"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

19 janeiro 2009

POR QUE A PONTE CAIU?













Pr. John Piper

Nota: Em julho de 2007, uma ponte simplesmente ruiu na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, EUA. Algumas pessoas que trafegavam pela ponte morreram tragadas pelas águas. Ocorre que esta é a cidade onde fica a igreja Bethlehem Baptist Church, do pastor John Piper. Na ocasião ele divulgou uma mensagem polêmica pela qual ele foi muito criticado por muitas pessoas no meio evangélico americano. Na mesma época ocorria o horrível acidente com o vôo 3054 no aeroporto de Congonhas. Na época publiquei um post no meu antigo blog - Centurio. Agora, com a terrível calamidade que vimos no mês de novembro aqui em Santa Catarina, achei por bem publicar a transcrição daquela mensagem para nossa reflexão. Detalhe: em nossa sociedade pós-cristã, ninguém falou de Deus em meio a toda a catástrofe. Sinal dos tempos... (Juliano Heyse).

Para que eu não pense, para que nós não pensemos ingenuamente sobre o preço da vida, devemos lembrar que isto não é incomum. 50 milhões de seres humanos morrem no mundo por ano; seis mil a cada hora, cerca de 100 a cada minuto. E a maioria não morre em idade madura e avançada, dormindo eternidade adentro. A maioria morre jovem e a maioria morre após uma longa e agonizante luta com a dor.
Calamidades repentinas, como a que vimos, devem nos chocar e levar à percepção de que isto acontece a cada hora.
Uma das verdades que adotamos com alegria reverente em Bethlehem é a verdade da supremacia de Deus em todas as coisas. A missão desta igreja é: nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para o gozo de todos os povos através de Jesus Cristo.
Quando dizemos isto não estamos querendo dizer “aceitar calamidades”. Nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas - Todas com letra maiúscula - através de Jesus Cristo todo o tempo, sem exceção. Nós não formulamos esta missão num mundo cor-de-rosa e então nos surpreendemos com a realidade do sofrimento: “opa! Esquecemos!”. Então eu pergunto: Por que, Senhor, existe este mundo? Por que este mal? Por que o terror? O propósito para este mundo caído, aterrorizado, atormentado é que Ele seja conhecido mais completamente. Porque conhecendo a Deus mais completamente é o que, para nós, significa ser amado completamente. Direi isso novamente: Se nós conhecermos a Deus mais completamente, incluindo misericórdia, juízo, ira, santidade, longanimidade com os pecadores; se nós O conhecermos completamente, nós seremos completamente amados, porque ser amado é ser capaz de conhecê-Lo e estar satisfeito com Deus para sempre.
"Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém!"
Portanto, quanto maior e mais completa a revelação de Deus, mais poderemos ser amados, se aceitarmos o amor.
Escute Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
O que estamos vivenciando neste mundo são dores de parto. Paulo diz que uma nova era está pra nascer e que a instabilidade da ordem natural neste mundo é testemunha da desordem no mundo moral, ou seja, o meu pecado, o pecado de Adão e o seu pecado. E há um motivo para isso: Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém! Como Deus pode falar quando estamos tão moralmente mortos, tão espiritualmente cegos, ao ponto da pior feiúra moral do mundo não nos afrontar nem um pouco? Ele o faz usando o próprio mundo. Isso eles podem sentir. Dor eles podem sentir, portanto eu sujeitarei toda criação à futilidade até que eles recebam a mensagem: o pecado é horrível! Doenças e deformidades são os retratos que Deus faz de como o pecado se parece na esfera espiritual. E isto é verdade mesmo quando as pessoas mais piedosas carregam essas deformidades. Calamidades são as demonstrações de Deus do que o pecado merece e receberá um dia no juízo, mil vezes pior do que em Nova Orleans ou no nove de setembro. Fome, peste, perseguição, estas coisas acontecem para que o mundo veja que os seguidores de Jesus consideram Cristo mais precioso do que tudo que eles perderam e descubra que Ele pode ser isto para eles porque um dia eles perderão tudo. Todo mundo perde tudo na terra, algum dia.
FONTE: Transcrição da mensagem contida no vídeo do post UMA PONTE CAI, UM AVIÃO SE DESPEDAÇA, UMA CRIANÇA MORRE DE CÂNCER
Tradução: Priscila Bernardi Heyse
Texto gentilmente cedido por Juliano Heyse, tutor do site Bom Caminho - www.bomcaminho.com

17 janeiro 2009

A PAREDE DO CASTELO









Por Kris Lundgaard

Um homem na História passou por esse teste com grande sucesso: José. A resposta que ele deu à esposa do seu patrão nos ensina o duplo dever da mente que é a nossa primeira linha de defesa contra os enganos da carne:
E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela” (Gn 39.6-10).
A mente de José estava protegida por dois pensamentos: a mesquinhez do pecado (Como pois faria eu tamanha maldade?) e a graça e bondade de Deus... (Como, pois... pecaria contra Deus?). Como a sua mente estava preparada para a ação (1Pe 1.13-16), ele podia ver além do engano da carne e resistir à tentação – ainda que ela fosse aterradoramente poderosa e resistir custaria a ele mais do que a maioria dos homens poderia suportar. Ele arriscou a sua vida, mas não pecou.
Lembre-se de que a mente é a sentinela da alma, encarregada de julgar e determinar o que é bom e agradável a Deus, de maneira que as afeições possam desejar ardentemente por ele e a vontade o possa escolher. Se a mente falhar na identificação de um pecado como sendo mal, depravado, vil e amargo, as afeições não estarão a salvo de aderir a ele e nem a vontade de dar o seu consentimento. Esse é um lado do muro do castelo, a primeira linha de defesa: Ter em mente que com cada pecado estamos abandonando Deus (Jr 2.19), para nunca esquecer o poder poluente, corrupto e contaminador do pecado – ser sacudido até o âmago pelo ódio que Deus tem ao pecado.
Quando Paulo disse que o amor de Cristo o compelia (2 Co 5.14), ele descreveu o outro lado dessa primeira defesa: A mente precisa se fixar em Deus, especialmente na sua graça e bondade para conosco. O seu amor nos impulsiona, nos estimula e nos leva a obedecer. Ele é a fonte da nossa obediência, e o nosso mais alto motivo para descobrir o que agrada ao Senhor e fazer isso.
Para andar diante de Deus, este é o primeiro dever da mente: Conhecer e agarrar-se ao mal do pecado e ao amor de Deus. Foi assim que José suportou a esmagadora tentação.

Do livro O Mal Que Habita Em Mim - Editora Cultura Cristã - www.cep.org.br

11 janeiro 2009

AVALIAÇÃO E O JULGAMENTO (Mateus 7:1 e 20)









Por Marcos David Muhlpointner

“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. (...) Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!”

Já abordei esse texto num outro artigo que escrevi há dois anos. Mas como esse trecho da pregação de Jesus é muito importante, resolvi abordá-lo com outro enfoque dessa vez. Por acaso você está certo em tudo que diz, pensa e faz? Você está correto nas avaliações que faz da sua vida profissional, sentimental, familiar e social? Com relação ao cotidiano que você mesmo construiu, ele está correto? Ou tem alguma coisa errada? Estas questões são muito subjetivas e, dependendo do seu grau de humor, é possível que você me responda que eu não tenho nada a ver com isso. Ora, a vida é sua. E eu não tenho o direito de me meter na sua dieta, na qualidade do seu sono, se você gosta ou não da sua vida profissional, etc.
Mas e quanto às suas convicções teológicas, você está correto ou errado sobre o que pensa da Bíblia e suas doutrinas. Quero lhe dizer que amo a teologia e o seu estudo, mas sei que ela pode se tornar num instrumento de alienação para muitos. Amo a Bíblia e sei que ela tem ensinamentos fundamentais para a minha vida. Também sei que ela pode ser usada por gente louca, pregando todo tipo de loucura.
Se eu te disser que estou pregando sobre a data que Jesus vai voltar, o que você me responderia? E se você me ouvir pregando para usar um sal ungido na sua comida para sua purificação? E se eu pregar que os crentes não ficam mais doentes, porque somos sarados pelos ferimentos de Jesus? E se eu pregar que nossos problemas financeiros podem ser resolvidos se dermos mais dinheiro na nossa igreja com bastante alegria, espontaneidade e muita fé? Você teria coragem de me dizer: “Marcos, você está errado e sua pregação não é bíblica”? Você seria capaz de me mostrar na Bíblia onde estou errando? Você apontaria o meu erro? Você me alertaria dos erros que estou cometendo? Você mostraria quais são os meus erros e me apontaria uma direção certa? E ao fazer isso, você estaria me julgando, me avaliando? Ou estaria julgando e avaliando o que estou ensinando?
Sabe, o nosso grande problema é que não conseguimos dissociar com facilidade o que pregamos e vivemos daquilo que somos. Você acha que Jesus, sendo quem ele é, poderia ensinar de modo diferente? É por isso que muitos têm dificuldade com esse trecho de Mateus, capítulo 7. Muitos pensam que, por apontarem os erros doutrinários das pessoas, estariam julgando essas pessoas e, por causa disso, atrairiam julgamento para si.
O fato é que não podemos nos colocar numa posição de julgar as pessoas, pois isso é prerrogativa exclusivamente do justo juiz, o juiz dos vivos e mortos (Atos 10:42; 2 Timóteo 4:8). Mas, pela Palavra de Deus, somos obrigados a avaliarmos as árvores de onde tiramos os nossos frutos (v. 20). Jesus nos está advertindo que temos que conhecer os frutos para sabermos qual é a qualidade da árvore. Precisamos ter os nossos olhos espirituais abertos para avaliarmos que o que nos é pregado é realmente a Palavra de Deus. E por que devemos ter esse comportamento?
Nessa mesma passagem de Mateus 7, Cristo compara as pessoas a dois construtores de casa. Um deles construiu sua casa sobre a areia e ela desmoronou. O outro construtor, colocou sua casa sobre uma rocha, de modo que ela resistiu às tempestades. Gente, a comparação é óbvia! Onde você está construindo sua casa espiritual? O que tem por baixo dos seus alicerces espirituais? Você está sabendo avaliar onde está construindo sua vida espiritual? Quais materiais você está usando?
Não posso julgar as intenções dos corações das pessoas porque não tenho poder para sondá-lo. Mas tenho a obrigação de julgar todos os espíritos e saber se eles procedem de Deus (1 João 4:1). Além disso, devo julgar todas as coisas e reter aquilo que é bom (1 Tessalonicences 5:21). Mas como saber o que é bom? Deus é bom e o que as pessoas pregam e dizem deve estar de acordo com Ele, caso contrário, seremos enganados com falsos ensinos (Efésios 4:14). E eu não quero e não vou, se Deus quiser, ser enganado.

Texto gentilmente cedido por "Música, Ciência e Teologia", disponível originalmente em http://marcosdavidm.blogspot.com/2009/01/avaliao-e-o-julgamento-mateus-71-e-20.html