"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

10 agosto 2011

Apologética Pressuposicional












Por Felipe Sabino

Jesus empregou um método apologético pressuposicional. Os apologistas cristãos hoje fariam bem em seguir o exemplo do nosso Senhor. O Salvador foi perfeitamente consistente em seu ensino. Como delineado acima, Cristo ensinou as doutrinas que vieram a ser conhecidas como os cinco pontos do Calvinismo. Essas doutrinas ensinam que o homem é um pecador totalmente depravado e que, portanto, a salvação é 100% pela graça de Deus. Um método apologético evidencialista é inconsistente com a doutrina calvinista, embora totalmente consistente com a doutrina arminiana do livre-arbítrio. O evidencialista arminiano crê que se for fornecida evidência suficiente, uma pessoa raciocinará que a Bíblia é a Palavra de Deus e que Jesus é quem ele alega ser. Ele então utilizará o seu livre-arbítrio para “aceitar a Cristo”.

Concordo que a evidência em favor da veracidade da Escritura e das reivindicações de Cristo estão por toda a parte (Rm 1.18ss). Contudo, por causa dos efeitos noéticos do pecado, o homem depravado suprime tal evidência. Mesmo que alguém pudesse provar, sem sombra de dúvida, que Jesus ressuscitou dentre os mortos e que a Bíblia é a palavra de Deus, isso não convenceria sequer uma pessoa a ser salva, pois a salvação é pela graça de Deus, não pela vontade do homem (João 1.13). É a pregação correta de todo o conselho de Deus que Deus emprega na salvação das almas. Em sua “defesa da fé”, Jesus nunca arrazoou com os romanos apresentando um sistema elaborado de provas teístas. Nem tentou ele sobrepujar os saduceus com evidência empírica dos aspectos sobrenaturais da Escritura. Jesus “pressupôs” a existência do Deus do universo revelado na Escritura; como poderia ter feito de outra forma, sendo ele mesmo “Deus conosco” (Mt 1.23)?

Nos quarenta dias em que foi tentado por Satanás, Jesus sabia que sua melhor arma contra o Maligno era a Palavra auto-autenticadora de Deus. Três vezes Jesus respondeu à tentação do diabo com “Está escrito...”.

Não somente Jesus “ pressupôs” a verdade da Palavra de Deus, mas ele a tomou com seriedade. Jesus aceitou como fato histórico os eventos que os teólogos modernos racionalistas relegam às categorias de “mito” ou “saga”. Por exemplo, Jesus ensinou o relato da criação em Gênesis (Mt 19.4) como um evento histórico. Ele ensinou a história de Jonas como um evento real e sequer deu indício de uma possibilidade que a experiência extraordinária de Jonas fosse apócrifa ou apenas simbólica (Mt 12.38-41). Nosso Senhor também afirmou a historicidade de Noé e o dilúvio (Mt 14.37-39). Jesus assumiu a verdade da Escritura, usando até mesmo detalhes dessas passagens “difíceis” para ilustrar aspectos de sua obra. Por exemplo, Jesus usou a historicidade da história de Jonas para ilustrar que ele permaneceria sob as trevas da morte por um tempo, mas ressuscitaria ao terceiro dia (Mt 12.40-41).

Fonte: THE FIVE POINTS  of CHRISTIAN RECONSTRUCTION from the LIPS OF OUR LORD, by Mark Duncan
Texto traduzido por Felipe Sabino e disponibilizado no Facebook

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