"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

30 março 2009

SUGESTÕES PARA SE EVITAR O PECADO DO ADULTÉRIO



Por Arthur Pink

1) Cultivar um senso habitual da presença divina, percebendo que "os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons" (Pv 15.3).
2) Manter uma estrita vigilância sobre os sentidos; pois, com muita frequência, esses são as avenidas que ao invés de permitir a entrada de correntes agradáveis para refrescar, em geral deixam entrar barro e lama para poluir a alma. Faça um pacto com seus olhos (Jó 31.1). Feche os seus ouvidos contra qualquer conversa obscena. Não leia nada que contamine. Vigie os seus pensamentos, e trabalhe prontamente para expelir os que forem perversos.
3) Pratique a sobriedade e a a temperança (1Co 9.27). Aqueles que indulgem em glutonaria e bebedice geralmente descobrem que seus excessos levam à cobiça.
4) Exercite-se numa ocupação honesta e legal; está provado que a ociosidade é tão fatal a muitos como a intemperança a outros. Evite a companhia do perverso.
5) Dedique-se muito à oração fervorosa, implorando a Deus que limpe o seu coração (Sl 119.37).

Extraído do livro "Os Dez Mandamentos - Uma Exposição Bíblica" - Publicações Monergismo - www.monergismo.com - pg. 64
Leia os meus comentários ao livro AQUI

21 março 2009

CONTROVÉRCIA

















Por J. Gresham Machen
Os homens afirmam que, em lugar de entrarmos em controvérsia na igreja, devemos orar a Deus suplicando um avivamento. Em vez de criar polêmicas, precisamos evangelizar. Bem, que tipo de avivamento você acha que teremos? Como podemos qualificar o evangelismo que se mostra indiferente a respeito do tipo de evangelho que está sendo pregado? Com certeza, isso não corresponde ao avivamento no sentido neotestamentário e ao evangelho que Paulo desejava proclamar, quando afirmou: "Ai de mim se não pregar o evangelho". Não, meus amigos, não pode haver verdadeiro evangelismo, quando tornamos a nossa causa comum à dos inimigos da cruz de Cristo. Almas dificilmente serão salvas, se os evangelistas não disserem, juntamente com Paulo: "Ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema" (Gl 1.8). Todo verdadeiro avivamento nasce da controvérsia e conduz a mais controvérsia ainda. Isso tem sido verdadeiro desde que o Senhor Jesus declarou que não viera trazer paz sobre a terra e sim espada. Sabe o que acontecerá quando Deus enviar uma nova reforma à igreja? Não podemos dizer quando esse dia abençoado virá. Mas, quando esse dia abençoado chegar, creio que podemos mostrar pelo menos um resultado que ele trará. Naquele dia, não ouviremos coisa alguma acerca dos males da controvérsia na igreja. Isto desaparecerá como que através de um poderoso dilúvio. O homem que "arde" com a mensagem jamais fala de maneira deprimente e fraca; ele proclama a verdade com alegria e sem temor, na presença de todas as falsidades que se levantam contra o evangelho de Cristo.

Extraído da Revista Fé para Hoje, Ed. Fiel - www.editorafiel.com.br

16 março 2009

OUTRO EVANGELHO*

















Por A. W. Pink

O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem um programa de anarquia. Não promove conflitos e guerras, mas almeja a paz e unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho, mas promove um espírito fraterno por meio do qual a raça humana é tida como uma grande "irmandade". Não procura arrastar o homem natural ao fundo do poço, e sim melhorá-lo e enaltecê-lo. Advoga a educação, o cultivar e o apelar ao que "de melhor existe dentro de nós". Almeja fazer deste mundo um habitat tão confortável e apropriado, que a ausência de Cristo nesse habitat não será percebida, e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás empenha-se por ocupar o homem com muitas coisas deste mundo, de modo que ele não tem oportunidade ou disposição para pensar no mundo vindouro. Esse evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, caridade e benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para com todos. Apela fortemente à mente carnal, tornando-se bastante popular entre as massas, pois ignora os fatos solones de que o homem, por natureza, é uma criatura caída, alienada da vida de Deus, morta em delitos e pecados, e de que sua única esperança está em nascer de novo.
Extraído da Revista Fé para Hoje, Ed. Fiel - www.editorafiel.com.br

*As descrições que Pink faz do "Outro Evangelho", não se parece com muito do que tem sido pregado, escrito e proclamado por homens que se dizem de Deus? Com o intuíto de conformar o pecador ao pecado e a sua natureza caída? E acabam por fazer de Deus um "outro deus"? Um deus semelhante ao homem? Se ouvir ou ler esse "outro evangelho" fuja, do contrário, só lhe restará a morte defintiva e eterna (Jorge Fernandes).

27 fevereiro 2009

UMA HISTÓRIA DE DOIS PROFESSORES









Por Jerry Bergman
Houve dois professores cujas histórias nos contam muito sobre a educação superior de hoje. O professor Hardison foi um professor de filosofia que gostava de discutir biologia, e Bishop foi um professor de anatomia que gostava de discutir filosofia, mas suas semelhanças acabam por aí.
1. RICHARD HARDISON
Dr. Hardison trabalhava duro tentando convencer os estudantes de que suas opiniões sobre Deus, evolução, e propósito da vida estavam corretas. Um de seus admiráveis estudantes disse que Hardison foi especialmente eficaz em ajuda-lo a “pensar claramente acerca de filosofia e teologia, particularmente com atenção à razão e à fé” (Shermer, p. xv). Embora Hardison tenha persuadido muitas pessoas a aceitar o seu modo de pensar, a história de apenas um estudante será contada aqui. Este é Michael Shermer.
Dr. Shermer foi apresentado ao Cristianismo quando jovem, e em sua maioridade no colégio ele declarou aceitar a Cristo (p. 2). Separado para o ministério, ele se matriculou na Universidade Pepperdine (uma escola da Igreja de Cristo) para se especializar em teologia. Enquanto ouvia uma aula de filosofia no Colégio Glendale, o ministro adolescente fez um curso com Hardison. Decidindo testemunhar ao seu professor, Michael deu a ele um livro sobre teologia cristã. O professor aceitou o livro a fim de refuta-lo, e passou uma lista de problemas a Michael. Logo se seguiram muitas discussões, tanto dentro como fora de sala, nas quais Hardison acabou por vencer Michael - e ele se converteu de um cristão evangélico em um ateu, ativo no proselitismo contra o cristianismo e Deus.
Shermer agora especialmente se opõe a todas as tentativas dos crentes de “usar a ciência e a razão para provar a existência de Deus” (p. xiii). Ironicamente, como editor da Skeptic Magazine [Revista Cética, n.t.] e autor de numerosos livros, ele gasta uma grande parte do tempo usando “a ciência e a razão” para refutar (ou pelo menos discorrer contra) a existência de Deus. Ele é especialmente ativo em atacar o criacionismo porque, em suas palavras, “a razão número um que as pessoas dão porque elas acreditam em Deus é... o clássico argumento cosmológico ou de projeto: O genuíno projeto, a natural beleza, perfeição, e complexidade do mundo ou do universo nos obriga a pensar que isso não poderia acontecer sem um planejador inteligente. Em outras palavras, as pessoas dizem que elas acreditam em Deus porque a evidência de seus sentidos manifesta-lhes isso” (p. xiv). Por essa razão, muitos professores (como Hardison) atacam o clássico argumento do projeto cosmológico para converter os estudantes ao ateísmo.
Embora Hardison tenha sido muito ativo em converter os estudantes à sua cosmovisão, não poderíamos encontrar qualquer registro de reclamação ou preocupação acerca de seu proselitismo. Ele é considerado um excelente professor, sinceramente interessado em seus estudantes, mesmo desafiando ativamente a fé deles e, não raras vezes evidentemente, convence os estudantes do seu ponto de vista. Algumas vezes os estudantes se opõem, sentindo que ele é um prosélito contra a religião, mas suas reclamações nunca foram feitas à corte (e, se fossem, a ACLU** e outras organizações iriam com toda certeza defender a liberdade acadêmica de Hardison).
2. DR. PHILIP BISHOP
Dr. Philip Bishop é um professor associado de fisiologia na Universidade do Alabama, e diretor da performance laboratorial humana da universidade. Ele também foi um professor popular que começava cada aula semestral com uma discussão de dois minutos sobre sua conclusão proveniente de seu estudo da fisiologia que ele acreditou fornecer abundantes evidências do planejamento inteligente em vez do naturalismo evolutivo (McFarland, p.2). Desafiando isso, um painel de três censuras do 11o U.S. Circuit Court of Appeals*** pendurado na universidade exigiu que ele nunca mencionasse suas crenças religiosas em classe. Bishop também incluíra uma unidade opcional intitulada “Evidência de Deus na Fisiologia Humana”, ensinada em seu próprio tempo, mas a corte ordenou-o a parar com isso também (Jaschik, p. A23).
A universidade esforçou-se em proibir somente Bishop - e mais ninguém - de mencionar, sempre brevemente, sua visão pessoal de mundo na sala de aula (depoimento de Bishop, p.7). O depoimento de Bishop defende que se somente aqueles professores com um parecer ateísta ou agnóstico pudessem livremente expressar suas opiniões, os estudantes poderiam concluir erroneamente que todos os professores dividem esta mesma opinião. McFarland descreveu o caso como se segue:
A administração da Universidade ordenou Bishop a suspender suas conversas em sala de aula como também suas conversas opcionais no campus. Nenhuma outra faculdade e nenhum outro tema foram similarmente restringidos. Dr. Bishop obteve uma ordem federal protegendo sua livre conversa e liberdade acadêmica, mas prevaleceu uma desastrosa opinião da Corte Norte-americana de Apelações do Décimo Primeiro Circuito. A corte defendeu que professores de universidades públicas não têm direito constitucional de liberdade acadêmica e que seu direito de livre conversa em salas de aula é sujeito a um controle absoluto (censura) pela administração da Universidade (p. 2).
O foco do caso de Bishop foi desafiar a reivindicação do colégio de que este tinha o direito absoluto de restringir mesmo comentários ocasionais em aula e fora de aula que mencionassem um ponto de vista pessoal do professor sujeito à perícia acadêmica.
Embora os comentários de Bishop fossem separados, não-constrangedores, e claramente identificados como tendência pessoal, a universidade argumentou que permitir que os professores apresentassem seus próprios pontos de vista implicaria no endosso da universidade, defendendo que endossaria “qualquer coisa não-censurada” (Bishop, p. 10). Bishop defendeu que expressões ocasionais de crença pessoal, feitas em uma universidade pública, “não podem ser interpretadas como significando a aprovação da universidade, e estão dessa maneira protegidas sob a Primeira Emenda onde elas serão separadas e não-constrangedoras” (Bishop, p. 9).
A universidade lançou um veemente apelo restringindo as conversas do Dr. Bishop “exclusivamente por causa de seu conteúdo religioso”, e argumentou que “conversas apresentando uma perspectiva religiosa estão sujeitas ao mesmo tratamento indiscriminado que outras formas de conversa” (p. 13). Contrariamente às extensas leis criadas e à Constituição, a corte de decisão de apelações autorizou “censuras virtualmente ilimitadas dentro de salas ou conversas de professores relacionadas à sala de aula” (Bishop, p. 9) se isso puder ser traduzido como religioso, ou mesmo motivação religiosa, mesmo que os pontos de vista expressados sejam claramente identificados como pessoais.
Estritamente aplicada, esta decisão judicial conclui que é inapropriado para um professor declarar que ele é judeu ou muçulmano, vai à igreja, ou acredita em Deus. Mas ao mesmo professor é permitido declarar que ele não acredita em Deus ou que retém uma cosmovisão não-religiosa. Em suma, ele pode dar aula contra tudo o que o estado define como valores “religiosos” ou crenças, mas não a favor deles. A corte de apelações pautou que a universidade tem um “interesse legítimo” em prevenir que a religião “infecte” os estudantes “porque expressão de um ponto de vista religioso, não importa o quão cuidadosamente apresentado,... produz inquietação nos estudantes” (Bishop, p. 15).
A corte de apelação também afirmou que a “expressão de uma posição religiosa em um domínio secular, não importa o quão cuidadosamente apresentada, cria a aparência de endossamento daquela posição pela Universidade e gera inquietação em estudantes que podem se sentir compelidos a simular crença e, pior ainda, negar sua própria crença” (Bishop, 16). Se há mesmo um sinal de endossamento para o ateísmo, todas as outras considerações (incluindo a Primeira Emenda) devem ser anuladas. Conseqüentemente, só o ateísmo pode ser ensinado. A Corte Suprema Norte-Americana rejeitou o pedido de certiorari [rogatória], e o caso foi encerrado.
3. OUTROS COMENTÁRIOS SOBRE O CASO BISHOP
A faculdade comumente, muitas vezes ostensivamente, introduz seu próprio ponto de vista - muitas vezes agnóstico ou ateu - em sala. Tais pareceres, contudo, não são normalmente restringidos, e se um ataque fosse feito, um grito de protesto da comunidade acadêmica provavelmente viria (Johnson, pp. 179-184). As cortes têm constantemente julgado a favor de faculdades que introduzem materiais anti-religiosos, ateístas, ou agnósticos dentro de suas salas, mas contra faculdades que introduzem o oposto em suas salas (Bergman, pp. 1-34).
Professor de ciências biológicas na Universidade Cornell, William B. Provine, primeiramente apresenta o lado teísta em sua sala e então, pelo resto do ano, se empenha em demolir os argumentos para o teísmo. Ele notou que no início do curso, cerca de 75% de seus estudantes eram criacionistas ou ao menos acreditavam num propósito para a evolução, i. e., eram teístas e acreditavam que Deus dirigira a evolução. Provine (p. 63), orgulhosamente notou que a porcentagem de teístas caiu para 50% ao fim do curso - isso se compara à cerca de 90% da sociedade como um todo (Shermer, p. 156). Obviamente bem-sucedida em influenciar os seus estudantes em direção ao ateísmo, e muito esclarecida sobre o seu sucesso, a universidade e a corte não interferiram.
4. CONCLUSÕES
Muitos paralelos existem entre os dois professores. Ambos foram populares, bem-quistos, reconhecidos como bons professores, e bem-informados em suas áreas. Ambos se esforçaram em ajudar os estudantes a entenderem seu ponto de vista, como Dr. Hardison abertamente em classe, via escritos que ele dava aos estudantes e por se encontrar com eles após a aula. Em conversas, Bishop discretamente convidou os estudantes a ouvirem sua opinião que apoiava o teísmo, mas somente depois da aula. No primeiro caso, a corte nem mesmo esteve envolvida. No outro caso resultou em uma decisão aberta da corte - Bishop não devia mostrar a sua opinião, mesmo fora de sala; tampouco lhe foi permitido contar aos estudantes qual a sua religião pessoal porque isso poderia inquietar os não-cristãos.
Um professor teve plena liberdade acadêmica; a liberdade acadêmica do outro foi claramente vetada. A diferença está em suas opiniões: um ateísta, e o outro teísta. Um foi encorajado a apresentar abertamente sua opinião aos estudantes dentro e fora de classe, não importando se o que expressasse, inquietava os cristãos. O outro professor, sob a pena de desinência, não pôde nem mesmo sugerir o que ele pessoalmente acreditava aos estudantes. Dr. Bishop também precisou ensinar um ponto de vista que lhe desagradava pessoalmente, e não foi liberado para apresentar seus sentimentos sobre isso aos estudantes. Muitos outros casos similares poderiam ser citados, mas este efetivamente ilustra a preocupação de muitas pessoas de que o colégio se tornou um meio de doutrinar os estudantes em uma cosmovisão que é hostil com respeito não somente ao teísmo, mas religião de todas as formas. Como podem as cortes, em qualquer sentido, reivindicar neutralidade nesta controvérsia?
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REFERÊNCIAS
Bergman, Jerry. The Criterion: Religious Discrimination in America. Richfield, MN: Onesimus, 1984. Esgotado.
Bishop, Philip A. v. O.H. Delchamps, Jr., et al. Brief submitted to the U.S. Supreme Court, Oct. Term, 1991.
Hartwig, Mark. “Christian prof. loses free-speech case.” Moody Monthly, 24 de junho, 1991, p. 55.
Jaschik, Scott. “Academic freedom could be limited by court ruling.” The Chronicle of Higher Education, 17 de abril, 1991, p. A23. Johnson, Phillip E. Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law & Education. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1995.
Myers, John (Ed.). “U.S. Supreme Court denies review of Bishop: Academic freedom stumbles in wake of 11th Circuit Court Ruling.” The real Issue, 11(3), out. 1992.
Provine, William. “Response to Johnson Review.” Creation/Evolution, n. 32, Verão, 1993. pp. 62-63.
Shermer, Michael. How We Believe: The Search for God in an Age of Science. NY: Freeman, 2000.
Shermer, Michael. Why People Believe Weird Things. NY: Freeman, 1997. p. 156.

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O Dr. Jerry Bergman é Ph.D. em Biologia, professor e pesquisador da Faculdade de Biologia da Universidade Estadual de Northwest em Ohio. Este artigo foi publicado no boletim Acts & Facts do Institute for Creation Research, em sua edição de junho de 2004, com o título "WA Story of Two Professors".
Tradução do texto de Daniel Ruy Pereira.
FONTE: www.impacto.org.br

16 fevereiro 2009

A BRECHA NO MURO










Por Kris Lundgaard

A essa altura você deve ter adivinhado que a lei do pecado em nós, pelo ódio que ele tem a Deus, e enganosa como ela é, não ergue os braços em rendição diante da primeira linha de defesa. A carne tem os seus explosivos prontos para minar o muro. Seu primeiro e mais baixo ataque é insultar a graça de Deus para que o pecado pareça menos pecaminoso, menos perigoso e menos ameaçador.
Você tem que entender isto: A carne enfraquece a convicção contra o pecado separando o "remédio" da graça dos "desígnios" da graça. As Escrituras não ensinam nada mais claramente do que o desígnio de Deus em mostrar misericórdia é nos tornar pessoas santas: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, regenerdas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente" (Tt 2.11-12). Mas Deus fornece também um remédio para os nossos lapsos: Seu ardoroso perdão nos dá paz, e assim sabemos que se nós pecarmos, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (1Jo 2.1).
A carne labuta para fazê-lo esquecer o desígnio (que você é salvo para ser santo) e pensar somente no remédio (se você pecar será perdoado). Ela prega meio evangelho (um evangelho distorcido) para nós: "vá em frente e satisfaça os seus desejos – eles já estão pagos". Aqueles que caem presa de tal engano evidentemente são muitos, uma vez que as Escrituras o condena de modo tão veemente (Rm 3.5-8; 6.1-4; Jd 4).
Você sabe que a carne fez uma brecha nas suas defesas quando o seu coração está endurecido pelo engano dela (Hb 3.13) de maneira que você está descuidado quanto ao pecado. Você vai olhar para sua vida e pensar sobre quão freqüentemente você precisa do perdão de Deus, e então ver isso como uma coisa comum, nada com que se preocupar ou se esforçar para modificar. Você vai saber que está endurecido quando começar a dilatar as fronteiras da liberdade cristã para incluir tolerâncias que no passado o teriam chocado. Sua carne vai assoprar ao seu ouvido que severidade e cuidado ansioso quanto à obediência são LEGALISMO – o evangelho veio para livrá-lo de coisas como essas! E além disso, se você realmente cometer um pecado, você pode ser perdoado depois.
Além disso, ao depreciar o pecado, a carne usa de artifícios enganosos para tirar todo pensamento de Deus da nossa mente e enchê-la de pensamentos mundanos. A carne sabe que uma mente não pode estar fixa em Deus e nas coisas terrenas (Cl 3.2; 1Jo 2.15). A principal estratégia da carne é introduzir coisas mundanas na mente à guisa de "necessidade".
Veja a história do banquete nupcial em Mateus 22. Quando a festa estava pronta o rei manda seus servos buscar os convidados. Mas cada um tinha uma desculpa: alguma coisa mais urgente: "Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio" (V.5).
Trabalhar no seu campo pode ser agradável a Deus – ele quer que nós trabalhemos duramente. Você pode gerenciar um negócio para a glória de Deus e até usá-lo para expandir o seu reino. Mas a carne está fazendo alguma coisa sutil aqui – tirando o que pode ser bom e agradável a Deus e usando isso para expulsar nossos pensamentos de Deus.
Não é fácil imaginar um homem iniciando o seu negócio com o seu coração resolvido a honrar a Deus de todas maneiras, e depois sendo levado a extraviar-se. Ele dá um décimo ou mais dos seus lucros para o reino, e Deus abençoa o seu trabalho. Então ele trabalha mais, obtém mais lucros, dá mais a Deus. Isso parece e é sentido como bênção de Deus, ainda que seu trabalho duro e as exigências do seu sucesso comecem a tomar o tempo que ele dedicava à Palavra e à oração pessoal. Agora ele se ocupa mais do seu controle de qualidade do que sobre o controle de Deus sobre a sua vida. O túnel foi cavado sob o muro, e este desaba, expondo o seu coração ao mais profundo engano da carne.
Do livro "O MAL QUE HABITA EM MIM" - Ed. Cultura Cristã - www.cep.org.br

09 fevereiro 2009

ORIGENS: DOIS MODELOS!









Por Dr. Chistiano P. da Silva Neto*

INTRODUÇÃO
Até meados do século passado, o mundo civilizado vivia sob forte influência do cristianismo. A teologia era considerada a "rainha" das ciências. Cristãos eram criacionistas que jamais ousavam por em dúvida as Escrituras.
Num universo de idéias tão fechadas, não foi fácil a escalada evolucionista. No que diz respeito às origens do universo e da vida, por exemplo, não se admitia outra forma de pensar que não fosse compatível com a narrativa bíblica da criação.
Gradualmente, porém, após a publicação do livro de Darwin, a opinião pública começou a mudar. Primeiro foram os círculos científicos, depois as rodas intelectuais e então, indistintamente, todas as camadas sociais.
Desde então, a filosofia dominante tem sido a evolucionista. Em escolas e universidades, em jornais e revistas, o evolucionismo é apresentado , não como uma hipótese, mas como um fato cientificamente comprovado, impenetrável a qualquer outra forma de pensamento.
Em conseqüência, o novo universo das idéias se mostrou tão fechado quanto o anterior, quando cristãos defendiam sua forma de pensar com argumentos estritamente religiosos. Hoje, não crer na evolução é, na opinião dos evolucionistas, negar o óbvio, desconhecer os fatos científicos mais elementares.
Apesar disso, nas últimas décadas, alguns cientistas têm corajosamente feito oposição ao evolucionismo: são os criacionistas, que afirmam poder sustentar cientificamente esta posição. Tais homens de ciência afirmam não estar longe o dia em que a evolução será ensinada nas escolas, não como um fato, mas como a grande falácia dos séculos XIX e XX.
Temos, portanto, dois modelos das origens, o criacionista e o evolucionista, que se propõem a explicar o surgimento da vida, a diversidade de formas em que esta se apresenta, o nascimento do sistema solar, das galáxias, do universo como um todo.
Examinaremos, aqui, esses dois modelos de que o homem tem se utilizado para tentar desvendar o enigma das origens. Iniciamos, pois, uma jornada pelo mundo da ciência, da filosofia e da religião, em busca de nossas próprias origens.

O MODELO DA CRIAÇÃO
Este modelo define, no princípio, um período de criação especial, quando todos os sistemas básicos da natureza foram trazidos à existência completos, prontos para pleno desempenho de suas funções.
Assim, ao invés de pensar na vida como tendo surgido a partir de formas bem simples - aminoácidos, proteínas, bactérias, algas etc., gradualmente evoluindo para formas mais complexas, a teoria da criação afirma que os seres vivos vieram à existência através de atos distintos de criação.
Isto não significa que criacionistas sejam fixistas. O fixismo afirma que as espécies biológicas são, desde o princípio, imutáveis e idênticas aos primeiros organismos criados. Criacionistas do tempo de Darwin eram pouco afeitos à ciência e, pressionados pelas idéias evolucionistas, muitos foram para esse outro extremo.
Criacionistas sabem da existência de vários processos da natureza, que convencionamos denominar de mutações, capazes de introduzir novidades genéticas em uma dada espécie.
Eles, entretanto, não crêem que tais processos possam trazer à cena modificações tão extraordinárias, a ponto de gerar toda a diversidade de vi­da que encontramos no planeta a partir de um primeiro e único organismo unicelular, ou mesmo uma espécie a partir de outra. Eles também não crêem que a vida possa ter se originado a partir da matéria sem vida, de um modo inteiramente ao sabor do acaso.
Assim, a origem da vida e das espécies de seres vivos não pode ser explicada através de recursos naturais, demandando, portanto, a existência e o concurso de um agente externo ao universo e que foi o responsável por todos os pontos críticos da história desse mesmo universo. Findo o período de criação, cessaram os processos criativos, substituídos por processos de conservação, com o fim de preservar tudo que havia sido feito.
Nesse contexto, tudo teria sido criado perfeito. Do infinitesimal protozoário aos grandes mamíferos; do minúsculo átomo as gigantescas galáxias, o universo foi criado em perfeita ordem e todos os seres vivos, inclusive o homem, estavam presentes desde o inicio. Entretanto, num universo perfeito, onde alterações aleatórias são sempre possíveis, o sistema tende a se desorganizar.
Na verdade, essa tendência é a própria essência da segunda lei da termodinâmica, expressa em termos probabilísticos. Assim, o modelo da criação admite um princípio básico de desintegração, em vigor na natureza, desde o seu início. Naturalmente, se este modelo e mesmo factível, deve haver, por todo o universo, muitas evidências dos seus pressupostos.

OPOSITORES DA EVOLUÇÃO
Criacionistas encontram-se entre os mais duros opositores da teoria da evolução, apontando sempre o que eles consideram pontos fracos dessa teoria. Eis, abaixo, alguns desses pontos:
1. O registro fóssil não apresenta os fósseis de transição entre as espécies. Esta é uma necessidade básica do evolucionismo, obviamente não resolvida;
2. Não há qualquer evidência de que uma espécie tenha, com o tempo, se transformado em outra, nem há, na natureza, qualquer mecanismo capaz de tal proeza. Este fato não deve nos causar surpresa, uma vez que a evolução não se caracteriza como fenômeno passível de observação e conseqüente investigação científica;
3. Erros básicos encontrados nos métodos radiométricos de datação comprometem as idades atribuídas a todos os sistemas datados. Sem a vastidão do tempo a sua disposição, o evolucionismo não pode subsistir;
4. Similaridades entre os seres vivos foram, no passado, consideradas evidências da evolução acima de qualquer suspeita. Comparações recentes entre o DNA e o RNA de varias espécies têm mostrado que esse tipo de comparação é, na verdade, inconclusivo.
Os meios de comunicação têm, via de regra, caracterizado o movimento criacionista como anticientifico, cujos integrantes são fanáticos religiosos, dispostos a tudo para fazer prevalecer seus pontos de vista acerca das origens. Recentemente, em um artigo a respeito de Darwin, o articulista afirmou: "só protestantes fundamentalistas, que interpretam a Bíblia ao pé da letra e, por isso, nao crêem nas mutações, se recusam a crer nas idéias de Darwin acerca da evolução das espécies".
Isto, porem, não é verdade! Todos sabemos que as mutações são uma realidade - dizem os criacionistas - mas também sabemos que elas não dispõem de potencial para promover a evolução. Em outras palavras, os criacionistas afirmam possuir respostas claras e convincentes, sempre consistentes com os fatos da natureza e com as descobertas da ciência, a todos os argumentos apresentados por evolucionistas.


SÍNTESE DA POSIÇÃO CRIACIONISTA
Criacionistas crêem na existência de um Ser superior, que preexistiu a todo universo e, pelo seu poder, deu origem a tudo quanto existe. Crêem também os criacionistas que o Criador trouxe a existência não só as galáxias de que se compõe o universo, como também os tipos básicos de seres vivos, dos quais descende a presente multiplicidade de formas em que a vida hoje se apresenta. Esta é uma idéia bastante plausível, e que conta com o suporte da observação e da experimentação. A espécie dos cães, por exemplo, em 1960 possuía 200 raças a mais do que em 1700, obtidas através de sucessivos cruzamentos e seleção de certas características.
Tanto quanto tem sido observado, experimentalmente ou na natureza, nem as mutações, nem os processos de seleção, têm potencial para produzir uma transformação de uma espécie em outra. Os mutantes são sempre da mesma espécie que os originou, quase sempre menos aptos a sobrevivência, e os processos de seleção natural não fazem mais do que recombinar os genes presentes em uma dada espécie.
Assim, sabemos que o homem tem sido capaz de selecionar combinações de genes para produzir novas variedades de cães, pombos, ervilhas, feijão etc., e que através de mutações se pode ter novas características introduzidas em uma dada espécie. Nenhum dos dois casos, entretanto favorece a transmutação de uma espécie em outra.
Veja algumas das principais características da criação:
1. Sobrenaturalista - Origens explicadas através da existência de um agente externo ao universo: o Criador;
2. Externamente dirigida - Todo o universo é dirigido pelo Criador, que mantém sua obra através de processos de conservação por Ele estabelecidos;
3. Dotada de propósito - O Criador trouxe o universo à existência com um propósito bem definido;
4. Completa, concluída - Houve um período de criação, ao fim do qual o Criador deu sua obra por completada.
Criacionistas mantêm, ainda, que a livre investigação da natureza confirma todos os pontos do seu modelo; que as evidências da natureza apontam, de modo insofismável, na direção do Criador. Afirmam, também, que a Terra é um planeta jovem, apresentando não só erros básicos nos métodos de datação utilizados pelos evolucionistas, como também evidencias da natureza que favorecem o seu ponto de vista.

O MODELO DA EVOLUÇÃO
Darwin não pretendia, ao publicar o seu livro A Origem das Espécies, em 1859, explicar a origem da vida na Terra. Sobre isto, ele escreveu um único parágrafo, em que afirmava crer que os primeiros germes de vida haviam sido colocados por Deus em nosso planeta. Tal parágrafo, porém, Darwin ordenou que fosse suprimido a partir da segunda edição de seu livro.
É muito difícil julgar intenções, mas a atitude de Darwin, ao suprimir esse parágrafo, parece significar que ele já começava a se render ao naturalismo, que afirma que tudo no universo pode ser explicado através de causas naturais. Nesse caso, a origem da vida não seria uma exceção.
Mas o objetivo do livro era explicar a origem das espécies, a partir de vida preexistente. Como, afinal, explicar a origem de todas as espécies que encontramos na Terra? Qual a origem da grande diversidade que hoje observamos entre os seres vivos?
Darwin estava convencido de que as espécies se transformavam com o tempo, e que as pequenas diferenças que normalmente observamos entre uma geração e a sua prole acumulavam-se e, com o tempo, davam origem a uma nova espécie. Neste contexto, peixes haviam surgido de outros seres menos complexos nos oceanos e dado origem aos anfíbios. Destes teriam surgido os répteis, ancestrais das aves e dos mamíferos. O homem, como afirmara T. Dobzhansky, era apenas um produto dessa evolução, tendo surgido entre os mamíferos como o ser mais evoluído.
Outros pensadores vieram após Darwin e completaram essa visão de modo a incluir o universo como um todo. Assim, se configurou um modelo das origens bastante distinto do criacionista, ao qual se denominou de modelo evolucionista das origens. Desde então, esse modelo passou por diversas modificações na tentativa de vencer as dificuldades que se apresentaram a partir de novas descobertas da ciência.
Em sua caminhada. muito provavelmente por falta de oposição a altura, tornou-se o modelo hoje dominante. A maior parte dos cientistas acredita na teoria da evolução como a única forma de explicarmos nossas origens, e praticamente toda a mídia, revistas, livros, jornais, radio, televisão etc., ao tratar algum assunto científico relacionado com as origens, o faz em um contexto evolucionista.
Em sentido mais abrangente, este sistema afirma que todo o universo se encontra em continua evolução. Este processo teria se iniciado com o hidrogênio, subproduto básico de uma suposta explosão (Big-Bang) supostamente ocorrida há cerca de 15 bilhões de anos, quando o presente universo ainda não existia.
A partir de então, esse gás incolor, inodoro, insípido, contendo apenas um próton em seu núcleo, e um elétron à sua volta, teria sofrido transformações casuais, gerando outros elementos por meio da captura de elétrons, prótons e nêutrons. Estes teriam se combinado de modo a gerar as substâncias de que se compõe o universo, com a matéria resultante se organizando ate o ponto de gerar a vida, com todas as suas particularidades.
Como todos os processos até hoje idealizados para justificar a evolução são sempre muito lentos, o tempo se torna um dos fatores imprescindíveis nesse modelo. Não se pode conceber o processo da evolução em um período de tempo muito curto. A evolução requer bilhões de anos, e esta imensa porção de tempo Darwin encontrou à sua disposição na filosofia uniformitarista de James Hutton.
De acordo com G. A. Kerkut, agraciado com o título de professor emérito de neurociência na Universidade de Southampton, em seu intrigante livro Implications of Evolution, há sete hipóteses básicas freqüentemente não mencionadas em nossas discussões sobre a evolução, e que muitos evolucionistas ignoram as primeiras, considerando apenas a sétima. Eis aqui essas hipóteses:
1.- Coisas não vivas deram origem ao material vivo, em outras palavras, a geração espontânea ocorreu;
2.- A geração espontânea ocorreu apenas uma vez na história da Terra;
3.- Vírus, bactérias, plantas e animais estão todos inter-relacionados;
4.- Protozoários deram origem aos metazoários;
5.- Os invertebrados também estão todos inter-relacionados;
6.- Os invertebrados deram origem aos vertebrados;
7.- Entre os vertebrados, peixes de­ram origem aos anfíbios; anfíbios aos répteis; e répteis a aves e mamíferos.
Continuando, o Dr. Kerkut diz que: "... essas sete hipóteses não são passiveis de verificação experimental. Elas pressupõem que uma série de eventos ocorreu no passado. Ainda que fosse possível produzir tais eventos sob condições atuais, isto não significaria que tais mudanças tenham ocorrido no passado. Assim, transformar um réptil moderno em um mamífero, ainda que uma operação de grande interesse, não nos revelaria nada sobre a origem dos mamíferos. Infelizmente, nem mesmo esse tipo de transformação estamos aptos a realizar" (p. 7).
Apesar das críticas que o Dr. Kerkut desfere em seu livro contra o modelo da evolução, ele é um evolucionista. Isto, porém, não deve nos surpreender: todo aquele que sucumbir diante dos apelos do naturalismo, que insistir em afirmar que tudo no universo pode ser explicado através de causas naturais, não terá mesmo outra alternativa para explicar as nossas origens que não a teoria da evolução.
* Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de cinco livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

01 fevereiro 2009

VOCÊ TEM FOGÃO EM CASA?







Por Natan Oliveira

Casal recém casado sai de lua-de-mel fora da temporada de verão, e aluga um pequeno bangalô numa praia charmosa próximo a região onde moram.Como não é verão, as praias estão praticamente desertas.A água do mar está fria, e não é propriamente o momento certo para se tomar banho de mar, então a alternativa é caminhar e dar longos passeios de mãos dadas.E numa destas caminhadas, andando pela areia da praia, num local onde a impressão que se tem é de que a natureza está intocada pela ação da mão do homem, e repentinamente... meio enterrado, meio exposto, no meio da areia da praia... um fogão!Os dois são pessoas relativamente normais, e obviamente não ficam especulando como as areias da praia durante bilhões de anos puderam construir aquele fogão que ali estava.O fogão é uma máquina."Salta aos olhos" que ele é uma máquina.Ambos sabem que sendo uma máquina, foi criada.Ambos sabem logicamente que uma máquina como um fogão, não surge do nada, nem é o resultado de milhões de anos de evolução da ação da natureza.Qualquer pessoa relativamente capaz, saberá que um fogão é um fogão, e sendo um fogão é uma criação, e sendo uma criação, precisa de um criador.Pois bem, até o mais materialista dos pensadores clássicos como Thomas Hobbes, pensava que o homem era uma máquina, o universo era uma máquina, na realidade uma gigantesca máquina.Morto o cérebro, desligada a máquina do corpo humano, e não existiria mais nada, a própria alma seria uma combinação de elementos químicos do cérebro. Uma vez sem vida, fim e ponto final.E por que será que um casal qualquer de passeio por uma praia sabe e ninguém precisa lhe provar que o fogão foi criado, por que será que existem homens que olham para o que eles chamam de máquina do universo e acham que ele surgiu do nada, ou de um longo processo evolutivo, cuja origem foi impessoal e por acaso?Máquinas surgem do acaso?Máquinas surgem do nada?Para espanto de alguns, a ciência tem mostrado que o universo é sim um grande relógio, que como máquina funciona perfeitamente, e bastariam poucos graus acima e abaixo na temperatura média da terra e a vida se tornaria insustentável.Bastam poucos graus de temperatura e a máquina do corpo humano morre ou vive.Quem já foi pai, sabe a angústia que é a febre quando um filho seu vai a 39, 40 graus de febre. Poucos graus alterados para mais ou menos significa a morte certa. Estamos por um fio.Quem projetou o “fogão-universo”?Por que os homens olham um fogão na praia e ninguém precisa lhes convencer que é máquina e foi feita por homem, mas ao mesmo tempo olham para a natureza e não percebem que também é matéria-máquina-criada e foi feita por Deus?Não precisamos especular. A Bíblia responde:Os homens estão loucos...“Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” 1 Coríntios 1.20Mas isto não os torna inocentes e moralmente não responsáveis:“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis.” Romanos 1.20E é esta concepção, de que um fogão é nada mais que um fogão (coisa criada), que pensadores do DI - “Design” Inteligente (ou ID - “Inteligent Design”) estão chegando, ou seja, que as coisas da natureza tem projeto, tem concepção, tem um “design”, e portanto existe sim um “Designer”.Como sempre vai ter quem diga que o Deus da Bíblia não existe, então logo vão dizer que o “Designer” seria um ser extraterrestre, que tenta fazer “contato” como aquilo que criou em tempos passados.Enfim, Deus não precisa de defesa, mas quando alguém te perguntar a razão da tua fé criacionista, pergunte para ele - ... escuta, tu tens fogão em casa?
Texto gentilmente cedido por Reflexões Reformadas, disponível originalmente em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2008/04/voc-tem-fogo-em-casa.html

19 janeiro 2009

POR QUE A PONTE CAIU?













Pr. John Piper

Nota: Em julho de 2007, uma ponte simplesmente ruiu na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, EUA. Algumas pessoas que trafegavam pela ponte morreram tragadas pelas águas. Ocorre que esta é a cidade onde fica a igreja Bethlehem Baptist Church, do pastor John Piper. Na ocasião ele divulgou uma mensagem polêmica pela qual ele foi muito criticado por muitas pessoas no meio evangélico americano. Na mesma época ocorria o horrível acidente com o vôo 3054 no aeroporto de Congonhas. Na época publiquei um post no meu antigo blog - Centurio. Agora, com a terrível calamidade que vimos no mês de novembro aqui em Santa Catarina, achei por bem publicar a transcrição daquela mensagem para nossa reflexão. Detalhe: em nossa sociedade pós-cristã, ninguém falou de Deus em meio a toda a catástrofe. Sinal dos tempos... (Juliano Heyse).

Para que eu não pense, para que nós não pensemos ingenuamente sobre o preço da vida, devemos lembrar que isto não é incomum. 50 milhões de seres humanos morrem no mundo por ano; seis mil a cada hora, cerca de 100 a cada minuto. E a maioria não morre em idade madura e avançada, dormindo eternidade adentro. A maioria morre jovem e a maioria morre após uma longa e agonizante luta com a dor.
Calamidades repentinas, como a que vimos, devem nos chocar e levar à percepção de que isto acontece a cada hora.
Uma das verdades que adotamos com alegria reverente em Bethlehem é a verdade da supremacia de Deus em todas as coisas. A missão desta igreja é: nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para o gozo de todos os povos através de Jesus Cristo.
Quando dizemos isto não estamos querendo dizer “aceitar calamidades”. Nós existimos para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas - Todas com letra maiúscula - através de Jesus Cristo todo o tempo, sem exceção. Nós não formulamos esta missão num mundo cor-de-rosa e então nos surpreendemos com a realidade do sofrimento: “opa! Esquecemos!”. Então eu pergunto: Por que, Senhor, existe este mundo? Por que este mal? Por que o terror? O propósito para este mundo caído, aterrorizado, atormentado é que Ele seja conhecido mais completamente. Porque conhecendo a Deus mais completamente é o que, para nós, significa ser amado completamente. Direi isso novamente: Se nós conhecermos a Deus mais completamente, incluindo misericórdia, juízo, ira, santidade, longanimidade com os pecadores; se nós O conhecermos completamente, nós seremos completamente amados, porque ser amado é ser capaz de conhecê-Lo e estar satisfeito com Deus para sempre.
"Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém!"
Portanto, quanto maior e mais completa a revelação de Deus, mais poderemos ser amados, se aceitarmos o amor.
Escute Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
O que estamos vivenciando neste mundo são dores de parto. Paulo diz que uma nova era está pra nascer e que a instabilidade da ordem natural neste mundo é testemunha da desordem no mundo moral, ou seja, o meu pecado, o pecado de Adão e o seu pecado. E há um motivo para isso: Quem neste mundo dá a mínima para o pecado? Quem no mundo derrama lágrimas por causa da repugnância e o horror e a desonra feita a Deus por causa do seu pecado? Ninguém! Como Deus pode falar quando estamos tão moralmente mortos, tão espiritualmente cegos, ao ponto da pior feiúra moral do mundo não nos afrontar nem um pouco? Ele o faz usando o próprio mundo. Isso eles podem sentir. Dor eles podem sentir, portanto eu sujeitarei toda criação à futilidade até que eles recebam a mensagem: o pecado é horrível! Doenças e deformidades são os retratos que Deus faz de como o pecado se parece na esfera espiritual. E isto é verdade mesmo quando as pessoas mais piedosas carregam essas deformidades. Calamidades são as demonstrações de Deus do que o pecado merece e receberá um dia no juízo, mil vezes pior do que em Nova Orleans ou no nove de setembro. Fome, peste, perseguição, estas coisas acontecem para que o mundo veja que os seguidores de Jesus consideram Cristo mais precioso do que tudo que eles perderam e descubra que Ele pode ser isto para eles porque um dia eles perderão tudo. Todo mundo perde tudo na terra, algum dia.
FONTE: Transcrição da mensagem contida no vídeo do post UMA PONTE CAI, UM AVIÃO SE DESPEDAÇA, UMA CRIANÇA MORRE DE CÂNCER
Tradução: Priscila Bernardi Heyse
Texto gentilmente cedido por Juliano Heyse, tutor do site Bom Caminho - www.bomcaminho.com

17 janeiro 2009

A PAREDE DO CASTELO









Por Kris Lundgaard

Um homem na História passou por esse teste com grande sucesso: José. A resposta que ele deu à esposa do seu patrão nos ensina o duplo dever da mente que é a nossa primeira linha de defesa contra os enganos da carne:
E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela” (Gn 39.6-10).
A mente de José estava protegida por dois pensamentos: a mesquinhez do pecado (Como pois faria eu tamanha maldade?) e a graça e bondade de Deus... (Como, pois... pecaria contra Deus?). Como a sua mente estava preparada para a ação (1Pe 1.13-16), ele podia ver além do engano da carne e resistir à tentação – ainda que ela fosse aterradoramente poderosa e resistir custaria a ele mais do que a maioria dos homens poderia suportar. Ele arriscou a sua vida, mas não pecou.
Lembre-se de que a mente é a sentinela da alma, encarregada de julgar e determinar o que é bom e agradável a Deus, de maneira que as afeições possam desejar ardentemente por ele e a vontade o possa escolher. Se a mente falhar na identificação de um pecado como sendo mal, depravado, vil e amargo, as afeições não estarão a salvo de aderir a ele e nem a vontade de dar o seu consentimento. Esse é um lado do muro do castelo, a primeira linha de defesa: Ter em mente que com cada pecado estamos abandonando Deus (Jr 2.19), para nunca esquecer o poder poluente, corrupto e contaminador do pecado – ser sacudido até o âmago pelo ódio que Deus tem ao pecado.
Quando Paulo disse que o amor de Cristo o compelia (2 Co 5.14), ele descreveu o outro lado dessa primeira defesa: A mente precisa se fixar em Deus, especialmente na sua graça e bondade para conosco. O seu amor nos impulsiona, nos estimula e nos leva a obedecer. Ele é a fonte da nossa obediência, e o nosso mais alto motivo para descobrir o que agrada ao Senhor e fazer isso.
Para andar diante de Deus, este é o primeiro dever da mente: Conhecer e agarrar-se ao mal do pecado e ao amor de Deus. Foi assim que José suportou a esmagadora tentação.

Do livro O Mal Que Habita Em Mim - Editora Cultura Cristã - www.cep.org.br

11 janeiro 2009

AVALIAÇÃO E O JULGAMENTO (Mateus 7:1 e 20)









Por Marcos David Muhlpointner

“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. (...) Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!”

Já abordei esse texto num outro artigo que escrevi há dois anos. Mas como esse trecho da pregação de Jesus é muito importante, resolvi abordá-lo com outro enfoque dessa vez. Por acaso você está certo em tudo que diz, pensa e faz? Você está correto nas avaliações que faz da sua vida profissional, sentimental, familiar e social? Com relação ao cotidiano que você mesmo construiu, ele está correto? Ou tem alguma coisa errada? Estas questões são muito subjetivas e, dependendo do seu grau de humor, é possível que você me responda que eu não tenho nada a ver com isso. Ora, a vida é sua. E eu não tenho o direito de me meter na sua dieta, na qualidade do seu sono, se você gosta ou não da sua vida profissional, etc.
Mas e quanto às suas convicções teológicas, você está correto ou errado sobre o que pensa da Bíblia e suas doutrinas. Quero lhe dizer que amo a teologia e o seu estudo, mas sei que ela pode se tornar num instrumento de alienação para muitos. Amo a Bíblia e sei que ela tem ensinamentos fundamentais para a minha vida. Também sei que ela pode ser usada por gente louca, pregando todo tipo de loucura.
Se eu te disser que estou pregando sobre a data que Jesus vai voltar, o que você me responderia? E se você me ouvir pregando para usar um sal ungido na sua comida para sua purificação? E se eu pregar que os crentes não ficam mais doentes, porque somos sarados pelos ferimentos de Jesus? E se eu pregar que nossos problemas financeiros podem ser resolvidos se dermos mais dinheiro na nossa igreja com bastante alegria, espontaneidade e muita fé? Você teria coragem de me dizer: “Marcos, você está errado e sua pregação não é bíblica”? Você seria capaz de me mostrar na Bíblia onde estou errando? Você apontaria o meu erro? Você me alertaria dos erros que estou cometendo? Você mostraria quais são os meus erros e me apontaria uma direção certa? E ao fazer isso, você estaria me julgando, me avaliando? Ou estaria julgando e avaliando o que estou ensinando?
Sabe, o nosso grande problema é que não conseguimos dissociar com facilidade o que pregamos e vivemos daquilo que somos. Você acha que Jesus, sendo quem ele é, poderia ensinar de modo diferente? É por isso que muitos têm dificuldade com esse trecho de Mateus, capítulo 7. Muitos pensam que, por apontarem os erros doutrinários das pessoas, estariam julgando essas pessoas e, por causa disso, atrairiam julgamento para si.
O fato é que não podemos nos colocar numa posição de julgar as pessoas, pois isso é prerrogativa exclusivamente do justo juiz, o juiz dos vivos e mortos (Atos 10:42; 2 Timóteo 4:8). Mas, pela Palavra de Deus, somos obrigados a avaliarmos as árvores de onde tiramos os nossos frutos (v. 20). Jesus nos está advertindo que temos que conhecer os frutos para sabermos qual é a qualidade da árvore. Precisamos ter os nossos olhos espirituais abertos para avaliarmos que o que nos é pregado é realmente a Palavra de Deus. E por que devemos ter esse comportamento?
Nessa mesma passagem de Mateus 7, Cristo compara as pessoas a dois construtores de casa. Um deles construiu sua casa sobre a areia e ela desmoronou. O outro construtor, colocou sua casa sobre uma rocha, de modo que ela resistiu às tempestades. Gente, a comparação é óbvia! Onde você está construindo sua casa espiritual? O que tem por baixo dos seus alicerces espirituais? Você está sabendo avaliar onde está construindo sua vida espiritual? Quais materiais você está usando?
Não posso julgar as intenções dos corações das pessoas porque não tenho poder para sondá-lo. Mas tenho a obrigação de julgar todos os espíritos e saber se eles procedem de Deus (1 João 4:1). Além disso, devo julgar todas as coisas e reter aquilo que é bom (1 Tessalonicences 5:21). Mas como saber o que é bom? Deus é bom e o que as pessoas pregam e dizem deve estar de acordo com Ele, caso contrário, seremos enganados com falsos ensinos (Efésios 4:14). E eu não quero e não vou, se Deus quiser, ser enganado.

Texto gentilmente cedido por "Música, Ciência e Teologia", disponível originalmente em http://marcosdavidm.blogspot.com/2009/01/avaliao-e-o-julgamento-mateus-71-e-20.html

15 dezembro 2008

O PAI NOSSO








Por Natan Oliveira

“Não seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra, por isso, fale pouco.” Eclesiastes 5.2
Fale pouco!
Certamente que Jesus não estava dizendo que devemos substituir as longas repetições pagãs por longas repetições do Pai Nosso.A meu ver a oração do Pai Nosso é um modelo, não de palavras mas de princípios que devem nortear a correta oração.
Que princípios?
Eu vejo estes:
- Adoração;
- Soberania;
- Dependência;
- Arrependimento;
- Socorro;
- Louvor.
ADORAÇÃO, porque reconhecemos que a nossa oração é dirigida a Deus Pai, criador dos céus e da terra, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, nosso Deus. Que está muito acima de nós e cuja santidade é incomparável.
“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome...”
SOBERANIA, porque a nossa oração deve reconhecer e transparecer que quem manda não é o nosso arbítrio, reconhecemos então que Deus é soberano, que reina sobre tudo e todos, inclusive o arbítrio humano, cuja vontade será feita tanto na terra como no céu, como foi pensada e planejada em tempos eternos e na esperança do total cumprimento do seu plano eterno vamos vivendo por fé um dia de cada vez.
“... venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...”
DEPENDÊNCIA, porque na nossa oração nos apresentamos não como auto-suficientes, mas como dependendo dele para tudo, para o pão, o emprego, a moradia, a saúde, para as alegrias, para suportar as dificuldades, estamos por um fio de vida, e esta vida vem de Deus.
“... o pão nosso de cada dia nos dá hoje...”
ARREPENDIMENTO, porque constantemente estamos pecando, mesmo após o novo nascimento miseravelmente pecamos, não mais por hábito, mas por teimosia, desobediência, por darmos lugar ao diabo, por não resistirmos a tentação. Precisamos então pedir perdão pelos nossos pecados, pecados inconscientes, pecados “sem querer querendo”, pecados pensados, afinal só o Senhor perdoa pecados baseado no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, e tudo isto na mesma medida que perdoamos os que falham contra nós.
“... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...”
SOCORRO, porque sabendo que ainda habitamos este mundo, e é um “mundão” cheio de tentações disfarçadas e agradáveis aos olhos, ao entendimento, agradáveis em tudo, mas que no fundo é o velho pecado, é o mal andando ao nosso derredor para fisgar. Conseguimos resisti-lo sozinhos? Não! Somente após nos voltarmos para Deus pelo novo nascimento, recebemos o Espírito Santo, e cremos por fé que ele nos deu autoridade para dizer não ao pecado. E assim fazemos e passamos a resistir ao pecado e somos livres do seu mal.
“... e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal";
LOUVOR, porque não há outro Deus como o nosso, que nos escolheu imerecidamente, pecadores miseráveis. Louvor porque só ele se encarnou na pessoa de Jesus Cristo e morreu por nós, ressuscitou dos mortos, e depois foi visto, tocado, nos deu o Espírito Santo para o dia-a-dia. Louvor porque ele é o único que vive: vive em nós! Vive para o que crê e Dele se aproxima com fé. Para sempre.
“... porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6.9-13
Mas é claro... se de coração orarmos o Pai Nosso, não como oração mecanicamente decorada, mas realmente meditando no que se diz, não vejo nenhum problema, somente reflito que prefiro seguir os mesmos princípios da oração do Pai Nosso, mas na prática usar as palavras que me forem oportunas no momento.
Imitar princípios em lugar de repetir palavras.
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6.9-13
FONTE: Reflexões Reformadas - Post original em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2008/02/reflexo-o-pai-nosso.html

25 novembro 2008

REVELAÇÃO SUPERFICIAL

Por Natan Oliveira


Hoje em dia existe certamente uma fome das pessoas pelo que é sagrado, pelo que é santo, pelo que é místico.

De uma forma que eu não consigo ainda explicar, Deus “permite” que assim seja. Muitas pessoas são alcançadas pelo Evangelho com uma pregação superficial da revelação divina.

Mas das minhas andanças e conversas com as pessoas, penso que algumas delas, se não a maioria, todas autonominadas como cristãos, caso lhes fosse revelado pelo Senhor um pouquinho mais do que Ele é, e estas pessoas o rejeitariam totalmente a ponto de odiá-lo até.

Vamos testar pela escritura até onde você se enquadra neste tipo de crente nominal, que diante da revelação total de Deus, rapidamente deixará de amá-lo.

“O Senhor faz tudo com um propósito; até os ímpios para o dia do castigo.” (Provérbios 16.4). Duras palavras não é mesmo. Então você ama um Deus que cria algumas pessoas para serem ímpias e para serem condenadas por esta impiedade que Ele mesmo criou para elas? Vai odiar a Deus?

“Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.” (Provérbios 16.9). Certamente que você deu passos em falso. Verdadeiras bobagens já foram feitas por você, que tem vergonha até de lembrá-las. Você aceita que até elas, estes pecados dos quais você se envergonha, tenham sido determinados pelo Senhor? Vai odiar a Deus?

“Todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” (Salmos 139.16). Você certamente já teve dias maus, dias ruins, continua amando a Deus sabendo que todas estas coisas ruins que aconteceram na sua vida foram determinadas antes que você nascesse? Vai odiar a Deus?

“O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer.” (Provérbios 21.1). Onde é que ficou o suposto livre-arbítrio do coração do rei? Quem o dirige, o tal do livre-arbítrio do rei, não é o Senhor? Então o rei não tem livre-arbítrio! O Senhor arbitra. Você consegue amar um Deus que coloca escolhas no coração dos homens, inclusive no teu? Vai odiar a Deus?

“Todos os povos da terra são como nada diante dEle. Ele age como lhe agrada com o exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: ‘O que fizeste?’” (Daniel 4.35). Você já cantou aquele corinho que diz “... quero que valorizes o que tem, você é um ser, você é alguém, tão importante para Deus... ?”, já cantou este corinho? Que tal cantar um outro impopular, que nem existe que diria que você e mais todos os povos da terra não são nada diante de Deus? Você consegue amar este Deus? Vai odiar a Deus?

Duras palavras.

Eu poderia ir discorrendo pela Bíblia toda, e livro por livro mostrar a você que é possível que você nem conheça de fato o Deus que você adora. Se é que você adora o verdadeiro Deus? Se é que você não adora na realidade uma imaginação falsa de Deus, portanto se é que você não é um idólatra?

E Deus odeia a idolatria.

Vai parar de ler?

Ou vai tremer diante deste Deus TODO PODEROSO, que se revela nas escrituras, e HUMILHADO vai adorá-lo.

Agora você entende porque é impossível crer no verdadeiro Evangelho se você não for movido por Deus para isto?

É isto mesmo, o Evangelho é uma loucura total. Impossível aceitar tais palavras, das quais alguns textos eu citei acima, se não for pelo poder do Espírito Santo.Se você não crê nos textos acima, creia pelo menos nas palavras de Jesus que disse: “... É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai.” (João 6.66)

Você acha que crê pela escolha do teu livre arbítrio? Você não acabou de ler que Jesus mesmo diz que você só crê por que esta capacidade lhe foi dada?

E que dizer de Jesus, nosso Senhor, quando diz “A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora, todas estas coisas se dizem por parábolas. Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes seja perdoados os pecados” (Marcos 4.11-12).

Será isto mesmo? Leia novamente o parágrafo acima!Jesus está dizendo que falava por parábolas para que eles não entendessem mesmo? Jesus só explica as parábolas para os seus, mas para os outros fala difícil para que continuem sem entender e sem se converter?

Estou ficando louco? Me digam vocês? Vocês conseguem amar este Deus? Você vai odiar a Deus?Eu tremo todo diante deste Deus.Eu choro diante da Sua Presença, só de lembrar que dentre milhões de pecadores, e eu igualzinho a eles ou pior, e assim mesmo Ele me escolheu salvar.

Você pode até odiar este Deus, mas eu amo, e vou amá-lo eternamente pois Ele, este tremendo Deus, me escolheu não para a ira, mas para a salvação. Louvado seja Deus, pois não me falou por parábolas, mas se revelou a mim pelo seu Espírito Santo.

Como você reagirá?

Existe dois caminhos, pode dizer como já disseram:“Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6.60)

Ou ainda reagir assim:“Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.” (João 6.66)

Ou poderá reagir assim, que é de fato o meu desejo e a minha oração:“Senhor, salva-me...” (Mateus 14.30)

Chega de Evangelho superficial, aproxime-se de Deus, estude a Palavra que nos foi revelada, aproxime-se de Deus com temor, e creia Nele.

Mas não se glorie, se você crer, na realidade isto mostrará que quem operou este crer em você foi Ele mesmo.

Do contrário, caso você tenha chegado ao fim deste texto, certamente dirá com os seus pensamentos que eu fiquei louco.

“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Coríntios 1.18).

Fonte: Reflexões Reformadas

O texto original pode ser acessado em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2007/11/reflexo-revelao-superficial.html

27 outubro 2008

O EVANGELHO CONTINUA RELEVANTE?












Dr. D. Martyn Lloyd-Jones

O Evangelho de Jesus Cristo confronta e desafia o mundo moderno com a declaração de que somente o Evangelho tem a resposta para todas as perguntas do homem, bem como a solução para todos os seus problemas. Em um mundo que procura saída para suas tragédias e tribulações, o Evangelho anuncia que a solução já se acha disponível. Em um mundo que olha ansiosamente para o futuro e que fala em planos relativos a ele, o Evangelho proclama que esta busca por outra saída não apenas está errada quanto à sua direção, como também é inteiramente desnecessária. O Evangelho denuncia o hábito fatal de acontecer e afirma que tudo quanto é necessário para os homens, individual e coletivamente, já foi posto à disposição da humanidade há quase dois mil anos. Pois, a mensagem central do Evangelho para os homens é que tudo quanto é mister para a salvação deles se encontra na pessoa de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus. O Evangelho proclama que Cristo é a revelação plena e final de Deus. Em Cristo, em sua vida e em seus ensinamentos vemos aquilo que o homem deve ser e qual o tipo de vida que ele deve viver. Na morte de Cristo sobre a cruz, podemos ver o pecado do mundo finalmente desmascarado e condenado. Através de sua morte, vemos o único meio pelo qual o homem pode reconciliar-se com Deus. É exclusivamente dEle que podemos receber vida nova, obtendo um novo começo. Somente quando recebemos dEle o poder, então podemos viver aquela vida que Deus tencionou que vivêssemos.

De fato, o Evangelho vai mais adiante e assegura-nos que Cristo está assentado à mão direita de Deus, em poder reinante, e que continuará a reinar até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. O Evangelho proclama que chegará o tempo quando, ao nome de Jesus, se dobrará "todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra" (Fp 2.10). Portanto, o Evangelho de Jesus Cristo confronta o homem, exorta-o a arrepender-se dos seus pecados e a olhar para aquela Pessoa sem par, que esteve nesta terra há quase dois mil anos passados, a única em quem se pode achar a salvação.

No entanto, todos temos consciência de que a expiação operada por Cristo, conforme apresentada nas Escrituras, é altamente desagradável para a mente moderna. Não existe razão tão frequentemente apresentada, como explicação para a rejeição do Evangelho, quanto o fato de que ele é antiquíssimo. Em geral, as pessoas deste século consideram que os crentes se acham nessa posição ou por serem lamentavelmente ignorantes ou, então, por se terem tornado retrógrados e se recusarem a enfrentar os fatos. Para o homem moderno, nada é tão ridículo como a sugestão de que tudo quanto ele precisa hoje em dia, é de algo que vem sendo continuamente oferecido à humanidade por quase dois mil anos. Na realidade, o homem moderno recebe como insulto a afirmação de que, apesar de todo o seu conhecimento, progresso e sofisticação, espiritualmente falando ele permanece precisamente na mesma condição na qual têm estado todos os homens, através da longa história da humanidade. Ele supõe que qualquer coisa que seja muito antiga não pode ser adequada para satisfazer as necessidades da situação moderna. Por esse motivo, a vasta maioria das pessoas nem ao menos pára, a fim de considerar o Evangelho. Argumentam elas que algo tão antigo não pode ser relevante para os nossos dias...

O problema crucial do homem não é a sua própria pessoa, nem a sua felicidade, nem as condições que o circundam, enquanto se encontra neste planeta. O problema crucial do homem é o seu relacionamento com Deus, tanto agora como na eternidade. Deus é eterno, imutável e absoluto. Por conseguinte, quão grande tolice é argumentar que o homem moderno necessita de um novo remédio ou de uma nova modalidade de salvação, ao invés do "Evangelho da glória do Deus bendito" (1Tm 1.11), o qual se acha, exclusivamente, em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...

É somente e sempre em Cristo que encontro satisfação. O mundo, com todos os seus métodos, não pode ajudar-me em meu momento de maior necessidade. Mas Cristo nunca falha. Ele, em todos os aspectos, sempre nos satisfaz. Cristo continua sendo a única esperança para cada um dos homens; a única esperança para o mundo inteiro. O Evangelho ainda é relevante? Sua antiga mensagem continua adequada? A resposta é que somente o Evangelho é relevante. Somente ele pode cuidar dos problemas do homem e dar-lhes solução.

Do livro "Sincero mas Errado" - Editora Fiel - Esgotado. Leia os comentários ao livro no endereço http://kiestoulendo.blogspot.com/2008/10/sincero-mas-errado.html

19 outubro 2008

APOSTASIA: PERIGO DE MORTE!













Por Jonh MacArthur*

Observe, em primeiro lugar, que Judas exorta os seus leitores a lembrarem-se daquilo que foi profetizado. Afinal de contas, os apóstolos avisaram que falsos mestres viriam. As palavras de Judas são quase uma citação exata de 2 Pedro 3.3. Fica claro que essa era a profecia à qual Judas se referia.
A questão em pauta é a seguinte: mais uma vez, Judas está ressaltando que Deus é soberano e não perdeu o controle da situação. Ele volta a lembrar aos seus leitores que a afluência de falsos mestres para dentro da igreja não significa que o plano de Deus se estragou. Deus não foi pego de surpresa por esse acontecimento; sua Palavra o profetizou. Mesmo nas piores circunstâncias, podemos ter certeza de que nada acontece sem que Deus o saiba de antemão. Ele até mesmo nos contou que devemos esperar uma afluência da apostasia. Fomos advertidos a seu respeito, e ela já chegou.
Portanto, nosso dever é reagir corretamente. Não devemos ficar surpresos quando os falsos mestres aparecem nas igrejas; pois devíamos ter antecipado esse fato e nos preparado para ele. É um aviso para acordarmos. Quando uma fonte totalmente fidedigna nos avisa que os terroristas estão chegando, cumpre-nos descobrir quem são eles e desmascará-los, antes de causarem danos.
Os evangélicos contemporâneos não têm desculpas para não serem vigilantes. Já fomos advertidos - repetidas vezes. Jesus ordenou que ficássemos alertas contra falsos cristos e falsos profetas. Na era apostólica encontramos vários exemplos de lobos vestidos de ovelhas. Mais exemplos, um após outro, estão espalhados na história da igreja. Somente a incredulidade pecaminosa e deliberada pode explicar por que tantas pessoas nas igrejas se recusam a prestar atenção a tais advertências.

*Extraído do livro "A Guerra Pela Verdade" - Ed. Fiel - click Aqui para comprar o livro.
Leia os comentários ao livro no endereço http://kiestoulendo.blogspot.com/2008/09/guerra-pela-verdade.html

09 outubro 2008

CREDO*













Por Steve Turner


Cremos em Marxefreudedarwin.
Cremos que tudo está bem,
desde que você não prejudique ninguém,
quanto você possa definir prejudicar,
e quanto você possa saber.

Cremos no sexo antes, durante
e depois do casamento.
Cremos na terapia do pecado,
Cremos que o adultério é uma brincadeira.
Cremos que a sodomia é correta.
Cremos que os tabus são tabus.

Cremos que tudo está ficando melhor,
apesar da evidência contrária.
A evidência precisa ser investigada,
e não se pode provar nada com evidência.

Cremos que há algo nos horóscopos,
nos OVNI's e nas colheres entortadas;
Jesus era um bom homem, como Buda,
Maomé e nós mesmos.
Ele foi um bom mestre de moral, embora achemos
que o seu bom ensino moral era nocivo.

Cremos que todas as religiões são basicamente a mesma coisa
- pelo menos aquela sobre a qual lemos.
Todas elas crêem no amor e na bondade.
Só divergem nas questões da criação,
do pecado, do céu, do inferno, de Deus e da salvação.

Cremos que após a morte vem o nada,
porque, quando você pergunta aos mortos o que acontece,
eles não dizem nada.
Se a morte não é o fim, se os mortos mentiram,
então o céu é compulsório para todos,
exceto, talvez,
Hitler, Stalin e Genghis Khan.

Cremos em Masters e Johnson.
O que se seleciona é a média.
O que é a média é normal.
O que é normal é bom.

Cremos no desarmamento total.
Cremos que há elos diretos entre a guerra e o derramamento de
sangue.
Os americanos deveriam fundir as suas armas e transformá-las em
tratores,
e certamente os russos os imitariam.

Cremos que o homem é essencialmente bom.
É somente o seu comportamento que o faz cair.
É culpa da sociedade.
A sociedade é o defeito das condições.
As condições são o defeito da sociedade.

Cremos que cada homem deve descobrir a verdade
que é certa para ele.
Consequentemente, a realidade se adapatará.
O universo se reajustará.
A história mudará.
Cremos que não há verdade absoluta,
exceto esta:
Não há verdade absoluta.

Cremos na rejeição dos credos,
e no florescer do pensamento individual.

* Sátira em forma de poema que reflete detalhamente o pensamento pós-moderno, e é fácil perceber no cotidiano como as pessoas fazem deste credo uma profissão de fé equivocada.
Extraído do livro Pode o Homem Viver Sem Deus, Ravi Zacharias, Ed. Mundo Cristão, pg. 71-73
Leia meus comentários ao livro AQUI