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Por Kris Lundgaard
Um homem na História passou por esse teste com grande sucesso: José. A resposta que ele deu à esposa do seu patrão nos ensina o duplo dever da mente que é a nossa primeira linha de defesa contra os enganos da carne:
“E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela” (Gn 39.6-10).
A mente de José estava protegida por dois pensamentos: a mesquinhez do pecado (Como pois faria eu tamanha maldade?) e a graça e bondade de Deus... (Como, pois... pecaria contra Deus?). Como a sua mente estava preparada para a ação (1Pe 1.13-16), ele podia ver além do engano da carne e resistir à tentação – ainda que ela fosse aterradoramente poderosa e resistir custaria a ele mais do que a maioria dos homens poderia suportar. Ele arriscou a sua vida, mas não pecou.
Lembre-se de que a mente é a sentinela da alma, encarregada de julgar e determinar o que é bom e agradável a Deus, de maneira que as afeições possam desejar ardentemente por ele e a vontade o possa escolher. Se a mente falhar na identificação de um pecado como sendo mal, depravado, vil e amargo, as afeições não estarão a salvo de aderir a ele e nem a vontade de dar o seu consentimento. Esse é um lado do muro do castelo, a primeira linha de defesa: Ter em mente que com cada pecado estamos abandonando Deus (Jr 2.19), para nunca esquecer o poder poluente, corrupto e contaminador do pecado – ser sacudido até o âmago pelo ódio que Deus tem ao pecado.
Quando Paulo disse que o amor de Cristo o compelia (2 Co 5.14), ele descreveu o outro lado dessa primeira defesa: A mente precisa se fixar em Deus, especialmente na sua graça e bondade para conosco. O seu amor nos impulsiona, nos estimula e nos leva a obedecer. Ele é a fonte da nossa obediência, e o nosso mais alto motivo para descobrir o que agrada ao Senhor e fazer isso.
Para andar diante de Deus, este é o primeiro dever da mente: Conhecer e agarrar-se ao mal do pecado e ao amor de Deus. Foi assim que José suportou a esmagadora tentação.
Do livro O Mal Que Habita Em Mim - Editora Cultura Cristã - www.cep.org.br
Por Marcos David Muhlpointner
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. (...) Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!”
Já abordei esse texto num outro artigo que escrevi há dois anos. Mas como esse trecho da pregação de Jesus é muito importante, resolvi abordá-lo com outro enfoque dessa vez. Por acaso você está certo em tudo que diz, pensa e faz? Você está correto nas avaliações que faz da sua vida profissional, sentimental, familiar e social? Com relação ao cotidiano que você mesmo construiu, ele está correto? Ou tem alguma coisa errada? Estas questões são muito subjetivas e, dependendo do seu grau de humor, é possível que você me responda que eu não tenho nada a ver com isso. Ora, a vida é sua. E eu não tenho o direito de me meter na sua dieta, na qualidade do seu sono, se você gosta ou não da sua vida profissional, etc.Texto gentilmente cedido por "Música, Ciência e Teologia", disponível originalmente em http://marcosdavidm.blogspot.com/2009/01/avaliao-e-o-julgamento-mateus-71-e-20.html
Por Natan Oliveira
Hoje em dia existe certamente uma fome das pessoas pelo que é sagrado, pelo que é santo, pelo que é místico.
De uma forma que eu não consigo ainda explicar, Deus “permite” que assim seja. Muitas pessoas são alcançadas pelo Evangelho com uma pregação superficial da revelação divina.
Mas das minhas andanças e conversas com as pessoas, penso que algumas delas, se não a maioria, todas autonominadas como cristãos, caso lhes fosse revelado pelo Senhor um pouquinho mais do que Ele é, e estas pessoas o rejeitariam totalmente a ponto de odiá-lo até.
Vamos testar pela escritura até onde você se enquadra neste tipo de crente nominal, que diante da revelação total de Deus, rapidamente deixará de amá-lo.
“O Senhor faz tudo com um propósito; até os ímpios para o dia do castigo.” (Provérbios 16.4). Duras palavras não é mesmo. Então você ama um Deus que cria algumas pessoas para serem ímpias e para serem condenadas por esta impiedade que Ele mesmo criou para elas? Vai odiar a Deus?
“Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.” (Provérbios 16.9). Certamente que você deu passos em falso. Verdadeiras bobagens já foram feitas por você, que tem vergonha até de lembrá-las. Você aceita que até elas, estes pecados dos quais você se envergonha, tenham sido determinados pelo Senhor? Vai odiar a Deus?
“Todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” (Salmos 139.16). Você certamente já teve dias maus, dias ruins, continua amando a Deus sabendo que todas estas coisas ruins que aconteceram na sua vida foram determinadas antes que você nascesse? Vai odiar a Deus?
“O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer.” (Provérbios 21.1). Onde é que ficou o suposto livre-arbítrio do coração do rei? Quem o dirige, o tal do livre-arbítrio do rei, não é o Senhor? Então o rei não tem livre-arbítrio! O Senhor arbitra. Você consegue amar um Deus que coloca escolhas no coração dos homens, inclusive no teu? Vai odiar a Deus?
“Todos os povos da terra são como nada diante dEle. Ele age como lhe agrada com o exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: ‘O que fizeste?’” (Daniel 4.35). Você já cantou aquele corinho que diz “... quero que valorizes o que tem, você é um ser, você é alguém, tão importante para Deus... ?”, já cantou este corinho? Que tal cantar um outro impopular, que nem existe que diria que você e mais todos os povos da terra não são nada diante de Deus? Você consegue amar este Deus? Vai odiar a Deus?
Duras palavras.
Eu poderia ir discorrendo pela Bíblia toda, e livro por livro mostrar a você que é possível que você nem conheça de fato o Deus que você adora. Se é que você adora o verdadeiro Deus? Se é que você não adora na realidade uma imaginação falsa de Deus, portanto se é que você não é um idólatra?
E Deus odeia a idolatria.
Vai parar de ler?
Ou vai tremer diante deste Deus TODO PODEROSO, que se revela nas escrituras, e HUMILHADO vai adorá-lo.
Agora você entende porque é impossível crer no verdadeiro Evangelho se você não for movido por Deus para isto?
É isto mesmo, o Evangelho é uma loucura total. Impossível aceitar tais palavras, das quais alguns textos eu citei acima, se não for pelo poder do Espírito Santo.Se você não crê nos textos acima, creia pelo menos nas palavras de Jesus que disse: “... É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai.” (João 6.66)
Você acha que crê pela escolha do teu livre arbítrio? Você não acabou de ler que Jesus mesmo diz que você só crê por que esta capacidade lhe foi dada?
E que dizer de Jesus, nosso Senhor, quando diz “A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora, todas estas coisas se dizem por parábolas. Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes seja perdoados os pecados” (Marcos 4.11-12).
Será isto mesmo? Leia novamente o parágrafo acima!Jesus está dizendo que falava por parábolas para que eles não entendessem mesmo? Jesus só explica as parábolas para os seus, mas para os outros fala difícil para que continuem sem entender e sem se converter?
Estou ficando louco? Me digam vocês? Vocês conseguem amar este Deus? Você vai odiar a Deus?Eu tremo todo diante deste Deus.Eu choro diante da Sua Presença, só de lembrar que dentre milhões de pecadores, e eu igualzinho a eles ou pior, e assim mesmo Ele me escolheu salvar.
Você pode até odiar este Deus, mas eu amo, e vou amá-lo eternamente pois Ele, este tremendo Deus, me escolheu não para a ira, mas para a salvação. Louvado seja Deus, pois não me falou por parábolas, mas se revelou a mim pelo seu Espírito Santo.
Como você reagirá?
Existe dois caminhos, pode dizer como já disseram:“Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6.60)
Ou ainda reagir assim:“Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.” (João 6.66)
Ou poderá reagir assim, que é de fato o meu desejo e a minha oração:“Senhor, salva-me...” (Mateus 14.30)
Chega de Evangelho superficial, aproxime-se de Deus, estude a Palavra que nos foi revelada, aproxime-se de Deus com temor, e creia Nele.
Mas não se glorie, se você crer, na realidade isto mostrará que quem operou este crer em você foi Ele mesmo.
Do contrário, caso você tenha chegado ao fim deste texto, certamente dirá com os seus pensamentos que eu fiquei louco.
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Coríntios 1.18).
Fonte: Reflexões Reformadas
O texto original pode ser acessado em http://oliveira-reflexoes-reformadas.blogspot.com/2007/11/reflexo-revelao-superficial.html
Dr. D. Martyn Lloyd-Jones
O Evangelho de Jesus Cristo confronta e desafia o mundo moderno com a declaração de que somente o Evangelho tem a resposta para todas as perguntas do homem, bem como a solução para todos os seus problemas. Em um mundo que procura saída para suas tragédias e tribulações, o Evangelho anuncia que a solução já se acha disponível. Em um mundo que olha ansiosamente para o futuro e que fala em planos relativos a ele, o Evangelho proclama que esta busca por outra saída não apenas está errada quanto à sua direção, como também é inteiramente desnecessária. O Evangelho denuncia o hábito fatal de acontecer e afirma que tudo quanto é necessário para os homens, individual e coletivamente, já foi posto à disposição da humanidade há quase dois mil anos. Pois, a mensagem central do Evangelho para os homens é que tudo quanto é mister para a salvação deles se encontra na pessoa de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus. O Evangelho proclama que Cristo é a revelação plena e final de Deus. Em Cristo, em sua vida e em seus ensinamentos vemos aquilo que o homem deve ser e qual o tipo de vida que ele deve viver. Na morte de Cristo sobre a cruz, podemos ver o pecado do mundo finalmente desmascarado e condenado. Através de sua morte, vemos o único meio pelo qual o homem pode reconciliar-se com Deus. É exclusivamente dEle que podemos receber vida nova, obtendo um novo começo. Somente quando recebemos dEle o poder, então podemos viver aquela vida que Deus tencionou que vivêssemos.
De fato, o Evangelho vai mais adiante e assegura-nos que Cristo está assentado à mão direita de Deus, em poder reinante, e que continuará a reinar até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. O Evangelho proclama que chegará o tempo quando, ao nome de Jesus, se dobrará "todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra" (Fp 2.10). Portanto, o Evangelho de Jesus Cristo confronta o homem, exorta-o a arrepender-se dos seus pecados e a olhar para aquela Pessoa sem par, que esteve nesta terra há quase dois mil anos passados, a única em quem se pode achar a salvação.
No entanto, todos temos consciência de que a expiação operada por Cristo, conforme apresentada nas Escrituras, é altamente desagradável para a mente moderna. Não existe razão tão frequentemente apresentada, como explicação para a rejeição do Evangelho, quanto o fato de que ele é antiquíssimo. Em geral, as pessoas deste século consideram que os crentes se acham nessa posição ou por serem lamentavelmente ignorantes ou, então, por se terem tornado retrógrados e se recusarem a enfrentar os fatos. Para o homem moderno, nada é tão ridículo como a sugestão de que tudo quanto ele precisa hoje em dia, é de algo que vem sendo continuamente oferecido à humanidade por quase dois mil anos. Na realidade, o homem moderno recebe como insulto a afirmação de que, apesar de todo o seu conhecimento, progresso e sofisticação, espiritualmente falando ele permanece precisamente na mesma condição na qual têm estado todos os homens, através da longa história da humanidade. Ele supõe que qualquer coisa que seja muito antiga não pode ser adequada para satisfazer as necessidades da situação moderna. Por esse motivo, a vasta maioria das pessoas nem ao menos pára, a fim de considerar o Evangelho. Argumentam elas que algo tão antigo não pode ser relevante para os nossos dias...
O problema crucial do homem não é a sua própria pessoa, nem a sua felicidade, nem as condições que o circundam, enquanto se encontra neste planeta. O problema crucial do homem é o seu relacionamento com Deus, tanto agora como na eternidade. Deus é eterno, imutável e absoluto. Por conseguinte, quão grande tolice é argumentar que o homem moderno necessita de um novo remédio ou de uma nova modalidade de salvação, ao invés do "Evangelho da glória do Deus bendito" (1Tm 1.11), o qual se acha, exclusivamente, em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...
É somente e sempre em Cristo que encontro satisfação. O mundo, com todos os seus métodos, não pode ajudar-me em meu momento de maior necessidade. Mas Cristo nunca falha. Ele, em todos os aspectos, sempre nos satisfaz. Cristo continua sendo a única esperança para cada um dos homens; a única esperança para o mundo inteiro. O Evangelho ainda é relevante? Sua antiga mensagem continua adequada? A resposta é que somente o Evangelho é relevante. Somente ele pode cuidar dos problemas do homem e dar-lhes solução.
Do livro "Sincero mas Errado" - Editora Fiel - Esgotado. Leia os comentários ao livro no endereço http://kiestoulendo.blogspot.com/2008/10/sincero-mas-errado.html