão salvas, se os evangelistas não disserem, juntamente com Paulo: "Ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema" (Gl 1.8). Todo verdadeiro avivamento nasce da controvérsia e conduz a mais controvérsia ainda. Isso tem sido verdadeiro desde que o Senhor Jesus declarou que não viera trazer paz sobre a terra e sim espada. Sabe o que acontecerá quando Deus enviar uma nova reforma à igreja? Não podemos dizer quando esse dia abençoado virá. Mas, quando esse dia abençoado chegar, creio que podemos mostrar pelo menos um resultado que ele trará. Naquele dia, não ouviremos coisa alguma acerca dos males da controvérsia na igreja. Isto desaparecerá como que através de um poderoso dilúvio. O homem que "arde" com a mensagem jamais fala de maneira deprimente e fraca; ele proclama a verdade com alegria e sem temor, na presença de todas as falsidades que se levantam contra o evangelho de Cristo.

Extraído da Revista Fé para Hoje, Ed. Fiel - www.editorafiel.com.br

16 março 2009

OUTRO EVANGELHO*

















Por A. W. Pink

O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem um programa de anarquia. Não promove conflitos e guerras, mas almeja a paz e unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho, mas promove um espírito fraterno por meio do qual a raça humana é tida como uma grande "irmandade". Não procura arrastar o homem natural ao fundo do poço, e sim melhorá-lo e enaltecê-lo. Advoga a educação, o cultivar e o apelar ao que "de melhor existe dentro de nós". Almeja fazer deste mundo um habitat tão confortável e apropriado, que a ausência de Cristo nesse habitat não será percebida, e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás empenha-se por ocupar o homem com muitas coisas deste mundo, de modo que ele não tem oportunidade ou disposição para pensar no mundo vindouro. Esse evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, caridade e benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para com todos. Apela fortemente à mente carnal, tornando-se bastante popular entre as massas, pois ignora os fatos solones de que o homem, por natureza, é uma criatura caída, alienada da vida de Deus, morta em delitos e pecados, e de que sua única esperança está em nascer de novo.
Extraído da Revista Fé para Hoje, Ed. Fiel - www.editorafiel.com.br

*As descrições que Pink faz do "Outro Evangelho", não se parece com muito do que tem sido pregado, escrito e proclamado por homens que se dizem de Deus? Com o intuíto de conformar o pecador ao pecado e a sua natureza caída? E acabam por fazer de Deus um "outro deus"? Um deus semelhante ao homem? Se ouvir ou ler esse "outro evangelho" fuja, do contrário, só lhe restará a morte defintiva e eterna (Jorge Fernandes).

27 fevereiro 2009

UMA HISTÓRIA DE DOIS PROFESSORES









Por Jerry Bergman
Houve dois professores cujas histórias nos contam muito sobre a educação superior de hoje. O professor Hardison foi um professor de filosofia que gostava de discutir biologia, e Bishop foi um professor de anatomia que gostava de discutir filosofia, mas suas semelhanças acabam por aí.
1. RICHARD HARDISON
Dr. Hardison trabalhava duro tentando convencer os estudantes de que suas opiniões sobre Deus, evolução, e propósito da vida estavam corretas. Um de seus admiráveis estudantes disse que Hardison foi especialmente eficaz em ajuda-lo a “pensar claramente acerca de filosofia e teologia, particularmente com atenção à razão e à fé” (Shermer, p. xv). Embora Hardison tenha persuadido muitas pessoas a aceitar o seu modo de pensar, a história de apenas um estudante será contada aqui. Este é Michael Shermer.
Dr. Shermer foi apresentado ao Cristianismo quando jovem, e em sua maioridade no colégio ele declarou aceitar a Cristo (p. 2). Separado para o ministério, ele se matriculou na Universidade Pepperdine (uma escola da Igreja de Cristo) para se especializar em teologia. Enquanto ouvia uma aula de filosofia no Colégio Glendale, o ministro adolescente fez um curso com Hardison. Decidindo testemunhar ao seu professor, Michael deu a ele um livro sobre teologia cristã. O professor aceitou o livro a fim de refuta-lo, e passou uma lista de problemas a Michael. Logo se seguiram muitas discussões, tanto dentro como fora de sala, nas quais Hardison acabou por vencer Michael - e ele se converteu de um cristão evangélico em um ateu, ativo no proselitismo contra o cristianismo e Deus.
Shermer agora especialmente se opõe a todas as tentativas dos crentes de “usar a ciência e a razão para provar a existência de Deus” (p. xiii). Ironicamente, como editor da Skeptic Magazine [Revista Cética, n.t.] e autor de numerosos livros, ele gasta uma grande parte do tempo usando “a ciência e a razão” para refutar (ou pelo menos discorrer contra) a existência de Deus. Ele é especialmente ativo em atacar o criacionismo porque, em suas palavras, “a razão número um que as pessoas dão porque elas acreditam em Deus é... o clássico argumento cosmológico ou de projeto: O genuíno projeto, a natural beleza, perfeição, e complexidade do mundo ou do universo nos obriga a pensar que isso não poderia acontecer sem um planejador inteligente. Em outras palavras, as pessoas dizem que elas acreditam em Deus porque a evidência de seus sentidos manifesta-lhes isso” (p. xiv). Por essa razão, muitos professores (como Hardison) atacam o clássico argumento do projeto cosmológico para converter os estudantes ao ateísmo.
Embora Hardison tenha sido muito ativo em converter os estudantes à sua cosmovisão, não poderíamos encontrar qualquer registro de reclamação ou preocupação acerca de seu proselitismo. Ele é considerado um excelente professor, sinceramente interessado em seus estudantes, mesmo desafiando ativamente a fé deles e, não raras vezes evidentemente, convence os estudantes do seu ponto de vista. Algumas vezes os estudantes se opõem, sentindo que ele é um prosélito contra a religião, mas suas reclamações nunca foram feitas à corte (e, se fossem, a ACLU** e outras organizações iriam com toda certeza defender a liberdade acadêmica de Hardison).
2. DR. PHILIP BISHOP
Dr. Philip Bishop é um professor associado de fisiologia na Universidade do Alabama, e diretor da performance laboratorial humana da universidade. Ele também foi um professor popular que começava cada aula semestral com uma discussão de dois minutos sobre sua conclusão proveniente de seu estudo da fisiologia que ele acreditou fornecer abundantes evidências do planejamento inteligente em vez do naturalismo evolutivo (McFarland, p.2). Desafiando isso, um painel de três censuras do 11o U.S. Circuit Court of Appeals*** pendurado na universidade exigiu que ele nunca mencionasse suas crenças religiosas em classe. Bishop também incluíra uma unidade opcional intitulada “Evidência de Deus na Fisiologia Humana”, ensinada em seu próprio tempo, mas a corte ordenou-o a parar com isso também (Jaschik, p. A23).
A universidade esforçou-se em proibir somente Bishop - e mais ninguém - de mencionar, sempre brevemente, sua visão pessoal de mundo na sala de aula (depoimento de Bishop, p.7). O depoimento de Bishop defende que se somente aqueles professores com um parecer ateísta ou agnóstico pudessem livremente expressar suas opiniões, os estudantes poderiam concluir erroneamente que todos os professores dividem esta mesma opinião. McFarland descreveu o caso como se segue:
A administração da Universidade ordenou Bishop a suspender suas conversas em sala de aula como também suas conversas opcionais no campus. Nenhuma outra faculdade e nenhum outro tema foram similarmente restringidos. Dr. Bishop obteve uma ordem federal protegendo sua livre conversa e liberdade acadêmica, mas prevaleceu uma desastrosa opinião da Corte Norte-americana de Apelações do Décimo Primeiro Circuito. A corte defendeu que professores de universidades públicas não têm direito constitucional de liberdade acadêmica e que seu direito de livre conversa em salas de aula é sujeito a um controle absoluto (censura) pela administração da Universidade (p. 2).
O foco do caso de Bishop foi desafiar a reivindicação do colégio de que este tinha o direito absoluto de restringir mesmo comentários ocasionais em aula e fora de aula que mencionassem um ponto de vista pessoal do professor sujeito à perícia acadêmica.
Embora os comentários de Bishop fossem separados, não-constrangedores, e claramente identificados como tendência pessoal, a universidade argumentou que permitir que os professores apresentassem seus próprios pontos de vista implicaria no endosso da universidade, defendendo que endossaria “qualquer coisa não-censurada” (Bishop, p. 10). Bishop defendeu que expressões ocasionais de crença pessoal, feitas em uma universidade pública, “não podem ser interpretadas como significando a aprovação da universidade, e estão dessa maneira protegidas sob a Primeira Emenda onde elas serão separadas e não-constrangedoras” (Bishop, p. 9).
A universidade lançou um veemente apelo restringindo as conversas do Dr. Bishop “exclusivamente por causa de seu conteúdo religioso”, e argumentou que “conversas apresentando uma perspectiva religiosa estão sujeitas ao mesmo tratamento indiscriminado que outras formas de conversa” (p. 13). Contrariamente às extensas leis criadas e à Constituição, a corte de decisão de apelações autorizou “censuras virtualmente ilimitadas dentro de salas ou conversas de professores relacionadas à sala de aula” (Bishop, p. 9) se isso puder ser traduzido como religioso, ou mesmo motivação religiosa, mesmo que os pontos de vista expressados sejam claramente identificados como pessoais.
Estritamente aplicada, esta decisão judicial conclui que é inapropriado para um professor declarar que ele é judeu ou muçulmano, vai à igreja, ou acredita em Deus. Mas ao mesmo professor é permitido declarar que ele não acredita em Deus ou que retém uma cosmovisão não-religiosa. Em suma, ele pode dar aula contra tudo o que o estado define como valores “religiosos” ou crenças, mas não a favor deles. A corte de apelações pautou que a universidade tem um “interesse legítimo” em prevenir que a religião “infecte” os estudantes “porque expressão de um ponto de vista religioso, não importa o quão cuidadosamente apresentado,... produz inquietação nos estudantes” (Bishop, p. 15).
A corte de apelação também afirmou que a “expressão de uma posição religiosa em um domínio secular, não importa o quão cuidadosamente apresentada, cria a aparência de endossamento daquela posição pela Universidade e gera inquietação em estudantes que podem se sentir compelidos a simular crença e, pior ainda, negar sua própria crença” (Bishop, 16). Se há mesmo um sinal de endossamento para o ateísmo, todas as outras considerações (incluindo a Primeira Emenda) devem ser anuladas. Conseqüentemente, só o ateísmo pode ser ensinado. A Corte Suprema Norte-Americana rejeitou o pedido de certiorari [rogatória], e o caso foi encerrado.
3. OUTROS COMENTÁRIOS SOBRE O CASO BISHOP
A faculdade comumente, muitas vezes ostensivamente, introduz seu próprio ponto de vista - muitas vezes agnóstico ou ateu - em sala. Tais pareceres, contudo, não são normalmente restringidos, e se um ataque fosse feito, um grito de protesto da comunidade acadêmica provavelmente viria (Johnson, pp. 179-184). As cortes têm constantemente julgado a favor de faculdades que introduzem materiais anti-religiosos, ateístas, ou agnósticos dentro de suas salas, mas contra faculdades que introduzem o oposto em suas salas (Bergman, pp. 1-34).
Professor de ciências biológicas na Universidade Cornell, William B. Provine, primeiramente apresenta o lado teísta em sua sala e então, pelo resto do ano, se empenha em demolir os argumentos para o teísmo. Ele notou que no início do curso, cerca de 75% de seus estudantes eram criacionistas ou ao menos acreditavam num propósito para a evolução, i. e., eram teístas e acreditavam que Deus dirigira a evolução. Provine (p. 63), orgulhosamente notou que a porcentagem de teístas caiu para 50% ao fim do curso - isso se compara à cerca de 90% da sociedade como um todo (Shermer, p. 156). Obviamente bem-sucedida em influenciar os seus estudantes em direção ao ateísmo, e muito esclarecida sobre o seu sucesso, a universidade e a corte não interferiram.
4. CONCLUSÕES
Muitos paralelos existem entre os dois professores. Ambos foram populares, bem-quistos, reconhecidos como bons professores, e bem-informados em suas áreas. Ambos se esforçaram em ajudar os estudantes a entenderem seu ponto de vista, como Dr. Hardison abertamente em classe, via escritos que ele dava aos estudantes e por se encontrar com eles após a aula. Em conversas, Bishop discretamente convidou os estudantes a ouvirem sua opinião que apoiava o teísmo, mas somente depois da aula. No primeiro caso, a corte nem mesmo esteve envolvida. No outro caso resultou em uma decisão aberta da corte - Bishop não devia mostrar a sua opinião, mesmo fora de sala; tampouco lhe foi permitido contar aos estudantes qual a sua religião pessoal porque isso poderia inquietar os não-cristãos.
Um professor teve plena liberdade acadêmica; a liberdade acadêmica do outro foi claramente vetada. A diferença está em suas opiniões: um ateísta, e o outro teísta. Um foi encorajado a apresentar abertamente sua opinião aos estudantes dentro e fora de classe, não importando se o que expressasse, inquietava os cristãos. O outro professor, sob a pena de desinência, não pôde nem mesmo sugerir o que ele pessoalmente acreditava aos estudantes. Dr. Bishop também precisou ensinar um ponto de vista que lhe desagradava pessoalmente, e não foi liberado para apresentar seus sentimentos sobre isso aos estudantes. Muitos outros casos similares poderiam ser citados, mas este efetivamente ilustra a preocupação de muitas pessoas de que o colégio se tornou um meio de doutrinar os estudantes em uma cosmovisão que é hostil com respeito não somente ao teísmo, mas religião de todas as formas. Como podem as cortes, em qualquer sentido, reivindicar neutralidade nesta controvérsia?
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REFERÊNCIAS
Bergman, Jerry. The Criterion: Religious Discrimination in America. Richfield, MN: Onesimus, 1984. Esgotado.
Bishop, Philip A. v. O.H. Delchamps, Jr., et al. Brief submitted to the U.S. Supreme Court, Oct. Term, 1991.
Hartwig, Mark. “Christian prof. loses free-speech case.” Moody Monthly, 24 de junho, 1991, p. 55.
Jaschik, Scott. “Academic freedom could be limited by court ruling.” The Chronicle of Higher Education, 17 de abril, 1991, p. A23. Johnson, Phillip E. Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law & Education. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1995.
Myers, John (Ed.). “U.S. Supreme Court denies review of Bishop: Academic freedom stumbles in wake of 11th Circuit Court Ruling.” The real Issue, 11(3), out. 1992.
Provine, William. “Response to Johnson Review.” Creation/Evolution, n. 32, Verão, 1993. pp. 62-63.
Shermer, Michael. How We Believe: The Search for God in an Age of Science. NY: Freeman, 2000.
Shermer, Michael. Why People Believe Weird Things. NY: Freeman, 1997. p. 156.

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O Dr. Jerry Bergman é Ph.D. em Biologia, professor e pesquisador da Faculdade de Biologia da Universidade Estadual de Northwest em Ohio. Este artigo foi publicado no boletim Acts & Facts do Institute for Creation Research, em sua edição de junho de 2004, com o título "WA Story of Two Professors".
Tradução do texto de Daniel Ruy Pereira.
FONTE: www.impacto.org.br

16 fevereiro 2009

A BRECHA NO MURO










Por Kris Lundgaard

A essa altura você deve ter adivinhado que a lei do pecado em nós, pelo ódio que ele tem a Deus, e enganosa como ela é, não ergue os braços em rendição diante da primeira linha de defesa. A carne tem os seus explosivos prontos para minar o muro. Seu primeiro e mais baixo ataque é insultar a graça de Deus para que o pecado pareça menos pecaminoso, menos perigoso e menos ameaçador.
Você tem que entender isto: A carne enfraquece a convicção contra o pecado separando o "remédio" da graça dos "desígnios" da graça. As Escrituras não ensinam nada mais claramente do que o desígnio de Deus em mostrar misericórdia é nos tornar pessoas santas: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, regenerdas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente" (Tt 2.11-12). Mas Deus fornece também um remédio para os nossos lapsos: Seu ardoroso perdão nos dá paz, e assim sabemos que se nós pecarmos, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (1Jo 2.1).
A carne labuta para fazê-lo esquecer o desígnio (que você é salvo para ser santo) e pensar somente no remédio (se você pecar será perdoado). Ela prega meio evangelho (um evangelho distorcido) para nós: "vá em frente e satisfaça os seus desejos – eles já estão pagos". Aqueles que caem presa de tal engano evidentemente são muitos, uma vez que as Escrituras o condena de modo tão veemente (Rm 3.5-8; 6.1-4; Jd 4).
Você sabe que a carne fez uma brecha nas suas defesas quando o seu coração está endurecido pelo engano dela (Hb 3.13) de maneira que você está descuidado quanto ao pecado. Você vai olhar para sua vida e pensar sobre quão freqüentemente você precisa do perdão de Deus, e então ver isso como uma coisa comum, nada com que se preocupar ou se esforçar para modificar. Você vai saber que está endurecido quando começar a dilatar as fronteiras da liberdade cristã para incluir tolerâncias que no passado o teriam chocado. Sua carne vai assoprar ao seu ouvido que severidade e cuidado ansioso quanto à obediência são LEGALISMO – o evangelho veio para livrá-lo de coisas como essas! E além disso, se você realmente cometer um pecado, você pode ser perdoado depois.
Além disso, ao depreciar o pecado, a carne usa de artifícios enganosos para tirar todo pensamento de Deus da nossa mente e enchê-la de pensamentos mundanos. A carne sabe que uma mente não pode estar fixa em Deus e nas coisas terrenas (Cl 3.2; 1Jo 2.15). A principal estratégia da carne é introduzir coisas mundanas na mente à guisa de "necessidade".
Veja a história do banquete nupcial em Mateus 22. Quando a festa estava pronta o rei manda seus servos buscar os convidados. Mas cada um tinha uma desculpa: alguma coisa mais urgente: "Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio" (V.5).
Trabalhar no seu campo pode ser agradável a Deus – ele quer que nós trabalhemos duramente. Você pode gerenciar um negócio para a glória de Deus e até usá-lo para expandir o seu reino. Mas a carne está fazendo alguma coisa sutil aqui – tirando o que pode ser bom e agradável a Deus e usando isso para expulsar nossos pensamentos de Deus.
Não é fácil imaginar um homem iniciando o seu negócio com o seu coração resolvido a honrar a Deus de todas maneiras, e depois sendo levado a extraviar-se. Ele dá um décimo ou mais dos seus lucros para o reino, e Deus abençoa o seu trabalho. Então ele trabalha mais, obtém mais lucros, dá mais a Deus. Isso parece e é sentido como bênção de Deus, ainda que seu trabalho duro e as exigências do seu sucesso comecem a tomar o tempo que ele dedicava à Palavra e à oração pessoal. Agora ele se ocupa mais do seu controle de qualidade do que sobre o controle de Deus sobre a sua vida. O túnel foi cavado sob o muro, e este desaba, expondo o seu coração ao mais profundo engano da carne.
Do livro "O MAL QUE HABITA EM MIM" - Ed. Cultura Cristã - www.cep.org.br

09 fevereiro 2009

ORIGENS: DOIS MODELOS!









Por Dr. Chistiano P. da Silva Neto*

INTRODUÇÃO
Até meados do século passado, o mundo civilizado vivia sob forte influência do cristianismo. A teologia era considerada a "rainha" das ciências. Cristãos eram criacionistas que jamais ousavam por em dúvida as Escrituras.
Num universo de idéias tão fechadas, não foi fácil a escalada evolucionista. No que diz respeito às origens do universo e da vida, por exemplo, não se admitia outra forma de pensar que não fosse compatível com a narrativa bíblica da criação.
Gradualmente, porém, após a publicação do livro de Darwin, a opinião pública começou a mudar. Primeiro foram os círculos científicos, depois as rodas intelectuais e então, indistintamente, todas as camadas sociais.
Desde então, a filosofia dominante tem sido a evolucionista. Em escolas e universidades, em jornais e revistas, o evolucionismo é apresentado , não como uma hipótese, mas como um fato cientificamente comprovado, impenetrável a qualquer outra forma de pensamento.
Em conseqüência, o novo universo das idéias se mostrou tão fechado quanto o anterior, quando cristãos defendiam sua forma de pensar com argumentos estritamente religiosos. Hoje, não crer na evolução é, na opinião dos evolucionistas, negar o óbvio, desconhecer os fatos científicos mais elementares.
Apesar disso, nas últimas décadas, alguns cientistas têm corajosamente feito oposição ao evolucionismo: são os criacionistas, que afirmam poder sustentar cientificamente esta posição. Tais homens de ciência afirmam não estar longe o dia em que a evolução será ensinada nas escolas, não como um fato, mas como a grande falácia dos séculos XIX e XX.
Temos, portanto, dois modelos das origens, o criacionista e o evolucionista, que se propõem a explicar o surgimento da vida, a diversidade de formas em que esta se apresenta, o nascimento do sistema solar, das galáxias, do universo como um todo.
Examinaremos, aqui, esses dois modelos de que o homem tem se utilizado para tentar desvendar o enigma das origens. Iniciamos, pois, uma jornada pelo mundo da ciência, da filosofia e da religião, em busca de nossas próprias origens.

O MODELO DA CRIAÇÃO
Este modelo define, no princípio, um período de criação especial, quando todos os sistemas básicos da natureza foram trazidos à existência completos, prontos para pleno desempenho de suas funções.
Assim, ao invés de pensar na vida como tendo surgido a partir de formas bem simples - aminoácidos, proteínas, bactérias, algas etc., gradualmente evoluindo para formas mais complexas, a teoria da criação afirma que os seres vivos vieram à existência através de atos distintos de criação.
Isto não significa que criacionistas sejam fixistas. O fixismo afirma que as espécies biológicas são, desde o princípio, imutáveis e idênticas aos primeiros organismos criados. Criacionistas do tempo de Darwin eram pouco afeitos à ciência e, pressionados pelas idéias evolucionistas, muitos foram para esse outro extremo.
Criacionistas sabem da existência de vários processos da natureza, que convencionamos denominar de mutações, capazes de introduzir novidades genéticas em uma dada espécie.
Eles, entretanto, não crêem que tais processos possam trazer à cena modificações tão extraordinárias, a ponto de gerar toda a diversidade de vi­da que encontramos no planeta a partir de um primeiro e único organismo unicelular, ou mesmo uma espécie a partir de outra. Eles também não crêem que a vida possa ter se originado a partir da matéria sem vida, de um modo inteiramente ao sabor do acaso.
Assim, a origem da vida e das espécies de seres vivos não pode ser explicada através de recursos naturais, demandando, portanto, a existência e o concurso de um agente externo ao universo e que foi o responsável por todos os pontos críticos da história desse mesmo universo. Findo o período de criação, cessaram os processos criativos, substituídos por processos de conservação, com o fim de preservar tudo que havia sido feito.
Nesse contexto, tudo teria sido criado perfeito. Do infinitesimal protozoário aos grandes mamíferos; do minúsculo átomo as gigantescas galáxias, o universo foi criado em perfeita ordem e todos os seres vivos, inclusive o homem, estavam presentes desde o inicio. Entretanto, num universo perfeito, onde alterações aleatórias são sempre possíveis, o sistema tende a se desorganizar.
Na verdade, essa tendência é a própria essência da segunda lei da termodinâmica, expressa em termos probabilísticos. Assim, o modelo da criação admite um princípio básico de desintegração, em vigor na natureza, desde o seu início. Naturalmente, se este modelo e mesmo factível, deve haver, por todo o universo, muitas evidências dos seus pressupostos.

OPOSITORES DA EVOLUÇÃO
Criacionistas encontram-se entre os mais duros opositores da teoria da evolução, apontando sempre o que eles consideram pontos fracos dessa teoria. Eis, abaixo, alguns desses pontos:
1. O registro fóssil não apresenta os fósseis de transição entre as espécies. Esta é uma necessidade básica do evolucionismo, obviamente não resolvida;
2. Não há qualquer evidência de que uma espécie tenha, com o tempo, se transformado em outra, nem há, na natureza, qualquer mecanismo capaz de tal proeza. Este fato não deve nos causar surpresa, uma vez que a evolução não se caracteriza como fenômeno passível de observação e conseqüente investigação científica;
3. Erros básicos encontrados nos métodos radiométricos de datação comprometem as idades atribuídas a todos os sistemas datados. Sem a vastidão do tempo a sua disposição, o evolucionismo não pode subsistir;
4. Similaridades entre os seres vivos foram, no passado, consideradas evidências da evolução acima de qualquer suspeita. Comparações recentes entre o DNA e o RNA de varias espécies têm mostrado que esse tipo de comparação é, na verdade, inconclusivo.
Os meios de comunicação têm, via de regra, caracterizado o movimento criacionista como anticientifico, cujos integrantes são fanáticos religiosos, dispostos a tudo para fazer prevalecer seus pontos de vista acerca das origens. Recentemente, em um artigo a respeito de Darwin, o articulista afirmou: "só protestantes fundamentalistas, que interpretam a Bíblia ao pé da letra e, por isso, nao crêem nas mutações, se recusam a crer nas idéias de Darwin acerca da evolução das espécies".
Isto, porem, não é verdade! Todos sabemos que as mutações são uma realidade - dizem os criacionistas - mas também sabemos que elas não dispõem de potencial para promover a evolução. Em outras palavras, os criacionistas afirmam possuir respostas claras e convincentes, sempre consistentes com os fatos da natureza e com as descobertas da ciência, a todos os argumentos apresentados por evolucionistas.


SÍNTESE DA POSIÇÃO CRIACIONISTA
Criacionistas crêem na existência de um Ser superior, que preexistiu a todo universo e, pelo seu poder, deu origem a tudo quanto existe. Crêem também os criacionistas que o Criador trouxe a existência não só as galáxias de que se compõe o universo, como também os tipos básicos de seres vivos, dos quais descende a presente multiplicidade de formas em que a vida hoje se apresenta. Esta é uma idéia bastante plausível, e que conta com o suporte da observação e da experimentação. A espécie dos cães, por exemplo, em 1960 possuía 200 raças a mais do que em 1700, obtidas através de sucessivos cruzamentos e seleção de certas características.
Tanto quanto tem sido observado, experimentalmente ou na natureza, nem as mutações, nem os processos de seleção, têm potencial para produzir uma transformação de uma espécie em outra. Os mutantes são sempre da mesma espécie que os originou, quase sempre menos aptos a sobrevivência, e os processos de seleção natural não fazem mais do que recombinar os genes presentes em uma dada espécie.
Assim, sabemos que o homem tem sido capaz de selecionar combinações de genes para produzir novas variedades de cães, pombos, ervilhas, feijão etc., e que através de mutações se pode ter novas características introduzidas em uma dada espécie. Nenhum dos dois casos, entretanto favorece a transmutação de uma espécie em outra.
Veja algumas das principais características da criação:
1. Sobrenaturalista - Origens explicadas através da existência de um agente externo ao universo: o Criador;
2. Externamente dirigida - Todo o universo é dirigido pelo Criador, que mantém sua obra através de processos de conservação por Ele estabelecidos;
3. Dotada de propósito - O Criador trouxe o universo à existência com um propósito bem definido;
4. Completa, concluída - Houve um período de criação, ao fim do qual o Criador deu sua obra por completada.
Criacionistas mantêm, ainda, que a livre investigação da natureza confirma todos os pontos do seu modelo; que as evidências da natureza apontam, de modo insofismável, na direção do Criador. Afirmam, também, que a Terra é um planeta jovem, apresentando não só erros básicos nos métodos de datação utilizados pelos evolucionistas, como também evidencias da natureza que favorecem o seu ponto de vista.

O MODELO DA EVOLUÇÃO
Darwin não pretendia, ao publicar o seu livro A Origem das Espécies, em 1859, explicar a origem da vida na Terra. Sobre isto, ele escreveu um único parágrafo, em que afirmava crer que os primeiros germes de vida haviam sido colocados por Deus em nosso planeta. Tal parágrafo, porém, Darwin ordenou que fosse suprimido a partir da segunda edição de seu livro.
É muito difícil julgar intenções, mas a atitude de Darwin, ao suprimir esse parágrafo, parece significar que ele já começava a se render ao naturalismo, que afirma que tudo no universo pode ser explicado através de causas naturais. Nesse caso, a origem da vida não seria uma exceção.
Mas o objetivo do livro era explicar a origem das espécies, a partir de vida preexistente. Como, afinal, explicar a origem de todas as espécies que encontramos na Terra? Qual a origem da grande diversidade que hoje observamos entre os seres vivos?
Darwin estava convencido de que as espécies se transformavam com o tempo, e que as pequenas diferenças que normalmente observamos entre uma geração e a sua prole acumulavam-se e, com o tempo, davam origem a uma nova espécie. Neste contexto, peixes haviam surgido de outros seres menos complexos nos oceanos e dado origem aos anfíbios. Destes teriam surgido os répteis, ancestrais das aves e dos mamíferos. O homem, como afirmara T. Dobzhansky, era apenas um produto dessa evolução, tendo surgido entre os mamíferos como o ser mais evoluído.
Outros pensadores vieram após Darwin e completaram essa visão de modo a incluir o universo como um todo. Assim, se configurou um modelo das origens bastante distinto do criacionista, ao qual se denominou de modelo evolucionista das origens. Desde então, esse modelo passou por diversas modificações na tentativa de vencer as dificuldades que se apresentaram a partir de novas descobertas da ciência.
Em sua caminhada. muito provavelmente por falta de oposição a altura, tornou-se o modelo hoje dominante. A maior parte dos cientistas acredita na teoria da evolução como a única forma de explicarmos nossas origens, e praticamente toda a mídia, revistas, livros, jornais, radio, televisão etc., ao tratar algum assunto científico relacionado com as origens, o faz em um contexto evolucionista.
Em sentido mais abrangente, este sistema afirma que todo o universo se encontra em continua evolução. Este processo teria se iniciado com o hidrogênio, subproduto básico de uma suposta explosão (Big-Bang) supostamente ocorrida há cerca de 15 bilhões de anos, quando o presente universo ainda não existia.
A partir de então, esse gás incolor, inodoro, insípido, contendo apenas um próton em seu núcleo, e um elétron à sua volta, teria sofrido transformações casuais, gerando outros elementos por meio da captura de elétrons, prótons e nêutrons. Estes teriam se combinado de modo a gerar as substâncias de que se compõe o universo, com a matéria resultante se organizando ate o ponto de gerar a vida, com todas as suas particularidades.
Como todos os processos até hoje idealizados para justificar a evolução são sempre muito lentos, o tempo se torna um dos fatores imprescindíveis nesse modelo. Não se pode conceber o processo da evolução em um período de tempo muito curto. A evolução requer bilhões de anos, e esta imensa porção de tempo Darwin encontrou à sua disposição na filosofia uniformitarista de James Hutton.
De acordo com G. A. Kerkut, agraciado com o título de professor emérito de neurociência na Universidade de Southampton, em seu intrigante livro Implications of Evolution, há sete hipóteses básicas freqüentemente não mencionadas em nossas discussões sobre a evolução, e que muitos evolucionistas ignoram as primeiras, considerando apenas a sétima. Eis aqui essas hipóteses:
1.- Coisas não vivas deram origem ao material vivo, em outras palavras, a geração espontânea ocorreu;
2.- A geração espontânea ocorreu apenas uma vez na história da Terra;
3.- Vírus, bactérias, plantas e animais estão todos inter-relacionados;
4.- Protozoários deram origem aos metazoários;
5.- Os invertebrados também estão todos inter-relacionados;
6.- Os invertebrados deram origem aos vertebrados;
7.- Entre os vertebrados, peixes de­ram origem aos anfíbios; anfíbios aos répteis; e répteis a aves e mamíferos.
Continuando, o Dr. Kerkut diz que: "... essas sete hipóteses não são passiveis de verificação experimental. Elas pressupõem que uma série de eventos ocorreu no passado. Ainda que fosse possível produzir tais eventos sob condições atuais, isto não significaria que tais mudanças tenham ocorrido no passado. Assim, transformar um réptil moderno em um mamífero, ainda que uma operação de grande interesse, não nos revelaria nada sobre a origem dos mamíferos. Infelizmente, nem mesmo esse tipo de transformação estamos aptos a realizar" (p. 7).
Apesar das críticas que o Dr. Kerkut desfere em seu livro contra o modelo da evolução, ele é um evolucionista. Isto, porém, não deve nos surpreender: todo aquele que sucumbir diante dos apelos do naturalismo, que insistir em afirmar que tudo no universo pode ser explicado através de causas naturais, não terá mesmo outra alternativa para explicar as nossas origens que não a teoria da evolução.
* Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de cinco livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

01 fevereiro 2009

VOCÊ TEM FOGÃO EM CASA?







Por Natan Oliveira

Casal recém casado sai de lua-de-mel fora da temporada de verão, e aluga um pequeno bangalô numa praia charmosa próximo a região onde moram.Como não é verão, as praias estão praticamente desertas.A água do mar está fria, e não é propriamente o momento certo para se tomar banho de mar, então a alternativa é caminhar e dar longos passeios de mãos dadas.E numa destas caminhadas, andando pela areia da praia, num local onde a impressão que se tem é de que a natureza está intocada pela ação da mão do homem, e repentinamente... meio enterrado, meio exposto, no meio da areia da praia... um fogão!Os dois são pessoas relativamente normais, e obviamente não ficam especulando como as areias da praia durante bilhões de anos puderam construir aquele fogão que ali estava.O fogão é uma máquina."Salta aos olhos" que ele é uma máquina.Ambos sabem que sendo uma máquina, foi criada.Ambos sabem logicamente que uma máquina como um fogão, não surge do nada, nem é o resultado de milhões de anos de evolução da ação da natureza.Qualquer pessoa relativamente capaz, saberá que um fogão é um fogão, e sendo um fogão é uma criação, e sendo uma criação, precisa de um criador.Pois bem, até o mais materialista dos pensadores clássicos como Thomas Hobbes, pensava que o homem era uma máquina, o universo era uma máquina, na realidade uma gigantesca máquina.Morto o cérebro, desligada a máquina do corpo humano, e não existiria mais nada, a própria alma seria uma combinação de elementos químicos do cérebro. Uma vez sem vida, fim e ponto final.E por que será que um casal qualquer de passeio por uma praia sabe e ninguém precisa lhe provar que o fogão foi criado, por que será que existem homens que olham para o que eles chamam de máquina do universo e acham que ele surgiu do nada, ou de um longo processo evolutivo, cuja origem foi impessoal e por acaso?Máquinas surgem do acaso?Máquinas surgem do nada?Para espanto de alguns, a ciência tem mostrado que o universo é sim um grande relógio, que como máquina funciona perfeitamente, e bastariam poucos graus acima e abaixo na temperatura média da terra e a vida se tornaria insustentável.Bastam poucos graus de temperatura e a máquina do corpo humano morre ou vive.Quem já foi pai, sabe a angústia que é a febre quando um filho seu vai a 39, 40 graus de febre. Poucos graus alterados para mais ou menos significa a morte certa. Estamos por um fio.Quem projetou o “fogão-universo”?Por que os homens olham um fogão na praia e ninguém precisa lhes convencer que é máquina e foi feita por homem, mas ao mesmo tempo olham para a natureza e não percebem que também é matéria-máquina-criada e foi feita por Deus?Não precisamos especular. A Bíblia responde:Os homens estão loucos...“Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” 1 Coríntios 1.20Mas isto não os torna inocentes e moralmente não responsáveis:“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis.” Romanos 1.20E é esta concepção, de que um fogão é nada mais que um fogão (coisa criada), que pensadores do DI - “Design” Inteligente (ou ID - “Inteligent Design”) estão chegando, ou seja, que as coisas da natureza tem projeto, tem concepção, tem um “design”, e portanto existe sim um “Designer”.Como sempre vai ter quem diga que o Deus da Bíblia não existe, então logo vão dizer que o “Designer” seria um ser extraterrestre, que tenta fazer “contato” como aquilo que criou em tempos passados.Enfim, Deus não precisa de defesa, mas quando alguém te perguntar a razão da tua fé criacionista, pergunte para ele - ... escuta, tu tens fogão em casa?
Texto gentilmente cedido por Reflexões Reformadas, disponível originalmente em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2008/04/voc-tem-fogo-em-casa.html

19 janeiro 2009

POR QUE A PONTE CAIU?













Pr. John Piper

Nota: Em julho de 2007, uma ponte simplesmente ruiu na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, EUA. Algumas pessoas que trafegavam pela ponte morreram tragadas pelas águas. Ocorre que esta é a cidade onde fica a igreja Bethlehem Baptist Church, do pastor John Piper. Na ocasião ele divulgou uma mensagem polêmica pela qual ele foi muito criticado por muitas pessoas no meio evangélico americano. Na mesma época ocorria o horrível acidente com o vôo 3054 no aeroporto de Congonhas. Na época publiquei um post no meu antigo blog - Centurio. Agora, com a terrível calamidade que vimos no mês de novembro aqui em Santa Catarina, achei por bem publicar a transcrição daquela mensagem para nossa reflexão. Detalhe: em nossa sociedade pós-cristã, ninguém falou de Deus em meio a toda a catástrofe. Sinal dos tempos... (Juliano Heyse).

Para que eu não pense, para que nós não pensemos ingenuamente sobre o preço da vida, devemos lembrar que isto não é incomum. 50 milhões de seres humanos morrem no mundo por ano; seis mil a cada hora, cerca de 100 a cada minuto. E a maioria não morre em idade madura e avançada, dormindo eternidade adentro. A maioria morre jovem e a maioria morre após uma longa e agonizante luta com a dor.
Calamidades repentinas, como a que vimos, devem nos chocar e levar à percepção de que isto acontece a cada hora.
Uma das verdades que adotamos com alegria reverente em Bethlehem é a verdade da supremacia de Deus em todas as coisas. A missão desta igreja é: nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para o gozo de todos os povos através de Jesus Cristo.
Quando dizemos isto não estamos querendo dizer “aceitar calamidades”. Nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas - Todas com letra maiúscula - através de Jesus Cristo todo o tempo, sem exceção. Nós não formulamos esta missão num mundo cor-de-rosa e então nos surpreendemos com a realidade do sofrimento: “opa! Esquecemos!”. Então eu pergunto: Por que, Senhor, existe este mundo? Por que este mal? Por que o terror? O propósito para este mundo caído, aterrorizado, atormentado é que Ele seja conhecido mais completamente. Porque conhecendo a Deus mais completamente é o que, para nós, significa ser amado completamente. Direi isso novamente: Se nós conhecermos a Deus mais completamente, incluindo misericórdia, juízo, ira, santidade, longanimidade com os pecadores; se nós O conhecermos completamente, nós seremos completamente amados, porque ser amado é ser capaz de conhecê-Lo e estar satisfeito com Deus para sempre.
"Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém!"
Portanto, quanto maior e mais completa a revelação de Deus, mais poderemos ser amados, se aceitarmos o amor.
Escute Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
O que estamos vivenciando neste mundo são dores de parto. Paulo diz que uma nova era está pra nascer e que a instabilidade da ordem natural neste mundo é testemunha da desordem no mundo moral, ou seja, o meu pecado, o pecado de Adão e o seu pecado. E há um motivo para isso: Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém! Como Deus pode falar quando estamos tão moralmente mortos, tão espiritualmente cegos, ao ponto da pior feiúra moral do mundo não nos afrontar nem um pouco? Ele o faz usando o próprio mundo. Isso eles podem sentir. Dor eles podem sentir, portanto eu sujeitarei toda criação à futilidade até que eles recebam a mensagem: o pecado é horrível! Doenças e deformidades são os retratos que Deus faz de como o pecado se parece na esfera espiritual. E isto é verdade mesmo quando as pessoas mais piedosas carregam essas deformidades. Calamidades são as demonstrações de Deus do que o pecado merece e receberá um dia no juízo, mil vezes pior do que em Nova Orleans ou no nove de setembro. Fome, peste, perseguição, estas coisas acontecem para que o mundo veja que os seguidores de Jesus consideram Cristo mais precioso do que tudo que eles perderam e descubra que Ele pode ser isto para eles porque um dia eles perderão tudo. Todo mundo perde tudo na terra, algum dia.
FONTE: Transcrição da mensagem contida no vídeo do post UMA PONTE CAI, UM AVIÃO SE DESPEDAÇA, UMA CRIANÇA MORRE DE CÂNCER
Tradução: Priscila Bernardi Heyse
Texto gentilmente cedido por Juliano Heyse, tutor do site Bom Caminho - www.bomcaminho.com

17 janeiro 2009

A PAREDE DO CASTELO









Por Kris Lundgaard

Um homem na História passou por esse teste com grande sucesso: José. A resposta que ele deu à esposa do seu patrão nos ensina o duplo dever da mente que é a nossa primeira linha de defesa contra os enganos da carne:
E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela” (Gn 39.6-10).
A mente de José estava protegida por dois pensamentos: a mesquinhez do pecado (Como pois faria eu tamanha maldade?) e a graça e bondade de Deus... (Como, pois... pecaria contra Deus?). Como a sua mente estava preparada para a ação (1Pe 1.13-16), ele podia ver além do engano da carne e resistir à tentação – ainda que ela fosse aterradoramente poderosa e resistir custaria a ele mais do que a maioria dos homens poderia suportar. Ele arriscou a sua vida, mas não pecou.
Lembre-se de que a mente é a sentinela da alma, encarregada de julgar e determinar o que é bom e agradável a Deus, de maneira que as afeições possam desejar ardentemente por ele e a vontade o possa escolher. Se a mente falhar na identificação de um pecado como sendo mal, depravado, vil e amargo, as afeições não estarão a salvo de aderir a ele e nem a vontade de dar o seu consentimento. Esse é um lado do muro do castelo, a primeira linha de defesa: Ter em mente que com cada pecado estamos abandonando Deus (Jr 2.19), para nunca esquecer o poder poluente, corrupto e contaminador do pecado – ser sacudido até o âmago pelo ódio que Deus tem ao pecado.
Quando Paulo disse que o amor de Cristo o compelia (2 Co 5.14), ele descreveu o outro lado dessa primeira defesa: A mente precisa se fixar em Deus, especialmente na sua graça e bondade para conosco. O seu amor nos impulsiona, nos estimula e nos leva a obedecer. Ele é a fonte da nossa obediência, e o nosso mais alto motivo para descobrir o que agrada ao Senhor e fazer isso.
Para andar diante de Deus, este é o primeiro dever da mente: Conhecer e agarrar-se ao mal do pecado e ao amor de Deus. Foi assim que José suportou a esmagadora tentação.

Do livro O Mal Que Habita Em Mim - Editora Cultura Cristã - www.cep.org.br

11 janeiro 2009

AVALIAÇÃO E O JULGAMENTO (Mateus 7:1 e 20)









Por Marcos David Muhlpointner

“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. (...) Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!”

Já abordei esse texto num outro artigo que escrevi há dois anos. Mas como esse trecho da pregação de Jesus é muito importante, resolvi abordá-lo com outro enfoque dessa vez. Por acaso você está certo em tudo que diz, pensa e faz? Você está correto nas avaliações que faz da sua vida profissional, sentimental, familiar e social? Com relação ao cotidiano que você mesmo construiu, ele está correto? Ou tem alguma coisa errada? Estas questões são muito subjetivas e, dependendo do seu grau de humor, é possível que você me responda que eu não tenho nada a ver com isso. Ora, a vida é sua. E eu não tenho o direito de me meter na sua dieta, na qualidade do seu sono, se você gosta ou não da sua vida profissional, etc.
Mas e quanto às suas convicções teológicas, você está correto ou errado sobre o que pensa da Bíblia e suas doutrinas. Quero lhe dizer que amo a teologia e o seu estudo, mas sei que ela pode se tornar num instrumento de alienação para muitos. Amo a Bíblia e sei que ela tem ensinamentos fundamentais para a minha vida. Também sei que ela pode ser usada por gente louca, pregando todo tipo de loucura.
Se eu te disser que estou pregando sobre a data que Jesus vai voltar, o que você me responderia? E se você me ouvir pregando para usar um sal ungido na sua comida para sua purificação? E se eu pregar que os crentes não ficam mais doentes, porque somos sarados pelos ferimentos de Jesus? E se eu pregar que nossos problemas financeiros podem ser resolvidos se dermos mais dinheiro na nossa igreja com bastante alegria, espontaneidade e muita fé? Você teria coragem de me dizer: “Marcos, você está errado e sua pregação não é bíblica”? Você seria capaz de me mostrar na Bíblia onde estou errando? Você apontaria o meu erro? Você me alertaria dos erros que estou cometendo? Você mostraria quais são os meus erros e me apontaria uma direção certa? E ao fazer isso, você estaria me julgando, me avaliando? Ou estaria julgando e avaliando o que estou ensinando?
Sabe, o nosso grande problema é que não conseguimos dissociar com facilidade o que pregamos e vivemos daquilo que somos. Você acha que Jesus, sendo quem ele é, poderia ensinar de modo diferente? É por isso que muitos têm dificuldade com esse trecho de Mateus, capítulo 7. Muitos pensam que, por apontarem os erros doutrinários das pessoas, estariam julgando essas pessoas e, por causa disso, atrairiam julgamento para si.
O fato é que não podemos nos colocar numa posição de julgar as pessoas, pois isso é prerrogativa exclusivamente do justo juiz, o juiz dos vivos e mortos (Atos 10:42; 2 Timóteo 4:8). Mas, pela Palavra de Deus, somos obrigados a avaliarmos as árvores de onde tiramos os nossos frutos (v. 20). Jesus nos está advertindo que temos que conhecer os frutos para sabermos qual é a qualidade da árvore. Precisamos ter os nossos olhos espirituais abertos para avaliarmos que o que nos é pregado é realmente a Palavra de Deus. E por que devemos ter esse comportamento?
Nessa mesma passagem de Mateus 7, Cristo compara as pessoas a dois construtores de casa. Um deles construiu sua casa sobre a areia e ela desmoronou. O outro construtor, colocou sua casa sobre uma rocha, de modo que ela resistiu às tempestades. Gente, a comparação é óbvia! Onde você está construindo sua casa espiritual? O que tem por baixo dos seus alicerces espirituais? Você está sabendo avaliar onde está construindo sua vida espiritual? Quais materiais você está usando?
Não posso julgar as intenções dos corações das pessoas porque não tenho poder para sondá-lo. Mas tenho a obrigação de julgar todos os espíritos e saber se eles procedem de Deus (1 João 4:1). Além disso, devo julgar todas as coisas e reter aquilo que é bom (1 Tessalonicences 5:21). Mas como saber o que é bom? Deus é bom e o que as pessoas pregam e dizem deve estar de acordo com Ele, caso contrário, seremos enganados com falsos ensinos (Efésios 4:14). E eu não quero e não vou, se Deus quiser, ser enganado.

Texto gentilmente cedido por "Música, Ciência e Teologia", disponível originalmente em http://marcosdavidm.blogspot.com/2009/01/avaliao-e-o-julgamento-mateus-71-e-20.html