"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

15 dezembro 2008

O PAI NOSSO








Por Natan Oliveira

“Não seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra, por isso, fale pouco.” Eclesiastes 5.2
Fale pouco!
Certamente que Jesus não estava dizendo que devemos substituir as longas repetições pagãs por longas repetições do Pai Nosso.A meu ver a oração do Pai Nosso é um modelo, não de palavras mas de princípios que devem nortear a correta oração.
Que princípios?
Eu vejo estes:
- Adoração;
- Soberania;
- Dependência;
- Arrependimento;
- Socorro;
- Louvor.
ADORAÇÃO, porque reconhecemos que a nossa oração é dirigida a Deus Pai, criador dos céus e da terra, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, nosso Deus. Que está muito acima de nós e cuja santidade é incomparável.
“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome...”
SOBERANIA, porque a nossa oração deve reconhecer e transparecer que quem manda não é o nosso arbítrio, reconhecemos então que Deus é soberano, que reina sobre tudo e todos, inclusive o arbítrio humano, cuja vontade será feita tanto na terra como no céu, como foi pensada e planejada em tempos eternos e na esperança do total cumprimento do seu plano eterno vamos vivendo por fé um dia de cada vez.
“... venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...”
DEPENDÊNCIA, porque na nossa oração nos apresentamos não como auto-suficientes, mas como dependendo dele para tudo, para o pão, o emprego, a moradia, a saúde, para as alegrias, para suportar as dificuldades, estamos por um fio de vida, e esta vida vem de Deus.
“... o pão nosso de cada dia nos dá hoje...”
ARREPENDIMENTO, porque constantemente estamos pecando, mesmo após o novo nascimento miseravelmente pecamos, não mais por hábito, mas por teimosia, desobediência, por darmos lugar ao diabo, por não resistirmos a tentação. Precisamos então pedir perdão pelos nossos pecados, pecados inconscientes, pecados “sem querer querendo”, pecados pensados, afinal só o Senhor perdoa pecados baseado no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, e tudo isto na mesma medida que perdoamos os que falham contra nós.
“... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...”
SOCORRO, porque sabendo que ainda habitamos este mundo, e é um “mundão” cheio de tentações disfarçadas e agradáveis aos olhos, ao entendimento, agradáveis em tudo, mas que no fundo é o velho pecado, é o mal andando ao nosso derredor para fisgar. Conseguimos resisti-lo sozinhos? Não! Somente após nos voltarmos para Deus pelo novo nascimento, recebemos o Espírito Santo, e cremos por fé que ele nos deu autoridade para dizer não ao pecado. E assim fazemos e passamos a resistir ao pecado e somos livres do seu mal.
“... e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal";
LOUVOR, porque não há outro Deus como o nosso, que nos escolheu imerecidamente, pecadores miseráveis. Louvor porque só ele se encarnou na pessoa de Jesus Cristo e morreu por nós, ressuscitou dos mortos, e depois foi visto, tocado, nos deu o Espírito Santo para o dia-a-dia. Louvor porque ele é o único que vive: vive em nós! Vive para o que crê e Dele se aproxima com fé. Para sempre.
“... porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6.9-13
Mas é claro... se de coração orarmos o Pai Nosso, não como oração mecanicamente decorada, mas realmente meditando no que se diz, não vejo nenhum problema, somente reflito que prefiro seguir os mesmos princípios da oração do Pai Nosso, mas na prática usar as palavras que me forem oportunas no momento.
Imitar princípios em lugar de repetir palavras.
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6.9-13
FONTE: Reflexões Reformadas - Post original em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2008/02/reflexo-o-pai-nosso.html