Por Jorge Fernandes Isah
Há um grupo de teólogos e discípulos que se diz nem arminiano nem calvinista, e se considera fora do escopo de qualquer dessas linhas teológicas. Levando-se em conta que, ou se glorifica a Deus crendo na Sua plena e total soberania (o que não pode ser uma soberania compartilhada), ou no homem e sua suposta liberdade, mesmo que seja de forma parcial; não há outra definição: ou se é calvinista ou arminiano, não existe outra classificação, apenas variações do mesmo princípio, ou como popularmente se diz, variações do mesmo tema.
O “novo” teólogo sequer estudou minimante os dois sistemas, e diz discordar mais pelo que não leu do que pelo efetivamente leu a respeito. Ainda assim, está convicto de não pertencer nem a um nem a outro grupo. Mas qual a base para afirmação tão inconsistente? A incoerência é uma delas. A soberba, outra. A vaidade exclusivista complementa o quadro, aliada à fraude. Porque assumir-se arminiano ou calvinista apenas o tornará mais um entre tantos, ao passo que afastar-se de ambos o colocará em uma posição aparentemente destacada, pelo menos aos olhos dos incautos e ignorantes. Alardear os erros alheios é mais fácil de se encobrir os próprios erros, e essa é a cortina de retalhos que utilizam para dissimular o próprio dolo.
O calvinismo está calcado em 5 pontos1:
1) Total Depravação;
2) Eleição Incondicional;
3) Expiação Limitada;
4) Graça Irresistível;
5) Perseverança dos Santos.
Se há discordância em apenas um dos pontos não se é calvinista, é-se arminiano (acho que foi McGregor Wright em seu “A Soberania Banida”2 que disse: o calvinista de 04 pontos é um arminiano inconsistente).
O que pode acontecer é do “arminiano inconsistente” não assumir a pecha de arminiano. Agindo assim, ele não abdicará do seu “exclusivismo”, e poderá atirar pedras no telhado alheio, tanto de um como do outro, sem se ver comprometido. Estará livre para criticar a tudo e todos sem qualquer base bíblica, coerente e lógica, pois seus fundamentos são exclusivamente pecaminosos (interesses a serviço do pecado).
É cômodo jogar com as pessoas, com as idéias, e manter-se distante num estado de expectação acintosa, tal qual o pirotécnico ateia faísca à lona e vê o "circo pegar fogo". Como se fosse um deus, colocar-se acima do bem e do mal, impondo regras e normas que ele mesmo recusa, enquanto observa seus subalternos debaterem-se esterilmente.
A principal forma de se conseguir isso é acusar de erro, indistintamente, toda e qualquer pessoa ou grupo que não pactue 100% com seus ideais (os quais nem ele mesmo sabe quais são, e por definição, o que há é apenas a rejeição aos conceitos alheios), e rechaçá-los totalmente. A obediência cega é o seu alicerce (ainda que fincada na areia), depois a edifica com paus, palha e feno, os quais são: forjar fatos, distorcer conceitos, subverter a verdade. Cabe-nos a defesa da fé, e refutar qualquer posição arrogantemente tola e descabida; e distinguir os fundamentos bíblicos dos espiritual e humanamente falhos.
Uma coisa é ser ignorante, desconhecer a doutrina cristã, outra é a desonestidade em que alguns se colocam como sábios mas são loucos, enredados pelo próprio desejo de serem admirados e venerados pelos homens por suas posições e atitudes pretensamente livres de qualquer influência (por si só, uma máxima arminiana). Eles enganam e iludem para manterem-se intocados, e suas idéias rotas e desvairadas permanecerem de pé, mesmo que não passem de um cadáver preso à parede por longos rebites.
Ao desprezar todos os sistemas, crêem descobrir a “roda”, quando o que fazem é repetir o erro de muitos teólogos que viveram séculos antes dele. Mas o pior é manter presos à ignorância uma legião de “súditos” devotados e cegos. Por isso, não querem se aprofundar na questão, nem entendê-la, basta deixar tudo do jeito que está, porque assim é mais fácil controlar e manter domesticado o rebanho de ovelhas perdidas.
Então, não nos iludamos com a pretensa sabedoria desses homens, pois eles são obscuros e querem manter nas trevas o maior número possível de pessoas. Para elas, infelizmente, manter-se-ão cativas mesmo na morte... eterna.
1- Para maior explicação dos pontos, ler texto em http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/joao_calvino_5pontos_silverio.htm
2- O comentário ao livro A Soberania Banida pode ser lido em http://kiestoulendo.blogspot.com/2008/05/soberania-banida.html e AQUI
3- O fato de considerar o arminianismo heresia não implica na perdição de todos. Creio que há arminianos sinceros, mas errados doutrinariamente. Até porque a salvação é inteiramente de Deus, e Ele escolhe quem será salvo ou não.
Texto publicado originalmente no blog Kálamos.
O “novo” teólogo sequer estudou minimante os dois sistemas, e diz discordar mais pelo que não leu do que pelo efetivamente leu a respeito. Ainda assim, está convicto de não pertencer nem a um nem a outro grupo. Mas qual a base para afirmação tão inconsistente? A incoerência é uma delas. A soberba, outra. A vaidade exclusivista complementa o quadro, aliada à fraude. Porque assumir-se arminiano ou calvinista apenas o tornará mais um entre tantos, ao passo que afastar-se de ambos o colocará em uma posição aparentemente destacada, pelo menos aos olhos dos incautos e ignorantes. Alardear os erros alheios é mais fácil de se encobrir os próprios erros, e essa é a cortina de retalhos que utilizam para dissimular o próprio dolo.
O calvinismo está calcado em 5 pontos1:
1) Total Depravação;
2) Eleição Incondicional;
3) Expiação Limitada;
4) Graça Irresistível;
5) Perseverança dos Santos.
Se há discordância em apenas um dos pontos não se é calvinista, é-se arminiano (acho que foi McGregor Wright em seu “A Soberania Banida”2 que disse: o calvinista de 04 pontos é um arminiano inconsistente).
O que pode acontecer é do “arminiano inconsistente” não assumir a pecha de arminiano. Agindo assim, ele não abdicará do seu “exclusivismo”, e poderá atirar pedras no telhado alheio, tanto de um como do outro, sem se ver comprometido. Estará livre para criticar a tudo e todos sem qualquer base bíblica, coerente e lógica, pois seus fundamentos são exclusivamente pecaminosos (interesses a serviço do pecado).
É cômodo jogar com as pessoas, com as idéias, e manter-se distante num estado de expectação acintosa, tal qual o pirotécnico ateia faísca à lona e vê o "circo pegar fogo". Como se fosse um deus, colocar-se acima do bem e do mal, impondo regras e normas que ele mesmo recusa, enquanto observa seus subalternos debaterem-se esterilmente.
A principal forma de se conseguir isso é acusar de erro, indistintamente, toda e qualquer pessoa ou grupo que não pactue 100% com seus ideais (os quais nem ele mesmo sabe quais são, e por definição, o que há é apenas a rejeição aos conceitos alheios), e rechaçá-los totalmente. A obediência cega é o seu alicerce (ainda que fincada na areia), depois a edifica com paus, palha e feno, os quais são: forjar fatos, distorcer conceitos, subverter a verdade. Cabe-nos a defesa da fé, e refutar qualquer posição arrogantemente tola e descabida; e distinguir os fundamentos bíblicos dos espiritual e humanamente falhos.
Uma coisa é ser ignorante, desconhecer a doutrina cristã, outra é a desonestidade em que alguns se colocam como sábios mas são loucos, enredados pelo próprio desejo de serem admirados e venerados pelos homens por suas posições e atitudes pretensamente livres de qualquer influência (por si só, uma máxima arminiana). Eles enganam e iludem para manterem-se intocados, e suas idéias rotas e desvairadas permanecerem de pé, mesmo que não passem de um cadáver preso à parede por longos rebites.
Ao desprezar todos os sistemas, crêem descobrir a “roda”, quando o que fazem é repetir o erro de muitos teólogos que viveram séculos antes dele. Mas o pior é manter presos à ignorância uma legião de “súditos” devotados e cegos. Por isso, não querem se aprofundar na questão, nem entendê-la, basta deixar tudo do jeito que está, porque assim é mais fácil controlar e manter domesticado o rebanho de ovelhas perdidas.
Então, não nos iludamos com a pretensa sabedoria desses homens, pois eles são obscuros e querem manter nas trevas o maior número possível de pessoas. Para elas, infelizmente, manter-se-ão cativas mesmo na morte... eterna.
1- Para maior explicação dos pontos, ler texto em http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/joao_calvino_5pontos_silverio.htm
2- O comentário ao livro A Soberania Banida pode ser lido em http://kiestoulendo.blogspot.com/2008/05/soberania-banida.html e AQUI
3- O fato de considerar o arminianismo heresia não implica na perdição de todos. Creio que há arminianos sinceros, mas errados doutrinariamente. Até porque a salvação é inteiramente de Deus, e Ele escolhe quem será salvo ou não.
Texto publicado originalmente no blog Kálamos.
4 comentários:
Querido daqui a pouco você irá desejar que as minhas férias acabem logo.Lá vem esse chato de novo.Conheço relativamente a história e a biografia dos reformadores os quais admiro. Viveram eles em uma época difícil e lutaram ardorosamente para que a Palavra de Deus se impusesse na sua época e futuramente. Eu porém não seria jamais Luterano,Calvinista ou Arminiano ou ficaria preso a qualquer pensador, teólogo , do passado ou moderno. A razão é simples e eu recomendo, que são as seguintes: 1ª) A bíblia completa como temos e o privilégio de a termos hoje completamente acessível é sufiente para conhecermos de Deus o que cada um de nós precisa ( nem todos poderiam saber tudo ) 2ª) A compreensão deles como a nossa é presa a cultura de sua época e aos embates e situação da igreja em sua época. 3ª) Saber tudo é uma ilusão e presunção. Gastaram a vida tentando fechar todas as questões teológias possiveis.4ª)Dos 50 milhões de calvinistas no mundo, incluindo-se aí todas as denominações norte americanas, européias e brasileiras tradicionais ou subsistem em uma frieza espiritual de dar dó ou são fonte de defesas e posturas anti bíblicas como ordenação de ministros homosexuais e ou aproximação com a igreja romana, ecumenismo, etc. Igualmente os que abraçaram o armianismo. Gastar gasolina com um lado ou outro é perda de tempo. A verdade Bíblica é anterior a reforma, que apenas a redescobriu e mesmo assim históricamente, parcialmente. Fizeram muito em seu tempo mas continuaram com o batismo infantil por exemplo. Mesmo que concordasse com todos os 5 pontos que definem o Calvinismo não diria que seria calvinista. Calvino foi servo, como foram Paulo, Pedro, Lutero, João Frerreira de Almeida e tantos outros anônimos. Merecem reconhecimento mas nada além disso. Sou crente na Biblia e cada dia aprendo o que é necessário e passível de ser praticado, e ora que não é fácil. Não sou de A, de B ou de c . Sou de Cristo.
Amo você. Você está corretíssimo em amar ao Senhor e a sua Palavra. O Senhor te abençoe sempre.
Helvécio,
em que ser calvinista é ser antibíblico? Posso provar biblicamente que um arminiano não é totalmente bíblico. Assim como posso provar biblicamente que um TJ's ou mórmon não é bíblico em nada. Você pode provar que um calvinista não é bíblico?
Entendo que um arminiano pode ser salvo (como muitos foram e serão); entendo que um calvinista pode ser salvo (como muitos foram e serão), mas também entendo que há arminianos e calvinistas no inferno fazendo coro aos TJ's e aos mórmons (aos quais é impossível a salvação se mantidos nos seus sistemas antibíblicos).
O calvinismo não é um conjunto de doutrinas extra-bíblicas, mas bíblicas. Não se opõem à Bíblia, mas torna-a sistematizada, revelando suas doutrinas e ensinamentos.
Dizer que os 50 milhões de calvinistas no mundo são de "uma frieza espiritual de dar dó" é, no mínimo, acreditar-se onisciente ao ponto em que conhece os 50 milhões de calvinistas e pode seguramente defini-los como frios espirituais. Mas o que é frieza espiritual? Diga-me? É balançar num cipó gritando palavras de ordem ou cantando mantras gospels? É exteriorizar emoções? Extravasar sentimentos? Ou espiritual é desejar ser igual ao nosso Senhor Jesus Cristo?
Primeiro, você deve definir o que é espiritual. Depois, definir o que é frieza espiritual; depois definir o método que o permiti afirmar a frieza espiritual de 50 milhões de calvinistas.
O calvinismo não gerou em nenhum lugar do mundo nenhuma heresia, ao contrário do arminianismo e pelagianismo, de onde saem todas as seitas.
As igrejas heréticas que você citou FORAM em algum momento histórico calvinistas, mas não são mais. Em sua maioria, são sinergistas, humanizaram-se, "iluminaram-se" pelo racionalismo e empirismo, e abandonaram completamente as Escrituras. São liberais, heterodoxas, "originais", modernas ou pós-modernas, desmitologizadas, pragmáticas, secularizadas, pagãs; tentam a todo custo colocar o homem no trono de Deus. Não fazem parte do corpo de Cristo, nem têm nada a ver com Cristo, antes pregam o antievangelho, as más novas do diabo. Portanto, não são calvinistas.
Não desejo o fim das suas férias, e sabe que é sempre um prazer conversar consigo, mas dessa vez, suas colocações foram, no mínimo, infelizes.
Você pode até não admitir ser arminiano, amyraldiano, calvinista, pelagiano, etc. É um direito seu. Mas pelo conjunto de crenças fica fácil defini-lo: o sistema que se ater à Bíblia é bíblico (claro!), e o que não se ater é antibíblico (igualmente claro). Logo, só há duas possibilidades: ou se é bíblico ou não. E, seguramente, o calvinismo é bíblico em sua totalidade. O mesmo não se pode dizer do amyraldianismo, do arminianismo, etc.; o que contudo, não impede um ou outro de ser salvo, pois como disse, a salvação é pelo poder de Deus, não do homem. Mas uma coisa posso afirmar seguramente, aquele que não é calvinista apreendeu parte da verdade, não a sua totalidade. O suficiente para ser salvo, como que pelo fogo (1Co 3.15).
Grande abraço ao irmão!
Cristo o abençoe!
Simplesmente RIDÍCULO o seu post!
Mas vc já sabe que és UM RIDÍCULO e que sería FORTEMENTE CRITICADO, por isto, protege-se numa MODERAÇÃO; o ato 'nobre' do COVARDE VIRTUAL.
Meu consolo é que VC VAI LER isso que escrevi. E saberá a minha opinião a seu respeito... UM COVARDE 'ENCABRESTADO'!!! Bye (azar o seu que não vai poder me responder. Vai ter que engolir em seco as minhas palavras!!! kkkkkk
Ivan,
vai criar um blog para eu achincalhar você também, e ver se é macho para publicar, vai!
Mas, pensando melhor, o que poderia me levar a lê-lo?
O prudente é manter distância, porque bufões são assim mesmo, fazem apenas barulho, nada mais.
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