"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"
29 setembro 2008
A ANATOMIA DA SEDUÇÃO
Por Kris Lundgaard
Para entender como a carne nos faz de tolos, vamos considerar o que diz Tiago 1.14-15 à luz dos princípios do engano:
"Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando essa o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte".
Tiago está escrevendo para as pessoas que tentam desculpar seus pecados de maneira muito semelhante à que Adão e Eva fizeram no Éden, jogando a culpa sobre Deus. Mas Tiago diz que toda a culpa do pecado recai sobre o pecador, na medida em que ele é tapeado pelos desejos da sua própria carne. Ele nos ajuda a desmascarar o enganador que há dentro de nós expondo aquilo que a carne deseja, e como ele age para conseguir isso de nós.
Primeiro, o alvo para qual a carne aponta é a MORTE (v.15). Qualquer coisa em que o pecado nos faça acreditar, vai terminar em morte. A carne quer que nós acreditemos que as conseqüências de flertar com o pecado serão de poucas conseqüências (não tantas bênçãos de Deus, um assento menos importante no céu). Saber disso é o nosso primeiro meio de nos armarmos contra o engano (como saber que o vendedor de carros usados fará qualquer coisa para lhe vender um carro o ajuda a evitar a voltar para casa dirigindo uma coisa sem valor enquanto ele ri de você pelas suas costas).
Segundo, a maneira pela qual a carne trabalha para a sua morte é pela TENTAÇÃO (v.14). A essência da tentação é o engano – ser tentado e ser enganado é a mesma coisa. E Tiago faz uma lista do que nós podemos chamar de os cinco degraus da tentação:
1 – arrastando para longe (a mente);
2 – atraindo (as afeições);
3 – concebendo o pecado (na vontade);
4 – o nascimento do pecado (em ações, palavras, pensamentos e assim por diante);
5 – morte pelo pecado (estar escravizado ao pecado e morte espiritual).
O primeiro degrau diz respeito à mente – ela é arrastada dos seus deveres pelo engano do pecado. O segundo tem por alvo as afeições – elas são atraídas e então confundidas. O terceiro supera a vontade – o consentimento da vontade é a concepção do verdadeiro pecado. O quarto degrau desintegra o seu modo de viver na medida em que o pecado nasce dentro dele. O quinto é o alvo da carne, uma vida sem o sentimento do pecado, que leva à morte eterna.
Esse quinto degrau, pela graça de Deus, nunca é alcançado pelos verdadeiros crentes. Deus, com freqüência, aborta o pecado concebido na vida do crente (o quarto grau), livrando-nos de muitas cargas. Mas um meio que ele usa para evitar a nossa queda no pecado é nos avisar dos três primeiros degraus.
Nossa esperança é ver o enganador, dentro de nós, exposto e tendo o mesmo fim que o Duque e o Delfim em Huckleberry Finn*: cobertos de piche e penas e escorraçados da cidade debaixo de vitupérios.
* Nota: Huckleberry Finn – Romance escrito pelo norte-americano Mark Twain. A passagem a qual o autor refere-se, é a em que o Duque e o Delfim tentam ludibriar e enganar uma comunidade puritana, onde os dois fazem-se passar por missionários, coletando dinheiro ofertado pelos moradores para a sua MISSÃO. Contudo, são desmascarados e expulsos do vilarejo de forma humilhante.
Do livro O MAL QUE HABITA EM MIM, Ed. Cultura Cristã
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