Por Ednaldo Cordeiro *
Se levantarmos os olhos e contemplarmos o mundo, e fizermos juízo do que estamos vendo, podemos dizer que o mundo vai de mal a pior. Mas porque isto acontece? Estou convencido que em parte isto se deve ao fato da igreja ter saído do mundo de uma maneira que não lhe foi ordenada. Tenho estudado alguns ramos escatológicos, em especial o pós-milenismo, e fui convencido que a igreja de forma geral está no caminho errado. Em suma o mundo tem ido de mal a pior, porque a igreja deixou de ser sal, e quando o sal perde o sabor, disse Jesus, não serve para mais nada senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Temos o dever de mediante a ação soberana do Espírito mudar isto.
Desde o século XIX, tem crescido no seio da igreja uma escatologia escapista, onde crescimento do Reino de Cristo, tem sido reduzido a apenas conversão de almas, onde o arrebatamento antes da Grande Tribulação é a grande esperança dos crentes, de forma que influenciar o mundo ao nosso redor tem sido colocado de lado. Como escreve Rushdoony citando J. Vernon McGee "você não pode polir o cobre de um navio que está afundando" (RUSHDOONY, R.J. O Plano de Deus para a Vitória: O significado do Pós-milenismo. Brasilia: Monergismo. 2008, p.25), e é isso que a igreja, de forma geral, tem pregado nos últimos 200 anos.
Geração após geração tem-se esperado por um arrebatamento que tarda em chegar, e quero dizer que acredito em arrebatamento, porém também quero dizer que a igreja se perdeu quanto ao significado deste acontecimento. Quantos crentes de geração anteriores exclamaram "somos a geração do arrebatamento!", e agora estão com seus corpos debaixo da terra aguardando a ressurreição? E estes mesmos crentes por não exercerem influência suficiente no mundo, por não cumprirem adequadamente seu papel de ser sal e luz, deixaram um mundo pior para sua descendência.
Mas algo interessante aconteceu neste último pleito, de forma geral a igreja brasileira mostrou sua força no 1º turno da eleição, infelizmente a divisão proporcionada pelo afastamento da Palavra de Deus da parte de alguns líderes, e pela cabeça oca de muitos liderados, não tivemos muita opção no 2º turno, alías não tivemos muita opção em nenhum dos turnos, mas deu para ver que é possível mudar a direção do nosso país se a igreja quiser.
Somos, segundo estatísticas, aproximadamente 30 milhões, e isto infelizmente não faz nenhuma diferença, é bom lembrar que menos de 120 pessoas, no século I, em menos de 40 anos "alvoroçaram o mundo". Ganhar almas é apenas uma parte do plano de Deus, a igreja foi comissionada a proclamar o senhorio de Cristo em todas as áreas, devemos promover o Reino a todo custo, devemos fazer a diferença, já mostramos que podemos.
Concluindo, a igreja não deve viver como se Cristo voltasse amanhã para tirá-la de um navio que afunda, mas deve viver como se Cristo estivesse, e Ele está!, ao seu lado neste momento, proclamando o completo senhorio dEle. Seja sal! Seja luz!
Desde o século XIX, tem crescido no seio da igreja uma escatologia escapista, onde crescimento do Reino de Cristo, tem sido reduzido a apenas conversão de almas, onde o arrebatamento antes da Grande Tribulação é a grande esperança dos crentes, de forma que influenciar o mundo ao nosso redor tem sido colocado de lado. Como escreve Rushdoony citando J. Vernon McGee "você não pode polir o cobre de um navio que está afundando" (RUSHDOONY, R.J. O Plano de Deus para a Vitória: O significado do Pós-milenismo. Brasilia: Monergismo. 2008, p.25), e é isso que a igreja, de forma geral, tem pregado nos últimos 200 anos.
Geração após geração tem-se esperado por um arrebatamento que tarda em chegar, e quero dizer que acredito em arrebatamento, porém também quero dizer que a igreja se perdeu quanto ao significado deste acontecimento. Quantos crentes de geração anteriores exclamaram "somos a geração do arrebatamento!", e agora estão com seus corpos debaixo da terra aguardando a ressurreição? E estes mesmos crentes por não exercerem influência suficiente no mundo, por não cumprirem adequadamente seu papel de ser sal e luz, deixaram um mundo pior para sua descendência.
Mas algo interessante aconteceu neste último pleito, de forma geral a igreja brasileira mostrou sua força no 1º turno da eleição, infelizmente a divisão proporcionada pelo afastamento da Palavra de Deus da parte de alguns líderes, e pela cabeça oca de muitos liderados, não tivemos muita opção no 2º turno, alías não tivemos muita opção em nenhum dos turnos, mas deu para ver que é possível mudar a direção do nosso país se a igreja quiser.
Somos, segundo estatísticas, aproximadamente 30 milhões, e isto infelizmente não faz nenhuma diferença, é bom lembrar que menos de 120 pessoas, no século I, em menos de 40 anos "alvoroçaram o mundo". Ganhar almas é apenas uma parte do plano de Deus, a igreja foi comissionada a proclamar o senhorio de Cristo em todas as áreas, devemos promover o Reino a todo custo, devemos fazer a diferença, já mostramos que podemos.
Concluindo, a igreja não deve viver como se Cristo voltasse amanhã para tirá-la de um navio que afunda, mas deve viver como se Cristo estivesse, e Ele está!, ao seu lado neste momento, proclamando o completo senhorio dEle. Seja sal! Seja luz!
7 comentários:
Ao irmão Jorge,
O blog está belíssimo, como poucos blogs o são na web. Parabéns mais uma vez.
Quanto ao texto e ao autor do blog, ouso discordar de alguns pontos. Resumidamente a proposta de lembrar que as coisas não estão tão bem e plenas na relação e influência da igreja no mundo estão clarametne colocadas pelo irmão autor do texto. Porém os elementos, as repercussões e a inferência escatpológicas são discutíveis. Há porém um erro gigantesco, talvez consequência da teologia preferida pelo irmão. A igreja só tem um objetivo sim: salvar almas. O resto, a implantação do reino de Deus e toda a escatologia são problemas de Deus ( dizendo simplificadamente ). Vale sobretudo prosseguir na análise iniciada.
Helvécio,
sou forçado a discordar de você. Talvez por causa da sua teologia [rsrs] você vê a igreja capaz de salvar almas. Quem as salva é Deus. À igreja é destinado uma única missão: proclamar o Evangelho de Cristo, fazer discípulos e ser sal e luz no mundo. Bem, fica parecendo que estou louco, como eu disse uma missão se descrevi várias? Acontece que elas todas fazem parte de uma exclusiva missão: a de ser o Corpo de Cristo.
Obrigado pelos elogios ao layout. Na verdade, obra do blogger.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Abaixo, reproduzo o meu comentário à postagem original, no blog Divinitatis Doctor:
"Ednaldo,
texto exemplar.
Não sou pós-milenista, nem reconstrucionista, porém, também não sou cínico para ver o mundo à deriva e me regozijar com isso, como se tudo estivesse perdido, apenas à espera da volta do Senhor.
Não acredito que a o mundo vá de mal a melhor como reconstrucionistas e pós-milenistas afirmam possível, mas acredito que tripudiar sobre o mundo, cruzar os braços e simplesmente dizer: "exploda rápido para que Cristo me leve", é, no mínimo, covardia e desconhecimento do chamado que Deus tem para o seu povo.
É necessário que participemos em todas as áreas, influenciando-as, para que a luz de Cristo e do Evangelho brilhe nas trevas.
Cheguei a ouvir absurdos como: "Vou votar na Dilma, para que se cumpra mais rápido o fim-dos-tempos". Isso é deboche, ignorância e desonestidade. Como você disse, tudo, em todos os tempos, está debaixo do senhorio de Cristo, e neste mundo está a se cumprir exatamente o que ele determinou na eternidade ao lado do Pai e do Espírito Santo. Não há nada que fuja ao seu controle, pelo contrário. Então, cristãos que desejam fazer um "novo" mundo por aqui, como os marxistas querem, a partir da redenção do homem pelo homem, é a maior de todas as tolices.
O assunto é vasto, e sei que o seu objetivo foi informar e exortar. Por isso, faço suas as minhas palavras [ou será o contrário?... deixa pra lá!].
Abraços.
Cristo o abençoe, meu irmão!
PS: Posso republicá-lo no "Guerra pela Verdade"?"
Jorge, o "salvar almas" é proclamar o evangelho e aí é claro entra-se em um apolêmica: que evangelho proclamar?
Na minha observação e meditação o cristão, o crente, aponta para Cristo de várias maneiras, e o indivíduo o encontra. Não há uma receita de bolo válida para todos. O papel é não atrapalhar e por tropeços, o que mais frequentemente fazemos no afã de fazê-las, cada um segundo o seu próprio entendimento.
Caro Jorge, temos liberdade em nome da nossa amizade e podemos conversar sobre certos aspectos com maior franqueza. Você é determinista bíblico e eu sei as implicações disso. Havia, ou melhor há, um personagem na mitologia das HQs da Marvel que se chama O Observador que percorre o universo apenas testemunhando todos os fatos e ações dos seres. Se TUDO está determinado não há não só o que fazer de diferente mas apenas observar e ser uma testemunha ocular, histórica de tudo.Mesmo porque as ações que certametne há já estão definidas e seremos empurrados a elas querendo ou não, gostando ou não, compreendendo-as ou não. Diferentemente reconheço que há pelo menos três situações ou modo de operar de Deus: Realizar sem ser confrontado, guiar e construir algo com o homem ( crente ou incrédulo ) e abandonar a própria sorte, caso de Judas, Saul e tantos outros.
Um abraço.
Helvécio,
mesmo com quem não tenho intimidade, não me fecho ao diálogo, pelo contrário, quero mostrar a razão da minha fé, ainda mais consigo, um amigo querido. E a minha fé é Cristo. Seja eu determinista bíblico ou não [no que sou, assumidamente] o que me interessa é fazer a obra que Deus me destinou a realizar. Se pelo meu querer ou pelo querer de Deus, isso é irrelevante na minha realização, porém, o fato de eu saber que Deus controla tudo, e de que não estou à deriva, e de que o mundo não está à deriva, nas mãos de "outras forças", seja o diabo, o destino, a sorte, ou o livre-arbitrio humano, me traz um conforto, uma esperança, uma certeza que não sou capaz de encontrar em mim mesmo, graças a Deus! Qualquer um que se considera capaz de escolher bem sem o auxílio divino, é um egocêntrico e orgulhoso. As minhas escolhas são minhas, sejam para o bem ou para o mal, mas há por trás delas o controle pleno e total de Deus, que em tudo, em minha vida, colaborará para o meu bem, acima de tudo. Assim é que Deus trata a sua igreja, o seu povo. Para mim, os ímpios, aqueles que foram destinados ao fogo eterno são instrumentos, como Paulo diz, para que o amor e a graça de Deus sejam manifestados aos seus escolhidos.
Que Deus me livre de imaginar que eu sou o que sou por meu esforço, por minha fé, por minha vontade, pelo meu querer. Isso é soberba. Sei que sou o que sou por ele, Cristo. E a ele me rendo como instrumento para a sua glória, seja na vida, seja na morte, sem me preocupar mesmo se vivo ou morto, mas honrando-o e glorificando-o, e entristecendo-me, e me arrependendo quando isso não acontece.
Dar de ombros para a obra de Deus, para o mundo, para tudo ao nosso redor, como se desprezasse-mo-las pelo fato de estarem irremediavelmente determinadas, é desprezar o próprio Deus, é rebeldia, é omissão, é levar uma vida anticristã. Pelo contrário, quero fazer aquilo que Deus me destinou a fazer, com prazer e gozo por tão grande salvação que me foi dada.
Grande abraço, meu amigo!
Cristo o abençoe!
Ah não...! Achei que tinh aalgum priovilégio (rs...rs...rs...rs...) brincadeira...
Deixe ver se entendi: você disse que as escolhas que faz são suas não é mesmo? Eu também penso assim ( pensar é opinião ) então qual a diferença? Se pelo querer de Deus ou o seu ( o nosso ) temos prazer em sermos dEle e fazermos o que O agrade então não há na prática ( na praxis ) nenhuma diferença. O problema, se é que há, ou pareça existir, não seria na explicitação teológica dessa crença e sentimento? Ou seja quando nos colocamos na posição de "explicadores" do que pensamos , pelo próprio mecanismo da argumentação lógica, as coisas tomam, ou parece tomar caminhos divergentes ( não estamos falando de pessoas não renascidas apenas religiosas- falamos com base na genuína experiência e encontro com o Senhor ).
Um abraço e permaneça nessa fé meu irmão.
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