"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

08 julho 2011

Cego guiando cegos: quem é culpado?











Por Jorge Fernandes Isah

Eclestone perguntou[1]: "Um pastor, ou psicoterapeuta, ou mesmo uma pessoa, pode destruir espiritualmente a vida de outra pessoa pelo simples motivo de indiferença ou de conduzi-la por um caminho trevoso e tempestuoso, sem tirar da pessoa sua responsabilidade pessoal pelo que fez ou faz em sua vida?"
Eu respondi: Se entendi o que você quis dizer, o pastor ou psicólogo será responsabilizado por suas atividades, sejam conscientes ou não. A Bíblia nos exorta a não ser pedra de tropeço para alguém, nem levá-lo ao escândalo[2], e o Senhor Jesus disse, falando aos fariseus, que eles tentavam impedir de entrar no céu aqueles que estavam entrando[3]. Trocando em miúdos, quem estava entrando no céu não poderia deixar de entrar, mas os falsos mestres tentavam de todo jeito impedi-los, como mensageiros de satanás.
Muitos serão usados conscientemente, com a certeza de que estão errados e mesmos assim querem prosseguir no erro, pois realizam a obra do pai deles, o diabo, disseminando-o e levando outros aos erros. Outros pensarão que estão certos, são os impedidos de ver os próprios erros, de tal forma que os consideram acertos. Em ambos os casos, são cegos guiando cegos[4].
Por outro lado, quem os segue, seja consciente [sabendo do erro e mesmo assim assumindo-o] ou inconscientes [acreditando que o erro é o certo], são igualmente cegos sendo guiados por cegos; pois não foram diligentes nem prudentes, antes deram ouvidos ao engano, e terminarão ambos no mesmo lugar de tormento.
Tanto quem guia como quem é guiado é culpado pelos erros, sendo que o "guia" comete-o duplamente: ao se autoenganar e levar outros ao engano, sejam conscientes ou não. É impossível se transferir a responsabilidade decorrente dos erros pessoais a outros, ou melhor, a culpa pelos erros a outros. Elas somente podem ser imputadas a quem os cometeu, aos que forem praticantes do erro. Veja o caso de Adão e Eva no Éden, mesmo iludidos e enganados pela serpente, foram responsabilizados pelos seus pecados, a desobediência a Deus, e por isso, como castigo, morreram, física e espiritualmente.
Contudo, se forem eleitos, quem guia e é guiado, em determinado momento, Deus os resgatará do pecado, se arrependerão e terão as vidas restauradas, estando livres do pecado. Como o salmista diz, suas almas serão mais brancas do que a neve[5]. Se não forem eleitos, o castigo que sobrevirá sobre eles é certo e justo, e ambos pagarão por disseminar o erro e por aceitá-lo. O pecado ser-lhe-á imputado, e a punição e condenação sobrevirá sobre eles no dia do Juízo.
Notas:[1] Eclestone é um nome fictício, mas a pergunta e a minha resposta são reais.
[2] O sentido de escândalo na Tradução Almeida Fiel, da SBTB, do texto de 1Co 8.13, é o de levar alguém ao erro, induzi-lo ao pecado, provocá-lo ao mal; o mesmo significado de "pedra de tropeço" existente na Tradução Brasileira da SBB.
[3] Mt 23.13: "Mas aí de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrias nem deixais entrar aos que estão entrando" [Almeida Fiel].
[4] Mt 15.14: "Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova" [Almeida Fiel].
[5] Is 1.18: "Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" [Almeida Fiel]

2 comentários:

Anônimo disse...

esse tipo de mensagem, ou alerta, não chama a atenção de pessoas preocupadas somente com seus interesses. Enquanto que num passado bem próximo, antes da internet as pessoa eram cegas, pois não tinham conhecimento das verdade bíblicas e das atitudes das lideranças. Hoje todos conseguem enxergas, mas estão amordaçados pelos pastores: se alguém comentar algo errado; segundo eles : isso é julgar, condenar e não se pode tocar nos ungidos de "deus"

Anônimo disse...

Parabéns, um estudo muito raro nos dias atuais. verdade que liberta!