"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

26 abril 2011

O monergismo e eu













Por Frezza



Hoje eu completo 28 anos de vida, então resolvi contar um pouquinho 
da minha história em relação à "religião" e com ênfase no monergismo..

Obs.: Essa é uma postagem automática, que na verdade eu deixei programada 
no dia 21 de abril, então caso eu não chegue vivo ao dia 26 não pensem que isso
foi psicografado.. rs)

Desde que eu nasci, minha mãe já ia à igreja (na verdade acho que desde que 
ela nasceu.. rs), e ela foi uma das pessoas que "trabalharam" para dar origem a 
essa igreja que hoje eu freqüento (Igreja Batista Selecta)..

A igreja até foi na minha casa durante alguns anos, então sempre estive "nesse 
meio".. Eu lembro um pouco das pessoas entrando para ir ao culto noturno 
enquanto enquanto eu estava brincando na areia na garagem.. rs

Ainda na infância, lembro vagamente de uma vez (nem lembro quantos anos eu 
tinha) quando o pastor Aylton perguntou no final: "Quem quer aceitar a Jesus??". 
Eu lembro que levantei a mão e ele disse "De novo??".. 
Mas eu sinceramente não lembro das outras.. rs
Até o ano 2000 eu praticamente só ia nas aulas da EBD, mas ia sempre.. Cantava 
no coralzinho, fazia peças e tudo mais.. Um crentinho fera!! rs

Eu NUNCA ia nos cultos noturnos porque não gostava.. Confesso que só comecei 
a ir porque comecei a gostar de uma moça lá, e queria vê-la.. (Mas isso eu nunca 
disse pra ninguém e nem vou dizer quem era.. rs)

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25 abril 2011

Um padrão bíblico para a lei civil


por Dr. Greg L. Bahnsen
CREMOS
A expressão mais excelente sobre a teologia da palavra inspirada de Deus – seu “padrão de sãs palavras” – pode ser encontrada na expressão sistemática e magistral da teologia reformada conhecida como a “Confissão de Fé de Westminster”. Este ano marca o 350º aniversário da convocação, por parte do Parlamento Inglês, de 121 teólogos piedosos de todo o reino (e mais tarde, oito comissários da Escócia) para a Assembleia de Westminster.
Na Confissão de Fé que eles produziram ao longo de vinte e seis meses, lemos essa declaração sobre a questão específica do uso moderno das leis civis da dispensação do Antigo Testamento (ou Mosaica): “A esse mesmo povo [o povo de Israel], considerado como um corpo político, Deus deu leis civis que terminaram com aquela nacionalidade, e que agora não obrigam além do que exige a sua equidade geral” (19.4).
Essa afirmação “teonomista” dos nossos antepassados reformados e puritanos é vista amplamente como um embaraço nos círculos teológicos contemporâneos. Nossa cultura considera repugnante pensar que as leis civis do Antigo Testamento expressam absolutos morais sobre os quais Deus não mudou de opinião. E muitos teólogos e pastores também veem essas leis civis do Antigo Testamento como estranhas e impraticáveis, sendo assim um embaraço que (argumentam eles) foi ab-rogado no Novo Testamento. Obviamente os puritanos não sentiam essa vergonha moderna. Eles honravam a santidade da lei de Deus como um reflexo da justiça e retidão pessoal de Deus.
Os teólogos de Westminster entenderam claramente que a forma histórica e cultural das leis judiciais do Antigo Testamento era apropriada para os dias e os tempos – e especialmente para o corpo político – para os quais essas leis foram originalmente reveladas. Todavia, o princípio subjacente que essas leis apresentam era perpetuamente requerido, confessaram eles, sendo uma declaração da forma como o Decálogo deveria ser entendido e aplicado. (Os Dez Mandamentos eram simplesmente “o sumário” da “lei moral”, de acordo com o Catecismo Maior # 98). Assim, os puritanos visaram fazer das leis da Escrituras (incluindo o Antigo Testamento) – onde elas se dirigem aos juízes e magistrados civis – a lei da sua própria nação. Cremos que esse deveria ser o nosso objetivo hoje também, pois não existem leis tão sábias e justas como aquelas entregues por Moisés (cf. Dt 4.6-8).

22 abril 2011

O que não é Teonomia


por Greg L. Bahnsen
Resposta de Bahnsen a uma resenha injusta sobre o seu teonomismo. Bahnsen cita os trechos da sua obra prima, Theonomy in Christian Ethics, como prova de que o revisor estava equivocado.
Eu NÃO defendo uma nova versão de pós-milenismo na qual o mundo é radicalmente transformado por meio de ação social, e não através de um reavivamento evangélico; rejeito essa versão que exige a imposição da lei sobre nações que não chegaram à fé pela graça de Deus [Theonomy, págs. 191ss., 257, 422, 427, 278, 486, 489, também os capítulos 4 e 7].
Eu NÃO penso que o mandato cultural tenha uma importância superior à da Grande Comissão, nem tenho um conceito do Reino que minimiza o papel da Igreja [Theonomy, págs. 33-34, 35-36, 177-181, 199-203, 521ss., 546, também os capítulos 20 e as páginas citadas no parágrafo anterior].
Eu NÃO apoio nenhuma forma de “novo legalismo”...

20 abril 2011

Autofilia























Por Jorge Fernandes Isah


Tornou-se comum entre os crentes frases do tipo:  

“Não olhe para mim, olhe para Jesus”.

Mas seria ela e suas corruptelas uma verdade?

Digamos que... parcialmente, pois contém apenas uma fração da verdade.

Devemos olhar sempre para o nosso Senhor, pois é Ele quem nos dirigirá, revelando-nos, segundo a Escritura, a Sua vontade [para nós e nossos semelhantes] como Aquele que é o autor e consumador da nossa fé [Hb 12.2]. Contudo, isso não quer dizer que não devamos olhar para os homens, nem aprender com seus exemplos, seja imitando o que fazem de bom, e rejeitando prontamente seus erros, não incorrendo neles, tudo segundo e sob a luz das Escrituras Sagradas.

Muitos se utilizam daquela frase com o nítido intuito de justificar seus erros; alguns até mesmo para encobri-los, quando devíamos seguir o exemplo de Paulo:“Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores” [1Co 4.16].

Estaria o apóstolo tão cheio de si mesmo que proclamaria uma blasfêmia? Comparar-se a Cristo? Estaria envolvido pela vaidade e o orgulho a ponto de afirmar a necessidade dos coríntios serem como ele? Qual o fundamento de Paulo para tal afirmação? Não estaria o homem louco e dominado pela auto-exaltação?

15 abril 2011

Cristianismo, Estado e Justiça - Parte 2: A blindagem do mal















Por Jorge Fernandes Isah

O que leva alguém a se considerar mais justo do que o outro? Ou o que pode levar o outro a crer-se mais justo do que o primeiro? Afinal de contas, qual é o padrão de justiça? O próprio homem? O Estado e suas leis? A tradição? Se é, quais são os seus fundamentos? As bases para a justiça são intelectuais e sentimentais ou empíricas? Um homem deve ser condenado ou absolvido por critérios gerais ou pessoais? A mesma lei que serve para um não serve para o outro, e vice-versa? Até que ponto nossas preferências devem se sobrepor à lei? Ou a lei é superior a elas? E por que defendê-la? E por que não defendê-la?... E assim, uns se acusam, outros se defendem; ninguém está certo, e todos estão errados? Outra pergunta: o homem antecede a moral ou a moral antecede o homem? Se a resposta for a primeira, tudo então advém dele; portanto, todos os padrões e julgamentos devem ser realizados a partir do antropocentrismo. Se a resposta for a segunda, então nem a moral nem a ética procedem do homem. E se não procedem dele, originaram-se de Deus, visto elas não serem entidades autônomas e autocriadas; e os padrões e julgamentos devem partir do teocentrismo, especificamente do teísmo bíblico, onde o próprio Deus se revelou na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Acontece que tanto a moral como a ética somente são possíveis de existir dentro de um padrão de justiça, de uma busca em se anular ou impedir a injustiça, que seria a manutenção de um direito, e de que esse direito não seja violado, nem impedido de se exercer. A justiça precede-as portanto, mas é através delas que será revelada. Por isso se criam leis em conformidade com a moral e a ética, e quando elas não estão presentes o que temos são leis que favorecem a imoralidade e a antiética. À margem do padrão de justiça, com o nítido objetivo de subvertê-la, anulá-la, e instaurar um novo padrão que reconheça as queixas, as reclamações do injusto, atendendo-lhe as reivindicações e regulando uma prática ou atividade que está em oposição ao estabelecido. De tal forma que o que era justo deixa de sê-lo, passando a ser injusto; e o que era injusto é alçado à categoria de justo, numa inversão da ordem a partir da desordem[Is 5.20]... Então, volta-se às questões anteriores: mas em quais bases o padrão foi alterado?

14 abril 2011

Razão, Fé e o André - Um pensamento rápido!














Por Esli Soares 
Meu velho pai sempre me diz: “Você tem que andar com gente melhor que você, senão você não cresce... Se você perceber que no grupo onde você está, você é o melhor, é bom procurar outro grupo.”
Que conversas com o André Venâncio são boas ninguém pode duvidar... Outro dia trocamos e-mails e ele, meio sem querer, usou um termo que eu ainda não conhecia para descrever uma realidade do Divino: Suprarracional. E vejam só: ele acabou por me dar o termo certo para a fé racional e a razão que crê  - intellige ut credas, crede ut intelligas (Santo Agostinho)*.
Nós, os cristãos, não somos meros racionalistas. Algo em nós é restaurado, e por isso passamos a ser suprarracionais. E na medida que conhecemos mais Aquele que é o Autor da nossa fé, mais e mais suprarracionais nos tornamos. De fato é isso que significam passagens como Rm 10;17: “...a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” ou ideias como de culto racional (Rm 12;1).
É nessa possibilidade de acordar para um mundo maior que o mandato de Jesus em Mt 28;18-20 se baseia. Isto é, na real possibilidade de que, ao conhecer a verdade, algo em nós seja liberto, sarado, vivificado. É literalmente como um cego de nascença que começa a enxergar, o morto que revive. Não é mera coincidência João apresentar Cristo no primeiro capítulo de seu Evangelho como a figura que traz a luz aos homens, ou mesmo usar o termo “Logos”, que abarca em si um intricado conceito filosófico, metafísico e religioso.

08 abril 2011

A Perserverança dos santos e a prática contradizente de desdizer o que já foi dito


POR MIZAEL REIS
Não são poucos os que desacreditam da maravilhosa doutrina da perseverança dos santos. Talvez, por uma espécie de síndrome da ética do devedor, da qual concluem que devemos tanto a Deus que a salvação não nos poderia ter alcançado tão “graciosamente”, muitos concluem que se repousa mais fortemente sobre nossos ombros a árdua tarefa de mantermo-nos salvos a fim de sermos finalmente salvos, e é por essa razão que não somos plenamente salvos e devemos manter o que pode ser perdido. Não sei como dizer isso de outra forma, mas, a meu ver, os que objetam a verdade de tal doutrina, resistindo as sobejas passagens pelas quais inequivocamente Deus salva efetiva e eternamente os seus, responsabilizam-no, mesmo que sem querer, por dizer inconsistências, sustentando inverdades, que são encontradas em sua palavra, quando por meio dela mesma promete claramente algo que na visão de alguns não significa realmente o que ele quis dizer em determinada passagem – a nosso ver -  ou ao que se interpreta pelo que é claramente dito. Digo isso porque nas passagens das quais se extrai a doutrina da perseverança dos santos, Deus diz fazer determinada obra em prol da salvação para os quais ele quis redimir. Daí alguns reinterpretam tais declarações divinas, dando-lhes novos significados as suas promessas, tornando-o confuso, quase incompreensível. 

No desejo de ser puramente bíblico, analisemos alguns textos dos quais se conclui a salvação inalienável dos eleitos, e de contínuo constataremos que pessoas estão torcendo o que Deus claramente disse sobre os salvos a fim de invalidar uma doutrina com a qual não comungam.

04 abril 2011

Série Trindade: Parte II


TRINDADE: OS FUNDAMENTOS BÍBLICOS DO CREDO NICENO

Por Igor Miguel

Neste segundo texto da série sobre a Trindade, tentarei explicar em linguagem mais acessível possível, como a famosa confissão de fé cristã, conhecida como Credo Niceno, ou mais tarde, Credo Niceno-Constantinopolitano, se tornou uma das maiores heranças legadas à geração posterior de cristãos.

De início, sei que nosso país é tomado poruma perspectiva que insiste em uma fé cristã desapegada de sua tradição histórica,principalmente em círculos evangélicos ou sectários. Coloco na lista: restauracionistas, judaizantes, primitivistas, anabatistas e adeptos, de uma versão de fé apostólica, sem qualquer historicidade ou qualquer vínculo com o que Deus fez durante a história.

Desde já, assevero que a negação deste legado pode ser resultado de um sentimento orgulhoso, com intenções modernas, mais do que primitivas. Não dá para abrir concessões quanto a sacralidade e o esforço dos pioneiros da fé cristã em manter de maneira clara o que a Bíblia diz sobre quem Deus é e como Ele atua para salvar os homens.

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03 abril 2011

Como abracei as doutrinas da graça


By Vanderson M. da Silva

Vitral com Calvino
Vitral com imagem de João Calvino. Créditos: slinkstercat (sob Creative Commons).


No texto de hoje pretendo discorrer sobre o que me levou a aderir ao sistema teológico conhecido como calvinismo, palavra tão antipática à grande maioria dos cristãos de nosso País, sejam eles evangélicos ou católicos. Calvinismo que, no Brasil, jamais gozou do prestígio que já teve em outros lugares e momentos históricos (e.g., Grã-Bretanha e EUA da era puritana, por volta dos séculos XVII e XVIII), e que é amiúde mal compreendido e detratado por muitos crentes. Entre eles se incluem até certos professores de instituições teológicas, os quais preferem caricaturizar esse sistema teológico, apegar-se a interpretações subjetivas e arbitrárias das Escrituras e ignorar deliberadamente até a própria história de suas denominações.
Criado no ramo arminiano de um dos arraiais evangélicos brasileiros, também nutria meus preconceitos em relação ao calvinismo. Lembro-me bem de um livro que li na minha adolescência a respeito da doutrina da predestinação, de autoria do assembleiano Severino Pedro (CPAD). Os argumentos do escritor pentecostalista reforçaram o meu repúdio a um sistema que, no meu entendimento, ofendia à inteligência e atentava contra a própria Bíblia. Aderi de vez então ao arminianismo (na verdade, semi-pelagianismo) ali defendido.
Todavia, isso não quer dizer que todas as minhas dúvidas foram respondidas. Uma das coisas que me inquietou por muito tempo foi a questão da salvação daqueles que jamais tiveram uma oportunidade de ouvirem a mensagem evangélica: qual seria o destino final deles depois da morte? Seria justo condená-los eternamente às chamas do Inferno? Passagens como  Rm 2.11-16 não me satisfaziam — como, aliás, não satisfazem a crente algum que tenha audácia bastante para querer impor limites à soberania de Deus, como eu naquela época e como muitos e muitos ainda hoje.