por Ricardo Puentes Melo
| 06 Setembro 2013
Notícias Faltantes -
Foro de São Paulo
São
várias as táticas do Foro de São Paulo para submeter toda a América
Latina aos caprichos de uma elite política comunista afeita ao
terrorismo, ao narcotráfico, ao criminoso revisionismo histórico e
jurídico, e a farsas como o indigenismo, a “teologia” da “libertação”, o
ambientalismo e as teses racistas do “movimento negro”.
Eu não tenho
nenhuma dúvida. O que acontece na Venezuela hoje, e o que está
acontecendo na Colômbia, tem um selo inconfundível: Foro de São Paulo.
Muitos ouviram falar desta organização, mas poucos sabem acerca de sua
real periculosidade.
O Foro de São
Paulo foi criado em 1990 por Fidel Castro, com o propósito de ser um
aparato unificador do comunismo em toda a América Latina. Sua intenção
foi dar um novo alento ao regime comunista de Cuba após a queda do muro
de Berlim e a descida em picada da União Soviética. A idéia, em 1990,
era tomar inicialmente o controle de dois países poderosos da América
Latina: Brasil e Venezuela, para desde lá financiar a rendição do resto
da América Latina aos pés do castro-comunismo.
Sendo o Foro de
São Paulo uma organização decisiva, necessita dentro de cada país do
apoio resoluto de organizações não-governamentais que são as que
oferecem o músculo político e que, por sua vez, são apoiadas por
organizações internacionais com aparência de legalidade. São milhares e
milhares destas organizações com os mais variados fins em sua
superfície: feministas, ambientalistas, coletivos de advogados,
defensores de Direitos Humanos, homossexuais, indigenistas, ativistas de
todo tipo. Junto a estas ONG’s, estão os meios de comunicação que se
mobilizam em massa para defender os interesses destas organizações e,
portanto, do Foro de São Paulo.
Tudo isto consegue
importante apoio popular, uma vez que o castro-comunismo tem um
controle muito mais importante que todos os mencionados, um controle
cuja existência poucos reconhecem: a ideologia. O castro-comunismo
encontra-se por toda nossa América Latina, infiltrado em universidades,
colégios, grêmios de artistas e intelectuais, academias. Dali
controlaram a ideologia que guia todos os seus fins perversos, implantam
as premissas filosóficas do indigenismo, da etnicidade, com a idéia
torcida de que o homem é definido por sua raça, por sua linha sangüínea,
em vez de sê-lo pela capacidade de raciocinar. A etnicidade e o
indigenismo foram utilizados para fragmentar as nações onde quer que
tenham a má sorte de ter membros do Foro de São Paulo, quer dizer, toda a
América Latina.
A Colômbia, por
exemplo, baseou sua Constituição de 1991 (idealizada e realizada pelo
terrorismo do M-19 dirigida pela mão de Castro) nestas premissas
excludentes, com o fim de criar zonas, regiões onde o comunismo possa
atuar livremente, burlando a soberania das nações. Dali saem as Zonas de
Reserva Camponesas e os territórios autônomos das negritudes [1].
A ideologia castrista é a confluência da esquerda e dos grupos
terroristas de toda Ibero-América. Essa ideologia é uma mistura de
indigenismo, teologia da libertação e ambientalismo. Porém, todos têm em
comum a defesa da Cuba castrista.
Os membros do Foro de São Paulo recebem ordem de realizar manifestações, marchas patrióticas [2],
exercer pressão política internacional e enviar ajuda financeira ao
regime dos Castro. Os que chegam a aceder a órgãos de poder em seus
respectivos países, também cumprem com esta religiosa obrigação. O
financiamento do Foro de São Paulo, para o caso da Colômbia, vem do
narcotráfico. Aí temos o cartel das FARC. Vejamos como começou a suceder
isto.
Quando
desmoronou-se a União Soviética e acabou-se o financiamento da
Internacional Socialista, os funcionários cubanos de Castro advertiram
aos membros do Foro de São Paulo que deviam adotar “o modelo do M-19”.
Quer dizer, assegurar sua auto-gestão por meio do narcotráfico. Daí o
afã de legalizar as drogas, daí o afã de legalizar os narcotraficantes
das FARC, daí o afã em destruir o Exército e beneficiar as zonas de
reserva camponesa, corredores de mobilidade e narcotráfico destes
bandidos. Sabendo que o Partido Comunista Cubano impulsionou a fundação
do Foro de São Paulo, depois que o comunismo soviético se desintegrou,
os grupelhos e ONG comunistas viram perigar sua sobrevivência
financeira. Em 1990 o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil faz a
Primeira Conferência, e ali participaram 40 organizações e partidos de
13 países da Ibero-América e do Caribe. Seu fim: discutir como revisar a
estratégica comunista revolucionária em meio à crise do socialismo em
todo o mundo. Hoje também utilizam a mineração ilegal, com lucros
astronômicos, para financiar o terrorismo e a ideologia nos países da
Ibero-América.
A princípio o Foro
de São Paulo era algo assim como uma Frente Patriótica encarregada de
propor ações. Porém, em pouco tempo Castro consolidou o Foro como uma
estrutura de comando bem centralizada, encabeçada pelos mais perigosos
grupos terroristas da América Latina, com o propósito de reconstruir a
caduca Internacional Socialista neste hemisfério, sob a direção de Cuba.
E isto não digo eu, foi estabelecido no Congresso Intercontinental em
janeiro de 1996. Antes, em 1991, se elaboraram os estatutos e
elegeram-se os diretores. Vejam bem: Partido Comunista de Cuba, Partidos
dos Trabalhadores (Brasil), Frente Farabundo Martí de Libertação
Nacional (El Salvador), Movimento Bolívia Livre, Partido da Revolução
Democrática do México, os Tupamaros do Uruguai. Em 1992 entraram nas
direções a União Revolucionária Nacional Guatemalteca, um grupo de
terroristas que seguem as idéias do Sendero Luminoso.
Já em 1995
somaram-se à direção do Foro os grupos narcoterroristas da Colômbia:
FARC, ELN e M-19, (aparentemente desmobilizado), o Partido Laborista de
Dominica, o Partido Revolucionário Democrático do Panamá e outros [3].
A agenda comum do terrorista Foro de São PauloO
Foro de São Paulo tem uma agenda comum para a tomada do poder. Uma
agenda que Luiz Inácio Lula da Silva, tão admirado por Henrique
Capriles, ajudou a desenhar. A agenda consiste em: trabalhar pela
Soberania Limitada. Em dezembro de 1992, Human Rights Watch revelou um
projeto que vinham trabalhando. Chamava-se “Redefinindo
a soberania”, que diz que a soberania “não deve ser um escudo atrás do
qual os governos ou grupos armados possam se esconder”. Esse projeto
argumenta que a soberania deve tomar o assento de trás na “ação hemisférica coletiva, no monitoramento
das eleições, na resolução de conflitos, na supervisão de diálogos e
acordos de paz, e na defesa dos direitos humanos”, mediante a supervisão
e controle da OEA, da ONU, da Cruz Vermelha, Human Rights Watch, ou
qualquer outra organização supra-nacional.
O projeto de 1992, que já está em curso, diz que “as
nações do hemisfério devem promover ativamente a solução negociada dos
conflitos guerrilheiros que ainda existem na América Latina”. Quer
dizer, promove-se diálogos e acordos para suscitar a impunidade dos
terroristas e os mecanismos para permitir o acesso ao poder com os
terroristas, aliados e membros do Foro de São Paulo.
O modelo para
conseguir isto, disseram em 1993, é o impulso de “Diálogos de paz”
mediante o qual conseguem-se enormes vitórias políticas, não conseguidas
no campo da batalha armada, e o desmantelamento oculto do Exército.
Assim fizeram nas “negociações de paz” de El Salvador, onde as Nações
Unidas serviram de intermediárias para a tomada do poder por parte dos
narcoterroristas da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional
(FMLN).
Isto vai
acompanhado, obviamente, de outras táticas: o exercício de uma “Comissão
da Verdade” que publique mentiras como se fossem verdades oficiais.
Aqui (na Colômbia) o M-19 pediu uma Comissão da Verdade que teve muito
êxito, tanto que os terroristas andam soltos, impunes, exercendo cargos
públicos e fazendo política, enquanto os militares que nos salvaram
desta atrocidade estão presos, condenados pelo resto da vida às
masmorras. E já vimos na Colômbia o informe da Comissão da Memória
Histórica [4], dirigida por Gonzalo Sánchez.
DesmilitarizaçãoO
FSP diz que as nações da Ibero-América devem “redefinir a missão” de
suas Forças Armadas e reduzir violentamente os orçamentos militares.
Isto, ao tempo em que deve-se re-educar os militares, introduzindo-os à
ideologia marxista. Por isto é que vemos personagens como Alejo Vargas,
Gonzalo Sánchez, León Valencia e outros da mesma espécie, dando aulas
aos oficiais de nossas Forças Militares. Carlos Gaviria, Venus Albeiro
Silva e Jorge Robledo, do Polo Democrático, são membros do Foro de São
Paulo, como Piedad Córdoba, do Partido Liberal e Marcha Patriótica,
grupo político das FARC, também do FSP. O Foro de São Paulo disse em
1993, na declaração final de seu IV Encontro em Havana: “As
Forças Armadas constituem uma das ameaças mais sérias à construção da
democracia política na América Latina”. Tomas Borge, sandinista e membro
do FSP disse que “os exércitos
servem para dar golpes de Estado e para reprimir o povo (...) São um
câncer em nossos países (...) não há razão para que continuem
existindo”. Lula da Silva, admirado profundamente por Capriles, disse em
1994: “Creio que já temos forças armadas suficientes no mundo (...) Temos que diminuir o aparato militar”.
Legalização das drogasO FSP diz que a guerra contra as drogas é um fracasso absoluto e que “devido
a que os narcóticos são um problema tão formidável, deve-se examinar um
grau amplo de alternativas, inclusive a legalização seletiva”. Já desde
1995 Evo Morales, nessa ocasião chefe da CAPHC, disse que aqueles que
lutam contra o narco-tráfico têm uma “mentalidade hitleriana”, e que “defender
a coca é defender a dignidade da soberania nacional”. Rigoberta Menchú,
a estrela reluzente do comunismo indigenista, pediu então a Evo que lhe
preparasse um documento que ela apresentaria ante a ONU para demonstrar
que a coca é “um recurso natural e cultural dos povos andinos”, e para exigir “uma ação urgente da ONU para defender seu cultivo e consumo”. Façam-me o favor!
Política econômicaO
FSP defende os acordos de livre comércio, os TLC, sem restrições de
nenhuma ordem. Por que? Porque eles restringem a soberania nacional. A
intenção oculta destes TLC indiscriminados é limitar a eleição soberana
das nações contratantes a fim de alcançar benefícios estabelecidos de
comum acordo. Quer dizer, o comunismo castrista ataca no papel o livre
comércio do neo-liberalismo, porém compartilha totalmente seu enfoque.
Apóiam o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a entrega da soberania a
organizações internacionais de política econômica. Lula da Silva,
admirado por Capriles, disse que “deve-se apoiar isto porque é socialismo prático, para se adaptar à realidade mundial”. Navarro Wolf, do M-19, diz que “louvo o Fundo Monetário Internacional por ter posto disciplina no manejo monetário, e isso ajuda na integração”. “Eu diria - disse Navarro - que essa é a parte positiva do neoliberalismo que forçou os empresários a ser mais responsáveis”.
Apoio ao regime de CastroEmbora
pareça estranho a vocês, há funcionários norte-americanos afeitos aos
Castro. Fazem lobby para adiantar negociações nos bastidores com o
regime dos Castro com a finalidade de normalizar as relações com os
Estados Unidos. O argumento com o qual baseiam tais pretensões, é que“o
regime de Castro já não é uma ameaça de segurança convencional e
ideológica para nenhum país vizinho, e certamente não para os Estados
Unidos”.“Além disso - diz o informe de 1995 - Cuba
reduziu sua interferência nos assuntos de outras nações”. Isso disseram
em 1995. Perguntem hoje à Venezuela, perguntem à Colômbia!
Dizem os propagandistas do FSP que os candidatos de esquerda “não
procuram usar a democracia como uma via para o socialismo”. Perguntem à
Venezuela... Perguntem à Colômbia! Dizem também que - e isto Jorge
Dominguez, membro do Grupo Especial de assuntos com Cuba, disse em 1993: “Qualquer dúvida que alguém possa ter sobre qualquer dos candidatos (da esquerda do FSP) é
pueril, eles não estão fazendo agora o que faziam antes. Navarro Wolf
não está disparando em mais ninguém, não está colocando bombas por aí. O
mesmo se aplica a uma variedade de outros grupos que deixaram a
violência...”. Isso Dominguez disse em 1993... e isso mesmo dizem hoje
os terroristas disfarçados com terno e gravata.
Os guerrilheiros
de hoje são camponeses, políticos e intelectuais de dia, enquanto que na
escuridão seguem ameaçando a democracia da Colômbia, planejando
atentados, traficando com coltán ou com coca, ordenando assassinatos
seletivos, planejando emboscadas, atentando contra opositores ao regime
de seus afetos. E fazem tudo cobertos com o guarda-chuva da legalidade.
Então, queridos
amigos, a ameaça que se encerra sobre as nações da América Latina, já
majoritariamente conquistados pela supranacional narcoterrorista chamada
Foro de São Paulo, é algo palpável e espantoso. Já nos tiraram o mar
territorial, vão pelo arquipélago de San Andrés, pelo Urabá, pela
Guajira e pelo Catatumbo, todas regiões vitais para seu projeto
expansionista e criminal.
Já caiu a
Venezuela. A Colômbia se mantém de pé, apesar do camarada Santos,
cognome “Santiago”. Porém, não por muito tempo. Outras novas anistias e
indultos já estão às portas do forno para os piores criminosos da
Colômbia, para os mais apátridas e sanguinários. Já deram aos do M-19 e
hoje temos os resultados: perseguição judicial infame contra os melhores
combatentes de nossas Forças Militares, solapamento de nossos valores,
controle sobre o sistema educacional e judiciário, controle de
universidades e colégios, prefeituras, governadores de estado e
institutos descentralizados para usar os recursos públicos como caixa
menor do terrorismo. Também se converteram em referências morais e
ideológicas, e isto aceitamos como se fosse assunto de pouca monta. Já
caiu a Venezuela. E o golpe final para a Colômbia culminará em Juan Manuel Santos
e seu sinédrio de traidores, com cúpula e tudo, ao entregar nosso amado
país nas fauces dos criminosos das FARC que, do mesmo modo que os do
M-19, se converterão em nossos congressistas, nossos prefeitos, nossos
professores, nossos líderes espirituais, nossos exemplos de virtude,
decência e honestidade. Que tragédia...
Notas da tradutora:
[1] Equivalente às nossas “Comunidades Quilombolas”
Tradução: Graça Salgueiro
FONTE: MÍDIA SEM MÁSCARA