"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

29 fevereiro 2012

Não existe nada de errado com o Evangelho

Por Adilson Marcos

Tenho visto, atualmente, praticas envolvendo a maior parte das igrejas (incluindo Católicas e Protestantes), que podemos definir, no mínimo, como estranhas, confusas, algumas até revoltantes; e o resultado só poderia ser um: alimentar corações a manterem-se afastados de qualquer contato com qualquer denominação (generalizado), em resposta aos erros que eu vou citar abaixo.
- atitudes estranhas e confusas envolvendo dons do Espírito Santo, venda de pedaços do céu, adoração, veneração, culto a imagens e santos,
- hipocrisia e discriminação,
- praticas e atitude contraria a Bíblia durante o culto e no dia-a-dia, etc.

Vejam a quantidade de erros que existem, e estes transformados em motivos, são utilizados como justificativa para tal afastamento.
Reconheço que estes fatos são verdadeiros no sentido de existir, são noticias comuns e usadas com freqüência pela mídia em virtude da grande audiência que conseguem, o que mostra interesse do público em geral, evidenciando e resultando nestes dois comportamentos:
1 – um carro precisa de combustível para se locomover, e eu preciso saber destes erros na igreja para ter certeza que a minha decisão de manter distancia é a mais correta, ou seja, entre o mundo e a igreja eu prefiro o mundo, pois pelo menos aqui (mundo) eu faço o que eu quero sem dar “satisfação a Deus”.
2 – frases como, "Estou decepcionado", 'nunca imaginei que isso poderia acontecer na igreja", "não quero mais saber", "existem pessoas mais “corretas”  e “menos erradas” no mundo"...
Estas conclusões são motivadas por, além dos erros que já listamos, também pela concepção de que a igreja é lugar de pessoas perfeitas em plenitude moral e de caráter.

Continuando, eu queria que meditássemos no exercício deste terceiro comportamento, que na verdade deve ser a busca de entendimento do porquê certas coisas acontecem no âmbito da igreja:
- Será que estes comportamentos (errôneos) estão de acordo com o evangelho? São causados por ele?

Vamos a uma reflexão bíblica...
Sobre o evangelho: Em quem também vós estais, depois que ouvistes A PALAVRA DA VERDADE, O EVANGELHO DA VOSSA SALVAÇÃO; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Efésios 1:13 
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:16

Sobre a igreja: O fato de você morar na garagem não te faz um carro, muito menos freqüentar uma igreja não te faz um cristão. Podemos ainda avaliar pelo seguinte aspecto teológico; igreja visível e invisível.
A igreja visível consiste de todos aqueles que estão inscritos como membros da igreja. Não é difícil determinar quem são, porque seus nomes aparecem nos registros das igrejas. Com pouco esforço, podem-se saber quantos são.
A igreja invisível, por outro lado, é composta exclusivamente daqueles que, pela graça do Espírito Santo, nasceram de novo. Não é difícil entender o porquê este aspecto da igreja deve ser caracterizado como invisível. É impossível para nós afirmar com certeza quem são e quem não são regenerados. Somente o Deus onisciente pode fazer tal distinção. De vez em quando encontramos um pastor que diz poder indicar, sem equívoco, quem são "os que nasceram de novo" em sua congregação, porém, tal afirmação é arrogante e altiva.

O próprio fato de que a igreja invisível consiste exclusivamente de pessoas regeneradas, se deduz que este aspecto da igreja é certamente glorioso. Cada um dos membros dela foi "tirado da potestade das trevas, e transportado para o reino do seu Filho amado" (Colossenses 1:13). De todos seus membros pode-se dizer que "eram trevas, mas agora sois luz no Senhor" (Efésios 5:8). "Como pedras vivas", eles são "edificados como casa espiritual e sacerdócio santo..." (1 Pedro 2:5). Eles são lavados, são santificados, são justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de Deus (1 Coríntios 6:11). Juntos constituem o corpo de Cristo (Colossenses 1:18). Certamente, eles não alcançaram a perfeição; contudo, eles têm agora a vitória sobre o pecado e o diabo através de Jesus Cristo, seu Senhor. Nele [Cristo] eles são perfeitos.
É CERTO DIZER QUE A IGREJA NÃO SALVA NINGUÉM SOMENTE QUANDO ESTAMOS FALANDO DE EDIFÍCIOS, TEMPLOS CONTRUIDOS POR MÃOS HUMANAS.
Sobre os erros na igreja: como a igreja é formada por pessoas e estas não são perfeitas, o que deve provocar luta contra essa imperfeição e não comodismo com esse estado, o erro é resultante simplesmente de pessoas que como já vimos acima, ou não entenderam o evangelho e persistem no erro ou por algumas ainda serem suscetíveis a tal condição.

Na parábola do joio (Mateus 13:24-30), um homem plantou sementes no seu campo mas o inimigo plantou joio no mesmo campo. Uma vez que o trigo e o joio começaram a crescer juntos, os servos sugeriram que arrancassem o joio. O dono da casa não os deixou tirar o joio. Ele deixou o joio crescer junto com o trigo até a colheita, quando o trigo foi recolhido e o joio foi queimado.
Algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis na igreja, aguardando o julgamento final de Deus. Mas tal interpretação contradiz a palavra do Senhor.

O próprio Jesus explicou a parábola, dizendo que "o campo é o mundo" (Mateus 13:38). No mundo, os servos dele convivem com os pecadores. Ele orou sobre os apóstolos: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou" (João 17:15-16). Embora os servos dele sejam santificados, não podem sair do mundo.
Mas na igreja é diferente. Quando o joio se manifesta entre o povo de Deus, deve ser arrancado. Paulo instruiu a igreja dos coríntios sobre como resolver o problema de imoralidade no meio da congregação. Ele usou palavras fortes para descrever a atitude certa em relação ao irmão que volta e permanece no pecado: "...já sentenciei...que o autor de tal infâmia seja...entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].... Lançai fora o velho fermento....agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Coríntios 5:3-5,7,11). Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente..." (2 Tessalonicenses 3:6).
Paulo resumiu bem a diferença entre a igreja e o mundo: "Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1 Coríntios 5:13).
Concluímos então que erros ocorridos na igreja que desviam o entendimento das pessoas sobre as verdades fundamentais do evangelho, não necessariamente são de pessoas que verdadeiramente buscam servir a Deus e que a igreja verdadeira (a que se submete a bíblia) deve militar contra tais situações. 

Também se torna sem fundamento quando alguém se baseia em tais erros para justificar a distancia para com a igreja de Cristo, a NOIVA que ele virá buscar.
"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for, e vos preparar lugar, VOLTAREI e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver". João 14:1-3
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. (Apocalipse 21:2-3)
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. João 6:68 

23b como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5:23b-27

Fonte: Postura Bíblica

24 fevereiro 2012

Eles estão entre nós: ativistas gays "cristãos"




Por Júlio Severo

Se você não vai à igreja deles, eles irão até a sua. Ativistas gays “cristãos” estão se infiltrando no meio de eventos cristãos a fim de sabotarem o que sabemos da Bíblia e homossexualismo.

Em conversa ontem com um ministério evangélico de São Paulo, fui informado que numa vigília do ministério, aberta às igrejas evangélicas, houve uma experiência incomum.

O líder da vigília aproveitou o momento de oração para apresentar para o grupo de intercessores e interessados em oração alguns pedidos especiais de oração, inclusive sobre o aborto e o homossexualismo. O líder destacou meu nome como um homem na frente de batalha nessas questões.

Logo que ele citou meu nome, um pequeno grupo de “crentes” se levantou e se retirou, mandando depois um bilhete reclamando da menção do nome de Julio Severo e oposição ao homossexualismo. Nesse ponto, um evangélico, que havia sido gay, se manifestou dizendo que conhecia o pequeno grupo de “crentes” descontentes. Eles eram na verdade membros de uma igreja inclusiva — uma igreja evangélica para homens e mulheres “evangélicos” que estão determinados a permanecer no homossexualismo.

Ao conhecer a realidade do episódio, o líder da vigília ficou perplexo com a ousadia da militância gay “cristã”, que adotou a postura de se infiltrar e se misturar num evento evangélico a fim de provocar questionamentos.
Essa é, no meu entender, uma nova fase da guerra espiritual que estamos enfrentando.

Eles agora estarão vindo às nossas reuniões para marcar presença e dar “testemunho” de suas perversões teológicas. Estarão vindo às nossas vigílias e reuniões de oração, não para orar, mas para provocar desconcerto com seu testemunho contraditório.

Eles estão também marcando presença na internet, em sites evangélicos populares, lançando dúvidas em posições contrárias à agenda gay e ao homossexualismo por meio de sabotagens teológicas de conhecidas passagens da Bíblia, como anda fazendo a “pastora” lésbica Lanna Holder.

O número de “pastores” gays assumidos está aumentando. Um site com aparência “evangélica”, por exemplo, traz um artigo, assinado por um “Reverendo Márcio Retamero, Pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro”. “Pastor” e “comunidade” aí são “evangélicos” só no rótulo, e o artigo, intitulado “Carta Aberta a Júlio Severo - Homofóbico e Fundamentalista Religioso”, segue a linha da sabotagem teológica pró-homossexualismo.

Mas o Rev. Retamero, como gosta de ser chamado, não é universalmente anti-evangélico. Sua língua mostra respeito e admiração por evangélicos que, como ele, desprezam o conservadorismo evangélico.

Duas mensagens diretas de Retamero ao Genizah manifestam sua alegria, sem nenhum sentimento de sabotagem ou provocação de questionamentos:

“Parabéns, mil vezes, parabéns! Gostaria de ler um texto lúcido como o assinado por você em outros blogs na web. O Estado é Laico e a Igreja (no sentido calvinista do conceito) deve, para seu próprio bem, ser separada do Estado. Nós, LGBTs brasileiros e brasileiras, não queremos amordaçar ninguém… O problema é o desiquilíbrio de certos púlpitos e a falta de amor destes para com seres humanos e o elevado amor ao dinheiro como vocês aqui no Genizah denunciam sem piedade, no que fazem muito bem! Mais uma vez, parabéns! Oxalá os protestantes deste país pensassem como você! Rev. Márcio Retamero”. (Publicado em 9 de maio de 2011 às 00:31 no Genizah.)
“Graça e Paz! Gostei muito do seu artigo, ele me dá muita esperança no futuro, quando leio reflexões como essa que o sr. agora traz. Sou Pastor da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo e da Igreja da Comunidade Metropolitana do Rio de Janeiro (Comunidade Betel) e sou gay assumido desde que não tive como mais permanecer na IPB por conta da minha orientação sexual e não OPÇÃO sexual, posto que eu e creio que nenhum outro LGBT OPTARIA por ser gay, caso isso lhe fosse oferecido como opção. Seu artigo me trouxe alegria não apenas enquanto pastor gay e de gays, mas enquanto ser humano gay, que não tem medo, nem vergonha de sê-lo, posto que não optei por isso, mas desde que me entendo como gente, sou assim. Homofobia é pecado sim! E obrigado por dizer isso com todas as letras! Saudações em Jesus Cristo nosso Rei, Salvador e Senhor, Rev. Márcio Retamero”. (Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 14:10 no Genizah.)

Por que um pastor da teologia gay criticaria adeptos de uma teologia esquerdista e liberal?

Além de Retamero, outros ativistas gays “cristãos” não poupam elogios ao tabloide sensacionalista Genizah. Em contraste, esses mesmos ativistas, se identificando ou não como tais, não poupam críticas aos sites evangélicos mais conservadores. Logo que um site evangélico publica um bom artigo contra a agenda gay, os infiltradores aparecem com argumentos envenenados para provocar desacreditamentos, numa linguagem de “evangélico” para evangélico. Eles entram sorrateiramente nas seções de comentários, com cara de um João ou Maria, rebatendo mensagens cristãs com interpretações inspiradas diretamente na teologia gay.

Os únicos que escapam dessa campanha de infiltração e críticas são os evangélicos com comportamento de Genizah.

Precisamos pois nos preparar para essa invasão, mantendo firme nosso testemunho e alerta, pois diferente do homossexual comum, que está ocupado com seu pecado sexual, o militante gay “cristão” é um indivíduo ocupado com seu pecado sexual e também ocupado com a promoção e imposição de seu pecado sexual.

O homossexual comum não refuta a condenação da Bíblia ao homossexualismo. O ativista gay “cristão” tem sua própria interpretação da Bíblia, onde coloca na boca de Deus palavras de aceitação ao homossexualismo que Deus nunca disse. Ele sabe desmentir, como “evangélico”, evangélicos que creem e pregam o que a Bíblia realmente diz sobre o homossexualismo.

O homossexual comum não tem interesse nenhum em doutrinar os outros em seus pecados pessoais. Em contraste, o ativista gay, “cristão” ou secular, não pensa em outra coisa.

O alerta de Jesus é válido para todos nós: “Orai e vigiai”.

Orar: Manter comunhão com o Pai, Filho e Espírito Santo, dando atenção à Sua voz.

Vigiai: Manter os olhos bem abertos e atentos, tendo cuidado e tendo abertura para as oportunidades de Deus e tendo atitude de prudência diante de situações de risco que podem aparecer. Manter os olhos no Senhor e em sites que verdadeiramente glorificam Seu nome, não em sites que abusam do Seu nome para defender a teologia gay ou servir, direta ou indiretamente, de cúmplices para essa teologia.

Diante da infiltração gay “cristã” e seus cúmplices, oremos, vigiemos e mantenhamos firme o testemunho da Palavra de Deus.

Nota: A foto desta postagem não consta no original 

18 fevereiro 2012

Falando com Deus


Por Natan de Oliveira

Como se dirigir em oração a Deus?

Meu velho pai me disse uma vez que usava certas palavras para garantir e que ficasse absolutamente claro que o Deus a quem ele se dirigira era o Deus da Bíblia.

Ele tinha e tem aberturas solenes de orações que viraram lendas entre os que viveram com ele.

A grande abertura de oração que eu prefiro no meu pai é esta:

"Deus da Glória, Deus de Abraão, Deus de Isaque, Deus de Jacó, Deus Criador dos céus e da terra, meu Deus..." e depois disto meu pai orava então as palavras que se aplicavam à ocasião em questão.

Há outras famosas aberturas de oração do meu pai, mas esta é que me diz mais ao coração.

Faço na abertura das minhas orações noturnas o uso das mesmas palavras, e sem a menor vergonha plagio seu prefácio diante de Deus.

Deus da Glória...
... Porque não é um deus da minha imaginação.
Mas um Deus que está acima da compreensão humana e que se revela na Escritura.

Deus de Abraão...
... Porque é o Deus da Bíblia, que se revelou a Abraão como o autor da fé.

Deus de Isaque...
... Porque é o Deus da promessa, que chama pessoas para o seu Reino, não por causa do sangue, mas por causa da fé, dada gratuitamente para homens e mulheres de todos os tipos de povos, línguas e nações, que mesmo sem serem descendentes de sangue de Abraão, o são pela fé, e pela promessa.

Deus de Jacó...
... Porque é o Deus que transforma um enganador (Jacó), em um homem novo (Israel). Qualquer tipo de homem ou mulher pode ser transformado de um "Jacó" para um "Israel".

Deus Criador dos céus e da terra...
... Para que não fique nenhuma dúvida, de que o Deus para quem dirigimos a nossa oração seja um e não outro, o único Deus verdadeiro, aquele que criou tudo do nada e torna toda a realidade presente possível de existir. 

Dirigimos portando nossas orações para Aquele que sustenta todas as coisas.

Confiantes de sermos ouvidos, mesmo que Ele não esteja atentamente nos ouvindo, o que é impossível, pois Ele é onipresente, e as palavras da nossa boca antes de se formarem, já estão patentes e cristalinas na Sua mente.

Confiantes de que os nossos problemas, são as questões mais fáceis de serem resolvidas diante de um Deus Criador tão poderoso, podemos nos aquietar e desabafar diante Dele todas as nossas ansiedades, porque sabemos por certo que Ele tem cuidado de nós.

Muitos homens e mulheres, antes de nós, entenderam e reconheceram isto, e se dirigiram a Ele.

Não usaram as solenes palavras do meu velho pai, mas igualmente foram reverentes e principalmente se achegaram diante dele com fé, certos de que o Espírito Santo encaminharia todas as suas palavras e que cada um dos fonemas seria atentamente observado e ouvido pelo Criador de todas as coisas.

Não sei que palavras os meus filhos usarão para falar com Deus e se serão as palavras do avô.

Na verdade pouco importa as exatas palavras, mas importa que tenham a mesma atitude destes abaixo que também se dirigiram a Deus.

"(Abraão) Então, disse: Senhor Jeová..." Gênesis 15.2a

"(Eliézer, mordomo de Abraão)... e disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me, hoje, bom encontro..." Gênesis 24.12a

"(Davi) Senhor, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel..." 1 Crônicas 29.18a

"(Elias) Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se..." 1 Reis 18.36b

"(Jesus) Pai nosso, que estás nos céus..." Mateus 6.9b

Depois destes exemplos, pergunto novamente:
Como se dirigir em oração a Deus?

O mais importante na verdade não é o formato e as palavras.
O importante é que oremos ao Senhor.
O hábito é importante.

Dos céus o Senhor observa e procura com olhar atento por verdadeiros adoradores e que o adorem em espírito e em verdade.

Seja você também um deles.

Exercite o hábito da oração.
No ano novo que se inicia, adquira o hábito da oração. 

Deus na realidade não precisa das tuas orações para agir, mas Deus se alegrará com as orações se as fizer, e elas serão verdadeiras palavras que sairão dos teus lábios e ao mesmo tempo trarão cura para a tua alma.

Deus da Glória, 
Deus de Abraão, 
Deus de Isaque, 
Deus de Jacó, 
Deus Criador dos céus e da terra,
Meu Deus, 
Lembra-te da tua promessa 
De que visitarias os filhos dos que cressem em Ti em até 1000 gerações, 
E por causa da promessa feita a Abraão, 
Visita também o coração dos meus filhos, 
E no tempo oportuno promova o novo nascimento.
Que eles sejam mais piedosos do que eu,
Que eles sejam instrumentos fiéis nas Tuas mãos para proveito do Reino,
Não olhes para os nossos pecados,
Mas te "esqueças" deles todos,
Promova em cada dia, a santificação das nossas mentes e prática cotidiana,
Torna-nos sempre desejosos de conversar contigo pela oração,
Aproxime-nos de Ti sempre,
E que não seja sempre pela dor ou pelo fustigar dos pedagógicos sofrimentos,
Perdoa os nossos pecados,
Não se enfade de nós,
E que cada um de nós possa ser,
Uma pessoa segundo o Teu coração e segundo os Teus propósitos Eternos,
A Ti dirigimos nossa oração, 
Através do Espírito Santo
E com a mediação e autorização de Jesus Cristo nosso Senhor.
Amém!

11 fevereiro 2012

Meio Sola Scriptura?


Por Ednaldo Cordeiro


"É assim que Deus disse... ?" - Gn 3.1

Algumas coisas parecem nunca mudar, desde os primórdios a Palavra de Deus é posta em dúvida. Toda tentação perpetrada por Satanás é, por princípio, colocar o que Deus disse em dúvida. E quantos cristãos tem caído nessa armadilha demoníaca.

Recentemente, tenho lido sobre alguns temas controversos em muitos blogs, fóruns, sites, etc. E por controverso não estou me referindo ao eterno debate entre calvinistas e arminianos, mas aos debates sobre a cessação ou não dos dons espirituais, e sobre a licitude do ministério pastoral feminino.

Diante disso, tenho visto cristãos, pelo menos é assim que se identificam, mutilando a Escritura, para que esta se acomode melhor aos seus pressupostos. Notem que não estou usando a palavra "distorcendo", pois em alguns casos não é isto que estou vendo. Por mutilação, estou me referindo a negação da inspiração de certas passagens bíblicas, que estão sendo transformadas em acréscimos.

Os cessacionistas negam Mc 16.9-20, já, muitos dos, proponentes da ordenação feminina negam 1Co 14.34,35, para ambos são palavras não originais, são glossas escribais, acréscimos posteriores. Foi-se o tempo em que apenas as seitas alteravam a Palavra de Deus.

Devo concordar com o pastor Douglas Wilson quando diz "No corrente clima de incredulidade, a exegese correta [...] jamais irá solucionar qualquer coisa."¹, apesar do assunto tratado por ele ser o ministério feminino, podemos aplicá-la a qualquer outra aréa, pois o problema não é exegético, mas é uma questão de fé. Já faz um bom tempo que o Espírito Santo foi expulso de muitas convenções e concílios.

Estamos em uma época em que apesar da profusão de "igrejas", há fome da Palavra de Deus, estamos em dias em que Deus está enviando "fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavra de Jeová". Temos "igrejas" em os demônios são entrevistados e, pasmem, falam a verdade, mesmo sendo Satanás o "Pai da Mentira".

Alguns anos atrás fui chamado de forma pejorativa de "bibliocêntrico" por um defensor do ministério feminino, mas apesar do pejo, é um ótimo título, fiquei, e fico, feliz por recebê-lo, pois certamente estamos cheios de "biblioexcêntricos" em nosso meio, pessoas para as quais a primazia da Palavra já não tem lugar em seus corações.

Cabe a Igreja do Deus Vivo, que é coluna e guardiã da Verdade, reafirmar, de forma destemida, não somente o SOLA SCRIPTURA, mas acrescentar a isso o TOTA SCRIPTURA. Chega de "meia Sola Scriptura"!


04 fevereiro 2012

O labirinto do eterno cativeiro














Por Jorge Fernandes Isah

Cristo me converteu em 12 de Outubro de 2004 [1]. Na verdade fui convertido eternamente, pois ele me escolheu antes da fundação do mundo, quando nem mesmo ainda surgira a criação, a qual trouxe à existência pelo seu exclusivo poder, do nada, ainda que o nada não existisse formalmente, pois Deus sempre é e subsiste; o Deus pessoal ainda que espiritual, o Deus vivo ainda que intocado, o Deus presente ainda que imperceptível; o Deus sem o qual o impossível jamais seria possível. Por isso, para que as riquezas da sua glória fossem conhecidas e a sua ira manifestada, ele criou o homem, preparando de antemão uns para a glória, os quais são os eleitos, e preparando outros para a perdição, os quais são os réprobos, dignos de morte [Rm 9.22-24]. Mas tudo isso se tornou notório no tempo, de forma que as suas criaturas imperfeitas e limitadas conhecessem o que sua mente planejou e determinou, e assim viessem a reconhecer todo o seu poder [2].

Para nós, o seu povo, todo o seu amor foi evidenciado no novo-nascimento, quando ainda éramos seus inimigos [mesmo que ele não fosse nosso inimigo], e nos chamou e capacitou ao arrependimento de nossas obras más, de nossa natureza má, de nossa mente má, dos frutos podres que produzíamos na forma dos pecados e dos delitos em que andávamos conforme o curso deste mundo, cumprindo a vontade da carne e do pensamento, nos quais vivíamos como filhos da desobediência [Ef 2.1-3]. O que equivale dizer que todos os salvos, como propósito pelo qual o Senhor laborou desde sempre de forma que não pudesse não acontecer, conhecerão a Deus ainda em vida, reconhecerão o seu poder em vida, provarão da sua misericórdia e graça em vida, e saberão a quem pertencem, e o alto preço com que foram comprados pelo Senhor das suas almas.

Enquanto isso, os réprobos, ainda que reconheçam o poder de Deus, não o glorificaram como a Deus, nem deram graças; antes, se enfatuaram nas suas especulações, e ficou em trevas o seu coração insensato. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e abandonaram a glória do Deus incorruptível por uma semelhança de figuras incorruptíveis [Rm 1.18-23]. 

De forma terrível, o homem afastou-se da verdade para viver uma aparente doce ilusão, uma mentira que o impelia cada vez mais para longe da realidade, de forma que ele se contentava em se entregar à adoração de qualquer coisa, seja outro homem ou a si mesmo, animais, seres imaginários e míticos, forças e fenômenos da natureza, como se pudesse com eles se comunicar, transferindo-lhes a glória que não lhes pertenciam e lhes era dado receber ou almejar. Como um embusteiro, um fraudador, acreditavam ter e poder distribuir aquilo que não tinham nem podiam entregar. Criou-se um mundo paralelo, irreal, em que o homem acreditava existir sem existência; viver sem vida; disposto a perpetuar o seu estado de morte, de tal forma que recebessem em si mesmos a devida recompensa pelo seu desvio [Rm 1.27]. Como parte daquilo que produziam, o homem criou um ser imaginário que é a personificação daquilo que se tornou, um zumbi, o reflexo daquilo que ele não pode reconhecer mas que inconscientemente foi-lhe dado representar-se: o corpo completamente dominado pela ideia fixa, dolorosa e perversa de se conservar morto enquanto se morre sucessivas e consecutivas vezes, num estado de findar-se perpetuamente.

Em todo esse processo de alucinação e desconstrução da realidade, o homem produziu apenas uma coisa verdadeira: a própria morte, como consequência de todos os seus intentos em permanecer distante e desejar ardentemente sofrer a antecipação da condenação iminente, experimentar em doses diárias o malograr extraordinário que desde o início não se materializou num futuro repentino, mas no presente anunciado de que esse homem sem Deus é muito menos que nada, e de que somente é possível no desterro eterno, o inferno, do qual não teme, mas zomba; o qual rejeita mas caminha célere; que diz desconhecer mas o reconhecerá como se ali estivesse nascido e fosse criado; o qual odeia mas o cultiva diligentemente como um jardineiro a tratar enciumado os canteiros de ervas daninhas crescerem desordenados. Ainda que o pecado nasça em nós espontaneamente, ainda que seja algumas vezes indesejado, há uma atração natural em sua negatividade, de forma que não vemos os seus danos, não os reconhecemos como possíveis, apropriamo-nos de todo os seu mal considerando-o um bem, sorvemos todo o seu amargor como se fosse mel; e reputamos alegria ao que não serve nem mesmo como tristeza; e em honra o que é ultrajante e ofensivo. 

Esse homem não conhece limites; anda à beira do precipício, caminha entre minas terrestres, não tem gosto pela vida, desconhece-a completamente, porque seu estado habitual é reservar-se na companhia dos restos putrefatos e decompostos; suas partes nunca estiveram no todo, são como páginas em branco e soltas na ventania que nunca formaram nem formarão um livro. 

Esse homem é autodestrutivo em sua capacidade de pecar; de se mutilar; de perder de vista toda a esperança e viver numa constante guerra consigo mesmo, ainda que cogite haver paz entre uma profusão de agressões, entre muito sangue derramado, entre tiros e explosões, entre corpos inertes e o cheiro mórbido de peste. 

Esse homem tenciona roubar o que não pode sequer alcançar; ele vislumbra o que não pode ver; espera matar a sede insaciável sem água; e a dor insuportável sem analgésicos. Como a história do ratinho que queria comer a lua por acreditá-la um grande queijo, o homem espera em vão alimentar-se do pecado de forma que seja possível estar com Deus, como se o veneno trouxesse saúde e força eternas. Mas sabemos, porque a Bíblia o afirma, que tal coisa é impossível. Que homem algum pode achegar-se a Deus por si mesmo, ainda mais porque está contaminado, tal qual um cadáver radioativo.
 
Esse homem é fracionado, algo inacabado, pronto a permanecer inconcluído, na persuasão incrédula de suas próprias palavras; surdo a ouvir o silêncio da sua voz interior; cego a vislumbrar a escuridão de sua alma; louco em busca da razão na insanidade: "Pois o coração deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se fizeram tardos, eles fecharam os olhos, para não suceder que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos, entendam no coração e se convertam, e eu os sare" [At 28.27].

Esse homem é impossível na fé, sendo possível apenas na descrença. A paz tomada como guerra, e a guerra como paz. O sofrimento como alívio, o alívio como dor lancinante. A buscar incessante à inutilidade, assim como o velho busca a jovialidade e frescor dos tempos remotos, enquanto se aproxima cada vez mais da senilidade.

Esse homem vive aquém ou além da realidade. Como Adão e Eva, no Éden, quis o impossível, desejou o que não lhe era lícito, buscou alcançar o inatingível e, mesmo caindo, chafurdando na lama, continuou lutando contra tudo, intentando contra si mesmo, ao não reconhecer humildemente a derrota, nem o fracasso: a impossibilidade de ser por si mesmo aquilo que jamais poderia não ser; pois somente Cristo pode fazer-nos novos, e tornar-nos no que não somos pelo poder de nos fazer como ele é, aquilo que seremos. Assim o homem se rebelou contra tudo, contra a verdade, contra a realidade, como se ele fosse supra-verdadeiro ou supra-real. Mas o que pode constatar é que toda a sua vida se transformara na miséria que não imaginou, pois era-lhe impossível cogitar, no paraíso, que houvesse uma realidade diminuta, pobre e vergonhosa como resultado daquilo que desejou mas não conseguiu, porque não percebeu que a verdade não pode ser recriada a não ser por aquele que a criou. E a verdade estava lá, diante dele, que não a quis reconhecer, antes se contentou em desprezá-la, em ignorá-la, como se houvesse a chance de tudo ser diferente apenas porque queria, e a sentença pudesse ser modificada sem que fosse reprovada: "De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvores do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás... a alma que pecar, essa morrerá" [Gn 2.16-17, Ez 18.4]. 

É possível ver como o homem fugiu da ordem para o caos, da realidade para o ilusório, sem ter onde nem como se esconder de seu desarranjo mental, onde a cobiça e o orgulho afetaram-no profundamente, ainda que ele não se desse conta do que estava acontecendo e tentasse criar uma outra maneira de escapar e se refugiar fora da realidade [Gn 3.12]. Na verdade, o homem vive em constante fuga, tentando se livrar de tudo o que é para refugiar-se no que não é. Há um claro desajuste entre a imagem, aquilo que o homem é, e a ideia que o homem tem de si mesmo; o que Deus é, e aquilo que o homem considera que ele seja. De forma que, para aquele homem, assim como para qualquer homem, a realidade não pode ser recriada, nem a verdade modificada; não dá para substituí-las pela ilusão e a mentira, pois não há espaço para elas. Apenas a mente doentia do homem pode inutilmente tentar criá-las num mundo de "faz-de-contas", ao alimentá-las com a estúpida rebeldia, a perpetuá-las como o fedor a espalhar-se em todas as direções. Como uma força a estrangulá-lo, de cujas garras não pode escapar, ele se tornou e é o algoz de si mesmo, ao rejeitar a verdade, ao cogitar a possibilidade de haver vida fora da vida, quando está latente que apenas a morte pode existir fora dela; e ao buscá-la, acalentá-la, e laborar ferrenhamente para possuí-la, o homem, ainda que não reconheça investir nesse propósito, se silencia antes mesmo de dar um último suspiro. E nesse círculo claustrofóbico não há como escapar, pois não há saída, apenas o labirinto angustiante do eterno cativeiro [3].

Nota: [1] Leia o relato da minha conversão em "O dia em que Cristo me fez"
[2] Ainda que eu seja supralapsariano, não estou a discutir a questão da ordem do decreto, pois o foco desta postagem não é este, mas outro.
[3] Mas o que isto tem a ver com a minha conversão em 2004? Tudo. E se Deus quiser, voltarei a este assunto em breve.