25 julho 2009
Teonomia
Por Willim O. Einwechter
Teonomia é a visão da ética cristã que ensina que a lei de Deus como revelada no Antigo e Novo Testamento é o único padrão autoritativo de verdade e justiça, e que a Escritura é inteiramente suficiente para nos instruir na justiça em cada esfera da vida. A Palavra de Deus é o único padrão aceitável para julgar o certo e errado de qualquer e todo comportamento humano. A teonomia ensina que o motivo correto da ação humana é o amor por Deus e pelo homem; que o padrão da ação humana é a Palavra de Deus; e que o fim ou propósito da ação humana é a glória de Deus.
A teonomia, como um sistema de ética estritamente bíblico, se opõe a todas as formas de autonomia ética; vê a lei natural como uma regra de ética insuficiente; repudia todas as formas de antinomianismo e legalismo; defende uma interpretação e aplicação cuidadosa da lei; e sustenta que a lei de Deus deveria ser o padrão para a vida social e política de toda nação.
Teonomia, como uma formulação estritamente bíblica de ética, glorifica a Deus; apresenta o verdadeiro dever do homem; é a verdadeira ética do amor; é a resposta apropriada à graça; é a vereda da bênção; é o caminho da vitória; e é o caminho do reavivamento e reforma.
Em essência, a teonomia é a aplicação consistente e fiel do princípio da Reforma do sola Scriptura à questão da ética.
Pode haver algumas diferenças em alguns pontos entre aqueles que aderem à ética teonômica, mas todos os teonomistas diriam a Confissão de Fé Escocesa que a lei de Deus é "a mais justa, a mais imparcial, a mais santa e a mais perfeita". A essência da teonomia é um amor por Deus e sua lei, e um desejo de ordenar tudo da vida de acordo com os mandamentos de Deus. Possa Deus conceder a cada um de nós a graça para declarar alegremente com o salmista, "Oh! quanto amo a tua lei!".
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau (Ec 12.13-14).
Extraído do livro "Ética & A Lei de Deus" - Editora Monergismo
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15 julho 2009
Por Que o Cristianismo é Verdadeiro
Por Joseph R. Farinaccio
Segundo as Escrituras, todas as pessoas possuem um conhecimento real de Deus que tem origem na sua autorrevelação na criação (Rm 1.18-21; 17.27,28). Embora a maior parte das pessoas negue ter esse conhecimento, as Escrituras ensinam que o homem não apenas o tem como também procura suprimi-lo. Sendo portador da imagem de Deus, o homem não pode logicamente refletir sobre si mesmo, sobre a condição humana ou sobre qualquer outro fato sem mostrar que, de fato, possui tal conhecimento. Aqueles que não sustentam uma visão bíblica da realidade devem inevitavelmente "tomar emprestado" da cosmovisão cristã, ainda que rejeitem a teologia bíblica. "Aqueles que não conhecem Deus apenas 'sabem' com base num capital emprestado; essas pessoas realmente conhecem coisas, mas apenas porque foram criadas à imagem de Deus. Elas não possuem justificativa para o seu conhecimento"*. Embora neguem a metafísica cristã na teoria, elas necessariamente agem com base nela no mundo real.
Embora o homem aja para suprimir o seu conhecimento de Deus a partir de outras cosmovisões, somente a cosmovisão cristã fornece aos seres humanos uma base para realidades como as leis da lógica, a dignidade do homem, as regularidades da natureza e os absolutos éticos. Essas coisas não existem de forma independente e à parte de qualquer razão significativa. Sua existência é possível a partir da existência do Deus da Bíblia e do seu controle soberano do universo, como revelado nas Escrituras. Cosmovisões não cristãs não podem justificar a liberdade humana, a ciência, a moralidade ou os instrumentos da razão empregados na vida produtiva e na experiência humana dotada de significado. A Bíblia justifica a existência dessas coisas ao fornecer o único princípio unificador possível de todas as áreas do conhecimento - o próprio Deus Trino.
... portanto, deve ser afirmado ao homem que somente o Cristianismo é racional para ser defendido. E é absolutamente racional. Defender qualquer outra posição que não seja o Cristianismo é totalmente irracional. Somente o Cristianismo não crucifica a própria razão. Sem ele, a razão operaria num vácuo total... deve ser defendido com Agostinho que a revelação de Deus é o sol de onde emanan todas as outras luzes. A melhor, a única e a absolutamente segura prova da veracidade do Cristianismo é que, a menos que a sua verdade seja pressuposta, não há prova de qualquer espécie. O Cristianismo é provado como o próprio fundamento da noção de prova em si.*
O conhecimento da ciência, da ética e do homem se encontra fundamentado em uma visão cristã da realidade. As visões não cristãs, no entanto, acabarão "se opondo mutuamente" (2Tm 2.25). Suas crenças fundamentais sucumbirão até propriamente se integrar umas às outras. Seus sistemas serão inerentemente contraditórios ou suas pressuposições irão fracassar no desafio de justificar o conhecimento e a experiência do homem. Quando confiam nas reivindicações de verdade da Bíblia como o fundamento necessário para a epistemologia, os cristãos podem demonstrar que os sistemas não cristãos se mostram falsos no nível fundamental. A realidade metafísica revelada na Bíblia deve ser sustentada como verdadeira porque apenas essa realidade pode tornar possível ao home "conhecer" verdadeiramente alguma coisa.
* Dan McCartney e Charles Clayton, Let The Reader Understand, pg 26.
* Cornelius Van Til, The Defense Of The Faith, p. 298.
Extraído do livro "Fé com Razão", Editora Monergismo.
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06 julho 2009
O Que Acha do Dawkins?
A princípio Richard Dawkins não era conhecido por seu ateísmo, mas por sua contribuição ao meio científico. Embora tenha escrito livros principalmente em defesa da teoria da evolução, ele só virou uma celebridade conhecida fora dos limites científicos e acadêmicos quando passou a criticar a existência de Deus. Seu livro "Deus, um delírio" levou sua popularidade ao status de ídolo dos ateus.
Eu não posso confiar em suas ideias por duas razões. A primeira é que ele me faz lembrar esses pastores que ganham a vida pregando contra a Disney. Adotam a plataforma e saem por aí de púlpito em púlpito dando detalhes das mensagens subliminares escondidas em desenhos animados ou de algum detalhe erótico de um personagem, coisas que só podem ser percebidas se você usar um microscópio, tocar um disco ao contrário ou virar o desenho de ponta cabeça. Se a Disney fechar eles ficam sem assunto.