"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

15 março 2011

O Marcionismo e a Sagrada Escritura


















Por Nelson Ávila

Devo este texto às aulas ministradas pelo pr. Franklin Ferreira (entre os dias 14 e 18 de fevereiro de 2011) na Escola Charles Spurgeon, referentes à disciplina “História do Pensamento Cristão”, e sua bondade em analisá-lo antes desta publicação.

O nome Marcionismo deriva de seu fundador, Marcião de Sinope (110 – 160 d. C.). Marcião era filho de um bispo, todavia passou a sustentar uma posição teológica bem diferente da ortodoxia cristã, o que o levou a ser excomungado no ano 144 da era cristã.
Marcião pregava o anti-semitismo e uma firme oposição entre Lei e Graça, onde a Lei do A. T. apresentava um Deus mau e irado, enquanto que a Graça do N. T. apresentava o Deus de amor que envia seu Filho para salvar a humanidade. Para defender sua teologia, Marcião abandonou todos os livros Sagrados do A. T. e aqueles do N. T. que discordavam de seus ensinamentos, adotando como único Evangelho autorizado uma versão do Evangelho de Lucas, expurgada de toda passagem que fizesse qualquer referência em benefício ao judaísmo e excluindo os textos que afirmavam a ressurreição corpórea de Cristo, bem como as menções a Sua infância. Semelhantemente, selecionou dez das cartas de Paulo, o apóstolo a quem ele considerava como o mais correto intérprete e transmissor da mensagem evangélica de Jesus, e destas fez um grande recorte, concluindo seu Cânon num total de onze livros.
A teologia de Marcião representou um dos primeiros ataques sérios a autoridade e inspiração das Sagradas Escrituras. É interessante notarmos que a arma utilizada pelos pais da igreja para reagir à heresia marcionista fora justamente a reafirmação da Palavra de Deus como única e final autoridade inerrante e infalível.

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