"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

08 fevereiro 2010

Louvor: Como Implodir a Doutrina



Por Jorge Fernandes Isah 
 
A afirmação de que o louvor pode ser qualquer coisa, de qualquer forma, e de que Deus nos aceita como somos, remete-nos à seguinte questão:
O Senhor aceita o pecador inconvertido e sem arrependimento que mantém-se em rebeldia, rejeitando a Cristo como único e suficiente Salvador? Ou será necessário que, primeiro, esse pecador seja regenerado por Cristo e transformado pelo Espírito Santo para arrepender-se e receber o perdão divino, e então ser aceito? Da mesma forma, qualquer coisa que se faça em nome da Igreja e na Igreja somente será reconhecida por Deus se obedecer aos preceitos definidos na Escritura, os principios estabelecidos pelo próprio Deus.
É possível uma adoração santa quando se apela para ritmos sensuais, com o único objetivo de entreter e saciar a carne? É possível que se execute igualmente danças muito parecidas com a "dança-do-ventre" nos cultos, e crer que se está agradando a Deus? É possível agradá-lO com um discurso humanista, que exalta o homem, em detrimento da pregação expositiva bíblica que exalta a Deus? É possível uma diversidade de técnicas mundanas subir ao púlpito (o pragmatismo, o servilismo ao pecado, a acomodação aos padrões do mundo), e agradar a Deus? É possível agradá-lO sem ser bíblico? Baseado apenas nas sensações e tentativas humanas? O homem natural certamente não verá problemas, e responderá acertivamente. Contudo, o homem espiritual, aquele que tem a mente de Cristo e foi regenerado, dirá não. Porque o princípio da verdadeira adoração não são os efeitos pirotécnicos, nem a multidão de gestos, nem o grito tronitruante, nem o suor, nem calafrios, nem comoção pública, nem o cair ou cacarejar, ou qualquer outro fenômeno bizarro. O preceito da verdadeira adoração é a obediência a Deus e a Sua palavra, as Escrituras Sagradas.
As igrejas começam sempre abrindo uma exceção em suas práticas, as quais consideram sem importância. E, normalmente, começa-se pela liberalidade na música, no louvor. Acontece que os bodes precisam de diversão constante, e estão ali para distrair e, num golpe final, destruir o rebanho (como objetivo, porém não alcansável, visto que as ovelhas de Cristo são salvas e jamais destruídas pelo inimigo). E como isso se dá? Primeiro, corrompe-se o louvor, onde a santidade dá lugar a toda prática profana, com a apropriação dos sentimentos e valores do mundo para depois, progressivamente, implodirem a doutrina e a validade escriturística.
É esse o caminho que os ímpios impõem à igreja enquanto irmãos sinceros, mas iludidos com as falsas promessas de resultados (e a ignorância escriturística é fundamental para se manter crentes em estado de coalizão com as forças malignas; os quais veem erroneamente os valores humanos como sendo de Deus), permitem-se cair na blasfêmia, no mundanismo, na rebelião e no desprezo ao Senhor.
A igreja que acredita louvar a Deus na carne (repito: com ritmos sensuais, contagiantes, eletrizantes, danças profanas, e técnicas do show business) está assentada no lamaçal do pecado, e receberá a disciplina ou a ira divina. Porque a verdadeira adoração não é uma isca para fisgar espectadores através da musicalidade profana, da pregação artificiosa e antibíblicas; a verdadeira adoração é a submissão do crente a Deus, sujeitando-se à Sua vontade, e porque não, trabalhar para manter os bodes e ímpios fora da igreja ao invés de chamá-los para um acordo de paz, onde os bodes não cumprirão a parte assumida, mas dissimuladamente buscarão dispersar as ovelhas, se possível fosse, destruí-las.
Infelizmente a maioria dos adoradores modernos enquadram-se na sentença de Paulo: "Segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus" (Rm 2.5).

2 comentários:

Marcos David Muhlpointner disse...

Jorge, apesar da Igreja de Cristo estar acima de qualquer manifestação cultural, época ou circunstância, nós, as pessoas que fazemos parte dessa Igreja, somos fruto do nosso tempo.

O apóstolo Paulo pregava onde o povo estava (até lembra a letra de uma música secular...rsrsrsrs), mas nunca abriu mão da fidelidade às Escrituras e ao Senhor. Paulo também era um homem fruto do seu tempo. Ele “filosofava” de igual para igual com os gregos e “judaizava” igualmente com os judeus.

Sinceramente, sou da opinião que a Igreja pode usar - não que deva - de tudo que está a disposição, desde que este tudo esteja abaixo de Jesus Cristo, o centro do culto.

Abração, Marcos.

Helveciop disse...

Mascos, concordo com você. Que há exageros certamente os há. Admiro o irmão Jorge e a sua iteligência, mas com certeza ele estpaa olhar para a
igreja ocidental, no máximo a norte americana e a brasileira onde estamos familiarizados com a música secular existente a nossa volta. E a igreja na África, na Rússia, no Japão, nos países árabes? Sons e harmonias diferentes e quase sempre derivadas da música secular. Qual e como era a música do salmos, se perdeu e não sabemos o seu som e a referência musicalde sua época. Há exageros? Certamente os há. Acho que é questão de ocupação de espaço. Se mais músicos talentosos e tendo experiências cprofuandas com Deus compuserem poderosas canções as mais medíocres perderão espaço. Dos mais de 500 hinos do Cantor Cristão ( dos quais gosto muito,por exemplo 123, 269, 328, e tantos outros...) poucos são
realmente mais cantados e eternamente lembrados. A grande maioria são simples repetições menos "belas". Não adianta reclamar. Haverá sempre alguém sinceramente ou mal intecionadamente fazzendo alguma coisa. Dizer que está errado só não basta. É um exercício. Trata-se de algo que pode ser aperfeiçoado ou não. Um abraço irmão Jorge e aos demais.