"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

08 outubro 2011

Mais sobre o orgulho arrogante















Por Roberto Vargas Jr.

Numa postagem recente mencionei o pecado do orgulho arrogante, ou o "complexo de Jesus Cristo": "Sem mim nada podeis fazer". Assistindo um trecho de um filme ontem percebi um complexo parecido...

O filme falava de uma mãe cristã e um filho gay. À parte de qualquer estereótipo que possa haver no cristão e no gay, chamou-me a atenção o diálogo em que o gay diz: "Eu sou assim". Não devo entrar no mérito de quaisquer possíveis determinações. Menos ainda nas possíveis do homossexualismo, se houver. O que vale ressaltar aqui é o "complexo de Jeová": "Eu Sou".

Esta é uma muito comum tanto acusação contra a redenção quanto uma desculpa para os pacados comitidos: "pau que nasce torto, cresce e morre torto". Bem, eu creio na depravação total, tal como revelada, e por isso digo que, sem Deus, é mesmo impossível ao homem endireitar-se. Mas eu creio também na redenção, pelo que, com Deus, o torto pode se fazer reto. Não posso, portanto, concordar com acusação e desculpa.

Nem posso deixar de ver aqui o mesmo orgulho: "vocês serão como Deus". Não somos necessários nem eternos. E, principalmente, não somos imutáveis nem livres (entenda-se aqui "autonomos, livres ou independentes de Deus"). E é, talvez, neste desejo de liberdade, a tal busca da felicidade que faz do homem o centro de seu universo, que reside todo o efeito da queda.

De fato! Conhecemos o bem e o mal, não precisamos mais de qualquer tutela divina. Não, melhor: nós mesmos ditamos o que é o bem e o mal. E porque somos assim livres, tornamo-nos escravos de nós mesmos, acreditando que aquilo que pensamos que somos faz aquilo que realmente somos. E então temos não só nós mesmos, mas todo um mundo à nossa imagem e semelhança. Pobre homem livre...

Bem, talvez passemos uma vida lutando contra alguma possível determinação, se houver. Mas feliz é o homem que se vê tal qual é, que conhece sua contingência e o quanto é efêmero. Este homem também sabe que a eternidade cala em seu coração, um coração inquieto enquanto a Eternidade não o habita e ele nEla não repousa... E ele clama para que Aquele que É, o Imutável, o Eu Sou, ele clama para que Ele o molde em sua contigência, frágil e mutável, para que seja conforme Ele quer que este homem seja...

Então este homem é verdadeiramente livre, pois aqueles que o Filho libertar...

SOLI DEO GLORIA!

Nota: A fota nesta postagem não consta no original.

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