Por Jorge Fernandes Isah *
O rótulo é algo inevitável para o homem que precisa se identificar e identificar aos outros, sendo muito mais uma definição estética que moral. E entre os evangélicos há tantos dísticos que ficamos perdidos; muitos deles apenas estéticos, e alguns nem tão morais. Por exemplo, a questão da salvação é algo moralmente distorcida em nossos dias. Prega-se que o homem pode "aceitar" a Cristo, e o mesmo que O aceitou pode "rejeita"-lO, como se fosse o escolher brócolis no almoço e filé no jantar. Não se pode tratar Deus como um tubérculo ou leguminosa acomodados no freezer, o qual retira-se e coloca-se quando e onde quiser. Jesus disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós” [Jo 15.16].
A causa de muitas profissões de fé falsas é a idéia errada de que posso aceitar e depois rejeitar a Cristo, e mais à frente aceita-lO novamente, e caso não queira mais, desprezá-lO quantas vezes quiser até que venha a “recebe”-lO, se houver tempo. Não é algo definitivo, nem mesmo é uma hipótese de definição, é efêmero e vacilante, podendo suceder-se por inúmeras vezes. Esse tipo de salvação é moralmente bíblico? Ele pertence à categoria do nascer de novo ao qual o Senhor Jesus afirmou ser necessário para se ver o reino de Deus? [Jo 3.3].
Ao depender de mim, da minha vontade e, especialmente, dos "métodos" para se "convencer" alguém de que uma vida com Cristo é o melhor, a minha salvação seria moral? Como pode um homem caído, separado de Deus em seus pecados ser moralmente apto para se reconciliar com o Senhor santo e justo? “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” [1Co 2.14].
Ao aceitá-lO, sou o agente moral, e, portanto, habilitado a estabelecer a comunhão com o Todo-Poderoso, o qual é passivo, dependente da minha vontade? E ao aceitá-lO e rejeitá-lO diversas vezes sou moral ou amoral? Responda-me: é realmente melhor ser um cristão? Já imaginou os sacrifícios, os obstáculos, as renúncias que temos de fazer num mundo que odeia a Deus e que apela tão baixamente para o que de pior existe em nós? Se é tão bom ser crente, porque não o fomos antes? Porque somente agora e não um ano atrás? O que mudou em minhas convicções e natureza que me motivaram a aceitar Cristo e servi-lO? Porque “decidi-me” pelo Deus bíblico, ao invés de permanecer com o deus genérico, popularizado, mistificado e comercializado por tantas religiões e sistemas filosóficos?
O Deus bíblico, verdadeiro e único não pode ser passivo. Ele não fica de braços cruzados esperando as coisas acontecerem, alheias à Sua vontade, sem intervir direta e propositadamente, visto ser o Agente, o Autor de toda a criação, Aquele que atua na história, que determina todos os atos no universo [Ex 33.19; Is 14.24;27; Rm 9.15], os quais foram estabelecidos soberanamente antes da fundação do mundo. Portanto, o Deus bíblico não pode ser rejeitado impunemente. Não pode ser desprezado sem que aquele que o desprezou sofra as conseqüências do seu ato. O Deus bíblico não reconhece o homem como seu filho se ele permanecer "amoldado" à sua natureza pecaminosa. Para isso, é necessário que o nosso ser seja transformado, que esse homem renasça em Cristo, e pela ação do Espírito Santo, o caráter do Senhor seja implantado, pouco a pouco. Assim, regenerados, somos então capacitados a reconciliar-nos com Deus, ou a “aceitá-lO”; não sendo mais passivos no pecado, mas ativos em santidade. Sem isso, somos criaturas rebeldes, incomunicáveis com o Altíssimo, destinados à Sua ira, a perecer eternamente, sem jamais ser filhos e templo do Espírito Santo. Então, não é uma questão de escolha, mas de QUEM escolhe, e Deus escolhe, “Para que nenhuma carne se glorie perante ele” [1Co 1.29].
Se sou eleito de Deus, Ele jamais permitirá que eu me perca novamente, que eu volte ao reino de trevas, ao mundo caído de Satanás. Esta é a Sua promessa aos Seus escolhidos, porque “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”, disse Jesus [Jo 6.37].
O arminianismo, e o seu pai, o pelagianismo, são a razão do vai-e-vem sem fim nas cadeiras das igrejas, onde os crentes de hoje serão incrédulos amanhã, podendo novamente ser crentes, e por fim, apostatarem tempos depois; visto que a salvação é como uma partida de pingue-pongue; e não consigo imaginar-me disputando um jogo em pé de igualdade com o Todo-Poderoso, Criador, Salvador e Senhor, e ainda por cima, derrotá-lO. A salvação passa a ser uma pilhéria, e o Senhor motivo de escárnio, tais as possibilidades de variações quanto ao estado de salvo e perdido, quanto a uma insegurança que denota a fragilidade de um deus criado na mente corrupta e insana do homem... que nada tem a ver com o Deus Tri-uno, poderoso e Senhor de todo o universo.
É possível que esse homem que crê deter o poder de "eleger" a Deus tenha a certeza da salvação? Visto que não há nada que a assegure, apenas e tão somente a vontade do próprio homem? O qual é fraco, volúvel, obstinado em sua pecaminosidade, bastando apenas o mudar para se perder outra vez? Ele pode afirmar-se salvo, se ele mesmo não o sabe nem tem certeza se o será?
O homem deu um tiro no pé! Ao supor-se detentor de um poder que não possui. É ilusório, terrível, maligno. Pois nos dá uma sensação de liberdade irreal, impossível de nos levar a decidir por Deus, na medida em que ela é incapaz e inadequada de nos levar a escolhê-lO; pois o livre-arbítrio pressupõe o homem tanto bom como mau, contrapondo-se ao ensinamento bíblico, o qual assevera ser o homem essencialmente mau; “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” [Rm 3.23]; “não há justo, nem um sequer” [Mq 7.2; Rm 3.10]; e “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal” [Jr 13.23]... Logo, o homem encontra-se completamente incapacitado de vencer o seu pecado.
A presunção é de que, se fazemos coisas boas e ruins, escolhas boas e ruins, elas indicam que sou capaz de eleger a Deus (pois rejeita-lO já o faço naturalmente, de manhã à noite); e de que esta escolha é não influenciada por alguma força, seja ela exterior ou interior; de que é isenta de causalidade, neutra, o que é utópico, pois somos sempre tomados por algum poder... a liberdade morreu no Éden com Adão e Eva, e estaremos sob o domínio de satanás até que o poder máximo do Senhor restaure-nos, e a liberdade seja finalmente ressuscitada.
Ainda que não possamos "ganhar" ninguém para Cristo, pois esse papel cabe ao Espírito Santo, o qual dá o convencimento ao homem do pecado, da necessidade de arrependimento, e a compreensão da obra salvadora do Filho de Deus, não podemos nos escusar de levar o Evangelho aos perdidos [Mt 28.19-20]. É uma ordem expressa do Senhor, não sendo condicional, mas imperativa. Como instrumentos, Deus nos usará para alcançá-los, não nos cabendo questionar os Seus sábios métodos, mas certificar-nos de obedecê-lO prontamente.
E, para que não reste dúvidas quanto à minha posição, creio na doutrina da Eleição do homem por Deus, e de que Deus escolhe quem salvará; é uma obra completa d’Ele, na qual somos como barro nas mãos do oleiro [Rm 9.21], em vista de sermos incapazes de “escolher” salvar-nos; pois jamais o homem escolheria a salvação se Deus não o movesse a ela... É uma discussão que se arrasta há séculos, mas a Bíblia é clara quanto ao assunto: a eleição é de Deus, e não do homem! Como acertadamente disse o profeta: “Do Senhor vem a salvação” [Jn 2.9], pois a glória é somente e completamente d’Ele.
Ah... ia me esquecendo... quanto ao rótulo, podem chamar-me calvinista.
* Texto escrito em Agosto de 2008
6 comentários:
Olá irmão. Eu o amo no Senhor,mas discordo de algumas de uas colocaçãoes. Em primeiro lugar a guerra contra o "livre-arbitrio" nem é um aguerra teológica, já que o conceirto filosófico sd elirvre arbítreo é posterior à revelação bíblica. Vamos ver a Bíblia com a própria Bíblia. As pessoas não escolhem a Deus, escolhem concordar, aceitar o que ele lhes diz. Deixando de isolar umverso, devemos lembrar que desde João capítulo 13 Jesus fala aos discípulos. Não a nós, ou a qualuwer pessoa depois deles. Logo João15:16 refere-se aos discípulos ( até 15: 26 )0 o que é confirmado em todo o capítulo 16. É verdae que no afã de aproprioarmos das promessas gerais citamos muitos versos e declarações feitas aos discípulos mesmo que muitas delas sejam repetidas depois aos demais e aos futuros crentes. Quanto a João 6:37 há apenas umaafirmação que Jesus jamasi lançará fora a pessoa que vai a Ele, num jesto UNILATERAL, porque ele é fiel. Não falhará enem nos trairá.Ainda sobre a escolha, Deus disse a Caim em Gênesis 4:6 e 7 :
E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
7
Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.
Deus diz a Caim, se você fizer o certo, ser aceito. Ou seja, se Caim mudar de atitude, escolher mudar de atitude, será aceito e elogiado. Se issop não é escolha, não saberemos o que será...
Quanto a Jeremias 13:23 não se pode esquecer o contexto, ou sej a quem fala, a quem fala e em que cenário há essa fala. Em Jeremias 13:15 "Povo de Israel é Deus quem está falando. Sejam humildes e prestem atenção" (peguei a niova tradução mas é igual em outras traduções) Ou seja o povo de Israel é que não podia mudar a sua cor,tirar as suas pintas, pois eles, os israelitas, tinham que fazer coisas más por ter sido ensinados a fazerem coisas ruins.
O catolicismo nunca valorizou a simples "aceitação", o aceitar a Cristo. Se o cristão evangélico valorizar outra coisa, conhecimento,teologia ( e não temos só uma , a própria igreja como instituição, etc isso será a decadência do evangelho. Aliás os paraprotestantes pregam a aceitação de suas dotrinas e não a Cristo. é isso aí.
Uma abraço irmão e de um modo ou de outro parabéns mais uma vez pelo blog.
Helvécio,
você é um grande amigo e irmão, e sei que sabe disso, mas já está ficando chata a sua insistência em dizer nos meus blogs e no seu que eu me apego ao convencimento extrabíblico.
Os versículos bíblicos citados neste texto o desmentem. Você pode até dizer que a minha interpretação está equivocada, que não sou capaz de fazer uma exegese a contento, mas dizer que meus textos e meu pensamento se pautam em conceitos extrabíblicos, já é demais!
Não vou refutar cada um dos seus comentário, porque não quero e acho desnecessário, tendo em vista a sua certeza e convicção. Mas uma coisa você está certo: a idéia do livre-arbítrio foi inserida no corpo de doutrinas cristãs pela porta dos fundos, exterior às Escrituras. Não há nela nenhuma referência explícita ou implícita ao livre-arbítrio. Ao contrário, há inúmeras referências explicitas e implícitas à idéia da eleição, de que Deus é quem escolhe o homem e não o contrário.
O que existe na verdade é teologia respaldada nas Escrituras, a qual é bíblica, e a teologia ou doutrina não-bíblica, sendo que a própria Bíblia trata de doutrinas divinas expondo-as como a verdade absoluta, enquanto trata as doutrinas não divinas ou heresias como falsas, enganosas.
A diferença é se a teologia provém do Evangelho de Cristo ou não. Dizer que a Bíblia não trata dessas questões (do Evangelho e do antievangelho) é não compreender a obra de Cristo; abrir mão da verdade e cultivar a ignorância; estar sujeito a todo o vento de doutrinas; e, até mesmo, fazer-se humilde e assim ser exaltado na humildade.
Veja bem, não estou falando que você age com nenhum desses motivos, mas apenas considero que você está defendendo e propagando a sua visão teológica; ou você pensa que não está falando teologia? Ao me pedir para não misturar a Bíblia com teologia, você já está misturando, ainda que pregue uma espécie de a-teologia.
Portanto, quer esteja eu certo ou não, quer você esteja certo ou não, o importante é que, doutrinária e teologicamente, estejamos consonantes com as Escrituras, a ecoar a voz do Espírito Santo que inspirou homens santos a escrever a revelação especial de Deus, e a nós de compreendê-las como a fidedigna e santa Palavra.
O resto é atirar num alvo e acertar outro. Ou acertar o próprio pé.
Por favor, não entenda a minha resposta como ofensiva, detratória ou mal-educada. Não é isso. Mas é que você me parece confuso e, as vezes, é melhor dar um tempo, e refletir naquilo que dizemos e temos tão arraigadamente cravado em nossa mente.
Do meu ponto de vista, faço as minhas colocações, certo de que não serei eu a convencer ninguém, assim como não fui convencido por ninguém além do próprio Espírito.
Grande abraço no Senhor!
Que Ele o abençoe imensamente e aos seus queridos!
Desculpe os erros de digitação...digitar no escuro e com um teclado preto, é fogo. Em primeiro lugar parabéns sinceramente por tudo que escreve. Você escreve ( e de forma primorosa e com bastante clareza todas as suas idéias ) sem contradição interna no que expõe. Aliás é um talento que você sempre teve, de articular, observar, escrever e o está usando magistralmente em relação às coisas de Deus.Trata-se de um posicionamento como o meu frente a tudo que está a nossa volta e particularmente a igreja. Não fico ofendido e nem desejo ofendê-lo e nem também que você se ofenda. Na verdade as suas colocações me motivaram a investigar várias coisas novamente e separei um bom tempo para ler as Escrituras, meditar mais nelas e refletir no que a Bíblia revela. Se leu algumas de minhas postagens certamente viu que não sou radical por radical em nenhuma colocação e nem conciliador gratuíto. Há coisa que não aceito ( e não são poucas ) há coisas que não faria ( e também constituem um bom número ). Não sou contra nenhum dos reformadores enão sei quantos ministros a frente das igrejas seriam capazes de travar lutas semelhantes em prol do reino de Deus hoje tais como as lutas travadas por eles no seu tempo. Também não sou contra a teologia e isso deixei bem claro em uma postagem e nem contra o conhecimento. Aliás o evangelho de João trata da relação fé e conhecimento ( se tiver tempo postarei algo sobre o assunto ). Se não me engano você bate pesado na teologia liberal, no armenianismo e nos modismos nas igrejas. E uma reflexão é necessária pois há uma falta de bom senso em não poucas ocasiões. Eu bato no comodismo de não poucos ministros que justificam a sua indolência no comodismo denominacional e corporativista ( e isso eu conheço na prática ). O fato de fazerem uma defesa teológica, que pode ser legítima, não justifica a pouca ou nenhuma paixão pelas almas. O fato de ser ou não calvinista, pentecostal ou não, reformado ou não, não impede na prática que ministro e pastores preguem mais o evangelho. Não sei porque não foi entendida a minha colocação que um combate ao erro só pode ser feito através de ação equivalente com o memso alcance, já que o erro se aproveita do vácuo deixado pela necessidade. Outra coisa é que afirmei que o valor do teólogo e da sua teologia reside no fato da fé, como crente a preceder. A grande maioria dos casos, pela formação característica da teologia, gera um teólogo mais incrédulo do que crente ( e não é por causa da teologia liberal )daí resultando um desastre pois "sem fé é impossível agradar a Deus".
Finalmente devo parabenizá-lo ( honrá-lo seria a palavra mais exata ) por sua dedicação e interesse exemplares com relação à grandiosa Palavra de Deus. Você é um excelente exemplo e essa importância dada a Palavra do Senhor em sua vida, não ficarão sem recompensa, certamente. Mais uma coisa se quizer excluir o primeiro comentário pode fazê-lo, ficou todo truncado e mal digitado.
Estamos detalhadamente em posições diferentes mas quanto ao Senhor Jesus o nosso amor é o mesmo. Que outras pessoas, muitas pessoas não deixem de ter a graça de tê-las em suas vidas, eleitas ou não, pois não há nenhum luxo ou virtude em perder a sua alma.
Um grande abraço e desculpe qualquer coisa.
P.S. Se acha que vou deixar de ler o seu blog...esqueça.
Helvécio,
desculpe a demora em responder. Ontem não foi possível acessar a internet por falta de tempo; dei apenas uma olhadinha na minha caixa de emails.
Bem, temos posições diferentes, mas como você disse, o que nos une é o amor do Senhor, e é por ele que estamos aqui agora conversando.
A impressão que me passa é de que você contrapõe teologia, como o estudo sistemático e intelectual das Escrituras com a fé e a vida cristã (a prática). Na verdade, uma não subsiste sem a outra; mas a prática cristã está diretamente ligada aquilo que compreendemos e interpretamos do texto sagrado. Se a doutrina é influenciada negativamente pela má interpretação, ela refletirá numa vida cristã falsa e enganosa. Se baseada na interpretação correta, redundará em frutos para o reino de Cristo.
O teólogo bíblico, como aquele conhecedor da vontade divina, jamais poderá deixar de proclamar o Evangelho de Cristo e viver uma vida cristã no corpo (a igreja). Isso valeria a desdizer ou anular tudo aquilo que ele diz ter aprendido; é negar todo o conhecimento adquirido.
Portanto, a razão (no sentido do estudo intelectual) não se contrapõe ou anula a fé, e vice-versa. Antes elas trabalham concomitantemente para glorificar a Deus.
A sua exortação em relação à inércia ou indolência de muitos líderes e membros é verdadeira, mas não será rejeitando o estudo que melhorará. Na verdade o que tem faltado para esse povo, o qual considero e chamo de cristãos nominais, é conversão, é regeneração, é novo-nascimento, é estar cativo a Cristo e a palavra.
Pois é impossível ao homem natural, por si mesmo, reconhecer Cristo e Sua obra. Sem o novo-nascimento operado pelo Espírito Santo, o coração de pedra permanece de pedra. É esse um dos motivos que "bato" no arminianismo, o qual coloca o poder transformador no próprio homem; mas sabendo que muitos arminianos são regenerados e novos homens em Cristo, pelo que Deus operou neles.
De forma alguma desejo que você me abandone (rsrs), nem deixe de ler o que escrevo, nem de criticar o considera errado. Gostaria apenas que você considerasse que ninguém vai até as Escrituras "neutramente", sem nenhum pressuposto, e de que interpretações "imparciais" são nada mais nada menos que falácias.
As quais podem ser destruídas pelo texto bíblico ou confirmadas.
No mais, permaneçamos no amor do Senhor, sabendo que a nossa vida já não nos pertence, mas a Ele.
Grande abraço no Senhor!
Cristo o abençoe imensamente!
Caríssimo Jorge,
É a primeira vez que estou vindo a este seu blog, o qual ainda não conhecia. E posso dizer que é muito bom também, tal qual o "Kálamos".
Quanto ao texto e à discussão com o Helvécio eu te compreendo. Efetivamente não há como partir da neutralidade, da ausência total de pressupostos na interpretação das Escrituras, conforme já discutimos alhures. O fato desse pressuposicionalismo não anula mesmo as interpretações, a menos que estejam por si mesmas eivadas de erros, heresias. Logo, não se deve culpar a teologia ou a cosmovisão nesse caso, mas, quem sabe, a própria metodologia que se perde pelo meio do caminho.
Sob tal argumento não se devem erigir muros contra a teologia, ou contra o intelectualismo, asseverando que tais instrumentos mutilam a Palavra. Quem deturpa a Palavra é o que faz mau uso desses métodos e não a teologia como instrumento propício e auspicioso para levar à revelação e ao pleno conhecimento de Deus. assim entendo.
Pois é amigão, voltarei aqui também mais vezes.
Um grande abraço,
Em Cristo,
Ricardo
Ricardo,
obrigado por sua visita aqui também.
Concordo plenamente com o que disse, reiterando que se não se tem os pressupostos corretos, se chegará as Escrituras lendo e interpretando o que não está contido nela.
Por isso se deve ter cuidado para não contaminar a leitura com conceitos extra-bíblicos.
Sabendo que o Espírito Santo guiará o crente, nascido-de-novo, no entendimento daquilo que Deus revelou.
Grande abraço, meu irmão!
Fique na paz de Cristo!
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